011-Deus impele a Balaão a abençoar Israel - Lição 11 [Pr Afonso Chaaves] 11set2024

 

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LIÇÃO 11 

DEUS IMPELE BALAÃO A ABENÇOAR ISRAEL 

TEXTO ÁUREO: “Povo meu, ora, lembra-te da consulta de Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, desde Sitim até Gilgal; para que conheças as justiças do Senhor” (Miquéias 6.5) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 24.1-9, 15-19 

INTRODUÇÃO Nos capítulos 22 a 24, temos a conhecida história de como Balaão, chamado por Balaque, rei dos moabitas, para amaldiçoar os israelitas, foi autorizado por Deus para atender a esse chamado, não para cumprir o seu propósito, mas o propósito de Deus, que era, não amaldiçoar o povo eleito, mas abençoá-lo – para desespero dos moabitas e de todos os adversários de Israel. Além dos vislumbres proféticos sobre o futuro do povo de Deus, esta história também perpetua a triste memória de um profeta que amou as riquezas deste mundo mais do que a Deus e que eventualmente colheu o salário da sua transgressão. 

I – O DESESPERO DOS MOABITAS E O CHAMADO DE BALAÃO Os israelitas haviam marchado seguindo o caminho dos espias e, após contornarem os termos de Moabe, pelo deserto, haviam chegado às campinas ao norte do território moabita, do lado oriental do rio Jordão, na altura de Jericó (Nm 22.1). Podemos supor que teriam já atravessado o rio e entrado em Canaã, não fosse a resistência oferecida por Seom, rei dos amorreus, que habitavam aquela terra; mas o que aconteceu veio de Deus, que deste modo desalojou um povo abominável daquela terra e legou a Israel parte do território ao oriente do Jordão. De qualquer modo, o fato dos israelitas ainda se acharem acampados ali não representava perigo para Moabe, uma vez que haviam sido proibidos de contender com esse povo ou de tomar suas terras (cf. Dt 2.8-9, 30-31). Porém, ignorando essa restrição divina, e pelo temor que a completa destruição dos amorreus havia suscitado em seus corações, Balaque, rei dos moabitas, prevê e convence tanto o seu povo como os midianitas, que habitavam o deserto nas imediações de Moabe, de que poderiam ser os próximos povos a serem destruídos por Israel (Nm 22.2- 4). É importante observar que Balaque, apesar de considerar a grandeza numérica do povo de Israel, atribui as vitórias dos israelitas à intervenção divina, de modo que sua esperança de vencê-los está em conseguir, primeiramente, que estes sejam amaldiçoados – perdendo assim o favor de Deus. Não que o rei dos moabitas conhecesse o Deus verdadeiro, mas, ao mandar buscar Balaão, em Petor, “junto ao rio” (isto é, o Eufrates), implicitamente Balaque admitia a derrota dos deuses dos cananeus e dos seus adivinhos frente ao Deus de Israel, mal sabendo que a eficácia das bênçãos e maldições de Balaão se devia ao fato de que este era profeta do mesmo Deus. De fato, a atitude inicial de Balaão reflete esse relacionamento, na dependência da palavra do Senhor para saber o que deveria fazer, e na prontidão (ao menos aparente) em proceder conforme ordenado, recusando-se a amaldiçoar o povo de Israel e a acompanhar os enviados dos moabitas (Nm 22.5-13). Contudo, rapidamente se revela o que havia no coração desse profeta, pois, a uma segunda e mais tentadora oferta apresentada pelos moabitas, Balaão, ao invés de se acomodar à palavra já declarada por Deus e agir de acordo com a sua aparente convicção: “Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus” (Nm 22.18); começa a dar sinais de que desejava a recompensa de Balaque e, por consequência, que a vontade de Deus fosse outra, e que, por alguma razão não declarada, ainda poderia ouvir uma palavra diferente da parte de Deus que lhe facilitasse alcançar o galardão, mesmo que isto implicasse em amaldiçoar aqueles que Deus havia abençoado (Nm 22.15-19). A permissão que ele recebe, portanto, para acompanhar os mensageiros de Balaque, nada mais é que o Senhor entregando o profeta aos desejos do seu próprio coração, mas não sem antes repreendê-lo pela sua teimosia através do conhecido episódio envolvendo a mula, à qual foi dada capacidade para falar e revelar como o profeta havia sido cegado pelo prêmio e para a injustiça que estava disposto a cometer, alertando-o do perigo de se opor aos desígnios de Deus (Nm 22.22-34; 2 Pe 2.15-16; Jd 11). 

II – OS ARRANJOS FRUSTRADOS PARA AMALDIÇOAR ISRAEL Assim que Balaque e Balaão se encontram, temos um diálogo interessante, onde o profeta previne o rei dos moabitas que, apesar de ter vindo até ele, não poderia assegurar que os israelitas seriam amaldiçoados: “poderei eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, esta falarei” (Nm 22.38). Esta, porém, era a penosa admissão de um homem que não desejava contrariar abertamente ao Senhor e ao mesmo tempo esperava mudar o conselho de Deus, a fim de que pudesse receber a recompensa de Balaque – eis a razão de Balaão aceitar três vezes imprecar sobre Israel o que esperava poderia resultar em maldição, mas que o Senhor surpreendentemente converteu em ocasião para declarar ainda maior benção sobre o Seu povo (Nm 23.3, 11-12, 15, 25-26; cf. Dt 23.5). Nesse processo, enquanto Balaque parece entender que era apenas por um capricho de Deus que o profeta ainda não havia conseguido amaldiçoar Israel, daí procurando outros locais para construir o altar e oferecer sacrifícios que parecessem mais favoráveis à divindade; notamos que o próprio Balaão pouco a pouco se convence da imutabilidade do conselho do Todo-poderoso, e de que a bênção de Deus sobre Israel não era uma concessão pontual e temporária, mas um propósito eterno pelo qual não apenas esta nação havia se tornado poderosa e chegado até aquele local, mas pelo qual ela ainda conquistaria todos os seus inimigos: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o Senhor não detesta?”, “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.8, 13, 19-20, 27). 

III – O FUTURO GLORIOSO DE ISRAEL Em uma terceira tentativa de propiciar a Deus e obter o que desejava, o rei dos moabitas edifica novo altar e oferece os sacrifícios segundo a orientação de Balaão, mas, desta vez, notamos que, ao invés de afastar-se para usar de encantamentos, o profeta adota uma postura de contemplação, convicto de que nenhum esforço seu resultaria em mudança no propósito de Deus de abençoar Israel. Assim, a partir desta contemplação, a palavra de Deus vem sobre Balaão tanto reafirmando as bênçãos anteriormente declaradas como revelando o futuro glorioso reservado a Israel e o terrível destino dos povos que se fizeram seus inimigos (Nm 24.1-2). Depois dessa tentativa de prejudicar Israel, os moabitas não apenas seriam proibidos de entrar na congregação do Senhor, mas seu destino como povo estaria selado para destruição, que começou a se cumprir sob o reinado de Davi e se completaria quando da restauração de Judá do cativeiro (Nm 24.17; cf. Dt 23.3-5; 2 Sm 8.2; Ez 25.8-11). A estrela que procederá de Jacó, o cetro que subirá de Israel sem dúvida é uma referência imediata a Davi, que, por sua vez, é tipo ou figura de Cristo, o Filho de Davi, o qual se assentou no trono para reinar eternamente, ao qual todos os reis da terra deverão se submeter, ou do contrário serão destruídos (cf. Sl 2; Lc 1.32-33, 1 Co 15.24). 

CONCLUSÃO Embora este episódio tenha transcorrido à margem do que se passava no acampamento de Israel, a figura mais destacada na narrativa sendo um profeta de uma terra distante, nele vemos que nenhum esforço dos inimigos pode fazer a mão de Deus se encolher para abençoar o Seu povo, e que nos conservaremos sob Sua bênção se tão somente nos mantivermos em harmonia com o Seu propósito através de uma sincera obediência. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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