009-Jesus e a Sua Vinda - Ensinos de Jesus Lição 09[Pr Denilson Lemes]23ago2022

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 LIÇÃO 9 

JESUS E A SUA VINDA 

TEXTO ÁUREO: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 24.1-14 

INTRODUÇÃO Um evento aguardado por toda a nação de Israel, e mesmo pelos discípulos, ainda que andando na companhia de Jesus e testemunhando os sinais de que o reino de Deus já havia chegado, era a vinda ou manifestação do Messias em glória e poder. De fato, o próprio Senhor os orientou a aguardar essa manifestação, mas ao mesmo tempo os alertou de que eles enfrentariam muitas contrariedades a essa esperança, e por isso deveriam se preparar para que, quando finalmente Ele se manifestasse em glória, não fossem considerados indignos e assim excluídos eternamente do reino dos céus. 

I – SINAIS DA VINDA DE JESUS (MT 24.1-14) Este longo discurso, que será a passagem estudada na lição de hoje, tem início com a pergunta dos discípulos feita a Jesus: “Dize-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” Embora esperassem que o Cristo ainda se manifestaria ao mundo com grande glória, os discípulos ficaram intrigados com a profecia de que o templo seria destruído – um evento catastrófico para qualquer israelita – e isto os leva a pensar também no próprio fim do mundo (cf. Lc 21.7). Na resposta que Jesus lhes dá, serão considerados então esses três assuntos, embora, conforme ainda explicaremos, estejam intimamente relacionados. Nestes primeiros versos, o Mestre está falando de uma forma geral sobre os sinais indicando a proximidade desses acontecimentos. Notemos, em primeiro lugar, que, ao contrário do que os discípulos (e talvez muitos de nós hoje) poderiam esperar, a pregação do evangelho não produziria uma transformação no mundo tal que o tornaria melhor ou mais receptivo para uma manifestação gloriosa do reino de Deus. Pelo contrário, a mentira religiosa continuaria a lavrar através de falsos cristos e profetas, mantendo no erro os que rejeitaram a verdade em Cristo Jesus (cf. 2 Ts 2.9-12). A paz entre as nações continuaria a ser uma utopia, ou um pretexto para o mundo não se curvar ao Rei dos reis (cf. Dn 9.26; Sl 2.2; 1 Ts 5.3). A humanidade continuaria a experimentar os efeitos da corrupção e decadência introduzidos no mundo pela Queda, como doenças, fomes e desastres “naturais”. Tudo isto, porém, seria o princípio das dores, pois, para os seguidores de Cristo, a condição seria especialmente agravada, uma vez que o mundo se tornaria opositor e perseguidor, ora declarado, ora tácito, do reino de Deus (cf. Jo 16.33; 2 Tm 3.12). Assim vemos que, embora esperassem receber honra, autoridade e prestígio por serem seguidores de Cristo, os discípulos não contavam com a verdade paradoxal de que o caminho para essa glória no reino passaria pela sua rejeição e abatimento neste mundo (cf. 2 Tm 2.11-12; Tg 1.12; 1 Pe 4.12-13). Mas notemos também que Jesus ressalta que o reino dos céus, embora não tenha aparência exterior, no âmbito espiritual – isto é, no âmbito da eternidade – prosperaria grandemente, pois, de fato, almas dentre todos os povos seriam alcançadas pela pregação e agregadas à “pedra cortada sem mãos”, formando aquele grande monte da visão de Daniel que, eventualmente, dominaria o mundo todo – quando restará somente o reino de Deus e os justos que o herdarão por toda a eternidade (cf. Lc 17.20-21; Dn 2.44; Mt 13.41-43). 

II – A VINDA DE JESUS EM JUÍZO E GLÓRIA (MT 24.15-31) Na sequência, o Senhor descreve o evento da destruição do templo em conexão com a Sua vinda gloriosa, e isto não é difícil de entender. Para os primeiros discípulos, que pertenciam àquela geração que passaria pela transição do antigo para o novo concerto, do culto das sombras e figuras para o novo culto espiritual e verdadeiro, ou real; a destruição do templo em Jerusalém representava muito mais do que um evento histórico – era uma catástrofe que na verdade indicaria o fim de Israel como nação ou povo de Deus. Para os fiéis, seria um claro testemunho de que, tendo o Messias vindo e sido rejeitado pelo Seu povo, os judeus haviam se tornado indignos de manter o status de povo de Deus, sendo portando rejeitados como nação e nada mais tendo o que fazer com o aparato religioso que haviam recebido de Deus no passado – pelo logo até isto lhes seria tirado (cf. Hb 8.13; Mt 23.37-39; 1 Ts 2.14-16). O alerta de Jesus para os Seus discípulos é no intuito de que evitassem a aflição e destruição que se abateria sobre o povo hebreu nos dias do cerco da cidade de Jerusalém (cf. Lc 23.28-31). Na verdade, o evento da destruição de Jerusalém e da dispersão da nação judaica tem grande conexão com a vinda de Jesus, pois ilustra, em “pequena” escala, o que acontecerá com as nações naquele grande dia (cf. Lc 21.24; Rm 11.21). Ao contrário do que muitos dizem e esperam, a vinda de Jesus em grande glória não será para manifestá-lo como o Messias esperado pelos judeus, nem como Salvador do mundo, pois para isto Ele já veio, e por isto o evangelho é pregado hoje; para aqueles que creram aquele dia será de grande refrigério e alegria, de fato; mas, para os que hoje O rejeitam, será de grande lamento e desespero, pois verão que aqu’Ele que desprezaram é, na verdade, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (cf. Hb 9.28; Jo 14.1-3; At 2.17-21; 3.19-21; Ap 1.7). 

III – A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA (MT 24.36-42) Por fim, consideremos a preciosa lição que o Senhor nos ensina sobre a vigilância, ante a realidade dos sinais da Sua vinda e do grande terror que aquele dia será para os incrédulos e os que não forem achados dignos do reino de Deus. Não importa a nós saber o dia e a hora – tal conhecimento pertence apenas ao Pai; mas importa não nos conduzir como os incrédulos que, se não creram naqu’Ele que já veio para salvar e cujo evangelho é pregado ao mundo; tampouco crerão e se prepararão para uma vinda futura (cf. Lc 17.26-30; 2 Pe 3.1-7). Este será, de fato, o juízo de Deus sobre tais pessoas – permanecerem alheias aos sinais da vinda de Seu Filho, como o foram em relação ao evangelho; de tal modo que a vinda de Jesus será para elas um evento que causará grande surpresa, apanhando-os despreparados, como de um ladrão de noite, ou como o laço de uma armadilha (cf. 1 Ts 5.2; Lc 21.35). Deste modo, o Senhor Jesus nos orienta a vigiar, o que nada mais é que viver sempre considerando e lembrando que somos súditos, e cooperadores, e herdeiros do reino de Deus, e cuidar para que o nosso interesse neste reino e na sua justiça tenha sempre a primazia em nossos corações (cf. Mt 6.21, 33; Cl 3.1-2). É não deixar que as preocupações desta vida e as concupiscências pecaminosas nos dominem e entorpeçam nosso entendimento, tornando-nos indolentes com as coisas de Deus (cf. Mt 13.22; 1 Co 7.29-31). E, considerando a força com que as tribulações se abateriam sobre os Seus discípulos, e a sutileza dos engôdos deste mundo, e quão fraca é a nossa condição, o Senhor nos exorta a fazer uso de um instrumento indispensável ao cumprimento do dever da vigilância: a oração (cf. Mc 13.33; Mt 26.41; 1 Pe 4.7). 

CONCLUSÃO A lição prática mais importante sobre o tema “a vinda de Jesus”, sem dúvida, é a vigilância; não há como aguardar apropriadamente a vinda de nosso Senhor, e sermos achados em condições de aprovação e louvor, sem a prática regular deste dever, fortalecida por constante oração.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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