007-Jesus e a humildade -Ensinos de Jesus Lição 07[Pr Denilson Lemes]09ago2022

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  LIÇÃO 7 

JESUS E A HUMILDADE 

TEXTO ÁUREO: “Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Lc 14.11) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 11.25-30 

INTRODUÇÃO Uma das lições mais tremendas e desafiadoras de nosso Senhor Jesus, ministrada primeiramente através do Seu exemplo maravilhoso e depois inculcada nos Seus discípulos, é a da humildade. Embora já tenhamos considerado um aspecto desta virtude como demonstração de genuíno amor ao próximo, há muito o que se dizer em particular sobre a humildade, e suas aplicações em nosso relacionamento com o próximo e com Deus recebem especial atenção em mais de uma passagem dos evangelhos. 

I – APRENDENDO A SER HUMILDE COMO JESUS (MT 11.25-30) Anteriormente, Jesus havia denunciado a incredulidade de cidades da Galiléia como Betsaida, Corazim e Cafarnaum, as quais haviam presenciado a maior parte dos Seus milagres, mas, mesmo assim, não haviam se arrependido para crer no evangelho. Para agravar a perversidade desses judeus, o Senhor os compara com os habitantes de Tiro e Sidom, bem como os de Sodoma e Gomorra, afirmando que, mesmo não tendo o conhecimento que aqueles tinham para identificar os sinais de que o reino dos céus havia chegado, nem sido privilegiados com tão abundante demonstração desses sinais como aqueles foram, esses gentios teriam se convertido ao testemunhar os milagres de Cristo. Assim, o que poderia ter sido uma grande bênção para essas cidades, elevando-as até os céus, como disse Jesus, se tornaria a causa de um juízo mais severo e uma condenação ainda mais terrível para elas (cf. Lc 12.48). Segue-se então a exultação do Senhor sobre a verdade ilustrada neste episódio, de que a salvação, isto é, a revelação de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, depende, não da capacidade humana, mas da soberana vontade do Pai; e que, ao invés de atentar para aqueles que são ou possuem alguma coisa neste mundo, Deus prefere rejeitar os tais e voltar-se para aqueles que não têm nem são coisa alguma de que se gloriar. Em outras palavras, Deus escolheu salvar os humildes. Isto não significa que os sábios, e ricos, e grandes em qualquer outro sentido mundano, sejam automaticamente excluídos da salvação; apenas que são poucos os que dentre eles que se salvam, pois, enquanto os homens apreciam essas grandezas mundanas, o Senhor as despreza, e para mostrar isto e incutir neles a necessidade de se fazerem humildes, renunciando a toda pretensão à vanglória, Ele salva principalmente os simples, e pobres, e pequenos deste mundo (cf. 1 Co 1.19-21, 26-29; Tg 2.5; Fp 3.4-9). Jesus então convida Seus ouvintes ao exercício dessa humildade sem a qual ninguém herdará o reino dos céus. Primeiro, porque, sendo Ele próprio um sinal de contradição diante de tudo aquilo em que os homens se vangloriam, é rejeitado e odiado pelo mundo, mas aceito por muitos que, não obstante – ou, mais de acordo com a sabedoria divina, justamente por sua condição miserável neste mundo, atenderam prontamente ao chamado do evangelho (cf. Mt 21.28-32; Jo 12.42-43; Is 53.1-4). Segundo, porque Jesus convida a Si e oferece descanso aos cansados e oprimidos – ou seja, àqueles que, afligidos e rejeitados pelos homens devido à sua condição neste mundo, são levados a refletir sobre sua real condição pecaminosa, e, humilhados, anseiam por livramento, perdão e paz com Deus (cf. Ef 2.14- 16; Rm 5.1). E, em terceiro lugar, porque é necessário não somente crer, mas fazer-se discípulo de Cristo, isto é, imitar o exemplo de um Mestre que é manso e humilde de coração, tendo revelado a perfeição desta virtude na obediência à vontade de Deus (cf. Fp 2.5-8; 1 Pe 2.21-24). Não por acaso, os exaltados e soberbos são também chamados nas Escrituras de homens de dura cerviz, pois são incapazes de se curvar e tomar o jugo da obediência a Deus (cf. Sl 75.4-5; Ne 9.16). 

II – HUMILDADE DIANTE DE DEUS (LC 18.9-14) Na presente passagem, temos uma aplicação do que já dissemos no tópico anterior sobre a humildade ser absolutamente indispensável para aquele que deseja entrar no reino dos céus. No caso da parábola, dois homens, um fariseu e um publicano, subiram ao templo com o mesmo intento de se apresentar diante de Deus, mas somente um foi justificado ou aceito por Deus. Notemos que o fariseu não voltou para casa sem justificação por causa de suas obras, que eram, todas elas, atos legítimos de piedade para com Deus. Tampouco por ter se gloriado delas como se fossem atos de sua própria realização, mas antes agradeceu a Deus por cada ato de piedade que praticava. O seu erro estava em confiar em tais obras, em se gloriar nelas, como uma garantia de aceitação diante de Deus; sua segurança não estava na misericórdia e graça divina, mas naquilo que ele era e fazia, e esta vanglória, exaltação ou soberba que, embora disfarçada sob o véu da piedade, é inaceitável aos olhos de Deus (cf. Sl 138.6). Ao fariseu faltou a consciência de sua própria miséria e indignidade diante da glória, santidade e justiça de Deus – consciência esta que o publicano, na ausência de qualquer boa obra que pudesse apresentar em seu próprio favor, mais facilmente (na verdade, pela graça de Deus) pode alcançar e assim admitir que nada o habilitava a ser ouvido, exceto a misericórdia divina: “Tem misericórdia de mim, pecador!” Em suma, humildade é indispensável ao homem que comparece diante de Deus e espera ser aceito em suas petições (cf. Dn 10.12). 

III – HUMILDADE PARA COM O PRÓXIMO (LC 14.7-14) Neste último texto da lição, Jesus desmascara a soberba e exaltação que os fariseus emulavam entre si, um procurando se destacar e receber mais aplausos que o outro; essa ambição decorre da falta de humildade para com o próximo. O fato é que, assim como em relação ao amor, a soberba para com o próximo não é muito diferente da soberba diante de Deus. E, mesmo sob o pretexto de agradar a Deus, o soberbo busca, na verdade, o aplauso e a exaltação sobre o próximo; por isso Jesus disse que a recompensa dos tais já está na glória deste mundo – e por isso não receberão nada da parte de Deus (cf. Mt 6.1-2, 5, 16). Nesta passagem, o Senhor não está condenando as distinções sociais e honrarias que possam ser conferidas entre os homens, mas a atitude daqueles que deveriam se preocupar mais com a glória de Deus e o louvor que vem d’Ele, praticando Seus deveres de piedade com um coração sincero e humilde para com Ele, ao invés de se gloriarem sobre sua religiosidade sobre outros. Naquele grande dia, essa ambição se revelará, e se tornará motivo de grande desonra e humilhação para eles. Assim como no caso da oração, do jejum e das esmolas, o exemplo aqui apresentado por Cristo ilustra a verdadeira atitude daquele que não busca a glória deste mundo, mas humildemente espera e deseja a recompensa que vem de Deus: “Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos justos”. Em suma, devemos nos conduzir em humildade com o próximo porque nosso Mestre Jesus assim se conduzir em relação a nós, não se exaltando sobre ninguém (cf. Mt 12.16-20), mas antes vindo a este mundo para servir com a Sua própria vida, e assim deixando-nos a lição de que, no reino dos céus, aquele que deseja ser considerado grande deve se fazer servo dos demais (cf. Mt 20.25-28). 

CONCLUSÃO Somos apenas criaturas, que nada temos de realmente grandioso e duradouro para nos gloriar nesta vida, e cuja existência está inteiramente nas mãos de Deus que, embora todo-poderoso e tão grandioso que nem os céus dos céus podem conter, ainda assim atenta para aqueles que são humildes de coração.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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