003-A Consagração do Sacerdócio - Levítico Lição 03[Pr Afonso Chaves]13out2020

 

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 LIÇÃO 3 

A CONSAGRAÇÃO DO SACERDÓCIO 

TEXTO ÁUREO: “E santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio” (Ex 29.44). 

LEITURA BÍBLICA: LEVÍTICO 8.1-11 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje estudaremos outro elemento fundamental do culto a Deus oferecido pelos israelitas, sem o qual não seria possível a realização dos sacrifícios prescritos nos primeiros capítulos de Levítico: o sacerdócio araônico. Veremos que, mais do que um aspecto transitório do primeiro concerto, e mais do que minúcias rituais com significado simbólico, o sacerdócio revela o papel indispensável de um mediador nas relações entre Deus e os homens e a provisão divina para suprir essa necessidade. 

I – A IMPORTÂNCIA DO SACERDÓCIO NO CULTO A DEUS Para compreender o significado transcendente do sacerdócio no culto divino, queremos voltar a um ponto apresentado na lição anterior, a respeito das ofertas sacrificiais. Ali consideramos que a necessidade de propiciar ao Todo-poderoso só pode ser satisfeita através de uma oferta – e, em particular, uma oferta de sangue. Mas aqui avançaremos um pouco mais na compreensão das verdades espirituais desvendadas na instituição do culto levítico para afirmar que, sem um sacerdócio mediador, nenhuma oferta dos homens seria aceita por Deus. Ora, o Senhor desejava aproximar mais os Seus filhos de Si do que o fez em relação aos pais, e não afastá-los, conforme expresso nos termos do concerto no Sinai: “e vós me sereis reino sacerdotal e povo santo” (Ex 19.5-6). Mas lembremos que os termos desse mesmo concerto incluíam uma condição que os israelitas dificilmente cumpririam, e que serviria mais para conscientizá-los da sua própria pecaminosidade. Eis porque o culto levítico era indispensável à manutenção da comunhão de Israel com Deus: nele tinham as ofertas pelas quais o Senhor, ofendido pelo pecado, seria propiciado; e agora, conforme estudaremos, teriam também o sacerdócio, pelo qual as ofertas poderiam ser apresentadas e aceitas por Deus. Em resumo, o sacerdote era um representante do povo de Deus, um homem especialmente e divinamente designado para apresentar-se diante da santidade divina em tal condição que pudesse ser recebido, em sua justiça e santidade própria, como um fiador dos seus representados pecadores, e as ofertas destes então aceitas e a graça dispensada em favor deles. Era uma honra, de fato, que fazia do sacerdote uma espécie de salvador da nação, pois graças ao seu constante e fiel serviço a paz com Deus era preservada para o benefício de todos; mas também era uma grande responsabilidade, pois o sacerdote devia compadecer-se ternamente dos pecadores, haja vista que os ofícios propiciatórios deviam ser repetidos diariamente – como se todos os dias ele tivesse de voltar até Deus para apaziguá-lo em relação ao povo sempre ofensor. E, se não podia ser ele mesmo diferente dos seus irmãos, devia pautar sua vida em um rigoroso rito que prescrevia seus movimentos, sua alimentação e as vestes que deveria portar como um simbolismo da santidade e justiça que Deus requeria do povo para sua aceitação (cf. Hb 5.1-3; Ex 28.1- 2, 12, 29, 40-41, 43). 

II – A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS AO SACERDÓCIO (LV 8-11) Arão e seus filhos já haviam sido designados por Deus para o ofício sacerdotal por ocasião dos primeiros quarenta dias e noites que Moisés havia passado no monte Sinai, onde recebeu as ordenanças quanto à construção do tabernáculo. Edificado, pois, o santuário e estabelecida a lei das ofertas, o próximo passo no estabelecimento do culto divino é a investidura de Arão e seus filhos no ofício divino, habilitando-os a cumprirem as funções sacerdotais. O ritual da consagração seria presidido por Moisés e se resume na lavagem com água de Arão e seus filhos, depois vestidos com as vestes santas – sendo que Arão, em particular, é ungido e vestido com os ornamentos do sumo sacerdote – e então oferecidos os seguintes sacrifícios: expiação do pecado, holocausto, sacrifício pacífico e a oferta das consagrações. Em seguida, os sacerdotes são aspergidos com o sangue das ofertas e isolados por sete dias no tabernáculo, para sua consagração (Lv 8.1-7, 33-36). Findos os sete dias, Arão e seus filhos passam a exercer oficialmente o ofício sacerdotal. Moisés, conforme ordenado pelo Senhor, orienta-os sobre como deveriam executar suas funções diárias naquele primeiro dia, e dali pelos séculos adiante, ao longo de muitas gerações dos descendentes de Arão. Deveriam primeiramente realizar sacrifícios em seu próprio favor, antes de realizá-los pelo povo, pois eram por natureza igualmente pecadores. E somente aqui se determina uma ordem específica na apresentação das ofertas: expiação pelo pecado era a primeira, pois o pecado não nos permite ser aceitos por Deus (Is 59.1-3, 11-12); holocausto devia ser oferecida depois, pois o pecado havia sido expiado e o ofertante se entregar inteiramente a Deus; e em seguida as ofertas que celebravam de diferentes maneiras a comunhão e alegria com Deus, como a oferta de manjares e o sacrifício pacífico. Notemos ainda que, depois de expiados e consagrados separadamente do povo, os sacerdotes se uniam a toda a nação nas demais ofertas. O agrado divino em relação ao fiel cumprimento do ritual levítico se manifesta então através da glória visível do Senhor enchendo o tabernáculo (Lv 9.23-24). Contudo, esse tempo ainda terminaria de forma lamentável. Presumindo que a visível satisfação de Deus fosse pretexto para liberdade de agir segundo sua própria vontade, Nabade e Abiú, agindo em desacordo com o rito e introduzindo um elemento de fora do santuário – brasas que a Escritura denomina “fogo estranho” (cf. Lv 16.12). A reprovação divina se manifesta imediatamente, ambos sendo consumidos pelo fogo do Senhor, e Arão e os demais sacerdotes sendo repreendidos e exortados quanto à santidade e gravidade do seu ofício. 

III – CRISTO JESUS, NOSSO SUMO SACERDOTE Assim como em relação aos sacrifícios, o propósito do sacerdócio araônico era encerrar, sob a forma de um ofício ministrado por homens fracos e limitados, o papel indispensável do mediador entre Deus e os homens que se cumpre única e perfeitamente na pessoa de Cristo Jesus (1 Tm 2.5). Ele foi, de fato, tomado dentre os homens, assim como Arão e seus filhos, e em tudo feito semelhante a nós, e por isso conhece nossas aflições e pode ser nosso representante (Hb 2.16-18). Ao mesmo tempo, por ser o Filho de Deus, não esteve sujeito à contaminação do pecado, e pela Sua obediência perfeita, pode comparecer diante do Pai e ser aceito em nosso lugar, como nosso fiador (Hb 7.18-22). Através da ressurreição, Jesus entrou uma vez na presença do Pai, realizando a nossa propiciação, e ali permanece eternamente, assegurando nossa eterna aceitação diante de Deus e, mais ainda, o nosso próprio acesso ao céu, o verdadeiro santuário, através d’Ele (Hb 7.23-28; 9.11-15, 24-28). Deste modo se cumpre o propósito de Deus manifesto já no Sinai, mas cuja realização foi limitada naquele tempo pela imaturidade do povo; agora, identificados e apoiados na obra sacerdotal perfeita de Cristo, nós nos tornamos um sacerdócio real, e nossas vidas e serviço são aceitos por Deus como sacrifícios de louvores (cf. 1 Pe 2.4-5, 9-10). 

CONCLUSÃO Mais uma vez aprendemos uma grande verdade espiritual revelada no livro de Levítico, sem a qual não poderíamos conceber a nossa salvação. Jesus Cristo é o nosso único Sacrifício e também nosso sumo Sacerdote – todo o mérito pertence a Ele, pois Ele fez tudo o que era necessário para que pudéssemos ser aceitos de novo pelo Pai. Sejamos gratos e felizes com tão grande privilégio, oferecendo, como sacerdotes que agora somos, sacrifícios de louvor sinceros e puros a Deus.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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