009-A igreja e a família - Família Lição 09[Pr Afonso Chaves]28mai2024
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LIÇÃO 9
A IGREJA E A FAMÍLIA
TEXTO ÁUREO: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3)
LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 4.1-6
INTRODUÇÃO A família e a igreja são instituições divinas, estabelecidas por Deus para que o homem possa alcançar a felicidade e bênção tanto terrena como eterna e, assim, realizar-se plenamente segundo a vontade de Deus. Embora cada uma possua suas próprias formas exteriores e de ação, ambas servem a um mesmo fim e se complementam, de modo que a família depende da igreja e a igreja da família para que possam alcançar o fim para o qual Deus criou cada uma.
I – AS BÊNÇÃOS DA SALVAÇÃO ATRAVÉS DA FAMÍLIA Desde o princípio, Deus procurou revelar seus propósitos eternos por intermédio de famílias, ao estabelecer o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra, pois Ele buscava uma semente de piedosos. Ao contemplar o homem criado à Sua imagem e semelhança, Deus os abençoa com toda sorte de bençãos. Maravilhado com aquilo que acabará de fazer, o Criador exultante expressa que tudo quanto tinha feito “eis que era muito bom” (Gn 1.26-28, 31). Desse modo, a primeira família da terra (Adão e Eva) teve a graça de estar no Jardim de Deus com o livre acesso à árvore da vida e a oportunidade de usufruir, diariamente, da bondade e dos cuidados de Deus. Entretanto, foi lhes dado uma ordem categórica: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente, morreras”. Ao não resistir à tentação, o homem desobedeceu e não guardou o mandamento do Senhor, então, e como consequência foi destituído da graça de Deus (Gn 2.15-17; Rm 3.23; 5.12). Ainda assim, em meio a essa situação espiritual caótica, o Deus que não muda, continuou firme em seu propósito de restaurar espiritualmente a humanidade. A esperança de salvação é renovada com a descendência de Sete, mesmo em meio toda a contrariedade ao Evangelho, há um retorno na busca pela adoração ao Deus verdadeiro, com destaque para Enoque, o sétimo depois de Adão, que por andar nos caminhos do Senhor, Deus o tomou para si. Mais tarde, em razão do crescimento da maldade dos homens, resoluto, Deus resolve destruir toda a alma vivente da face da terra, entretanto, Noé - herdeiro da justiça que é segundo a fé, e sua família encontraram graça aos olhos do Senhor e, portanto, ao entrarem na arca foram poupados da destruição pela inundação das águas. Depois do dilúvio, Deus estabeleceu uma aliança com Noé e seus filhos e com toda a alma vivente, por gerações eternas, prometeu que nunca mais destruiria a terra e os todos os seres viventes com um dilúvio de águas (Gn 6.18; 7.1; cf Hb 11.7; Gn 9.11-15). Por fim, destacamos as bênçãos espirituais que viria através de um descendente de Abraão. Dessa família, surgiria um povo escolhido, constituído de pessoas que deixaram as práticas ímpias dos povos para fazerem a vontade de Deus, este povo que pela justiça proveniente da fé são os chamados filhos de Abraão. A promessa de Deus a Abraão revelou que, desde os primórdios, o propósito do Evangelho era alcançar todas as famílias da terra com a benção da salvação. Ao longo da história, Deus vem realizando o seu propósito por intermédio de Jesus Cristo, o descendente da mulher e o Salvador do mundo, e sua igreja que por intermédio da pregação da palavra testemunha a sua vontade de salvar os perdidos de todas as nações (Gl 3.8,16,18).
II – APRENDENDO EM CASA A TEMER AO SENHOR O seio familiar é o primeiro e o principal lugar onde os filhos devem ser instruídos no temor ao Senhor e a desviar-se do mal, bem como a amar a justiça e odiar a iniquidade. As escrituras ensinam que Deus deu a Abraão a incumbência de “ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo” (Gn 18.19, Dt 6.7), agindo dessa maneira, tudo o que o Senhor havia prometido a Abraão se cumpriria ao longo de toda a sua descendência. Então, percebe-se que o Senhor havia dado a Abraão o encargo de ser o líder espiritual em sua casa com o dever de ensinar os seus filhos o caminho do Senhor. É no aconchego do lar que os filhos dos servos de Deus devem ter as suas primeiras instruções relativas ao temor do Senhor que envolve reconhecer a santidade, a justiça e a retidão de Deus como complemento do seu amor e sua misericórdia, e onde os filhos passam a conhecer e compreender plenamente quem é Deus e desfrute de dias prolongados sobre a face da terra e, no porvir, da Vida Eterna (Dt 6.1,2). Assim como Abraão, encontramos muitos exemplos de pais que foram zelosos em ordenar o caminho de seus filhos e inculcar em suas mentes o mandamento do Senhor. Desse modo, temos o caso de Adão que possivelmente ensinou os seus filhos Caim e Abel o procedimento adequado da oferta que agradaria a Deus. Enquanto o menor (Abel), obediente aos ensinamentos do pai, trouxe para oferecer ao Senhor o “primogênito das suas ovelhas”, apontando que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, o mais velho – Caim, contrariado por Deus não ter aceito a sua oferta de fruto da terra, imediatamente, deixou a ira e o ressentimento dominar o seu âmago, nem mesmo o conselho de Deus - “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?” (Gn 4.7), foi suficiente para remover o intento de seu coração obstinado. Cabe ainda ressaltar alguns exemplos de homens e mulheres que transmitiram princípios de sabedoria e do amor a Deus aos seus filhos, e por isso tiveram testemunhos da fidelidade de Deus e puderam gozar em todo o tempo as bênçãos de Deus, entre essas destacamos a família de Josué, de Daniel, de Jonadabe filho de Recabe e, ainda, a do jovem Timóteo (Gn 22.7,8; Js 24.15,16; Jr 35.6; 2 Tm 1.5). Por fim, é importante destacarmos as bênçãos espirituais que viria por meio de um descendente de Abraão. Dessa família, surgiria um povo escolhido, constituído de pessoas que deixaram as práticas ímpias da natureza carnal (velho homem) para fazerem a vontade de Deus, que pela justiça proveniente da fé são chamados filhos de Abraão. A promessa de Deus a Abraão revela que, desde os primórdios, o propósito do Evangelho era abençoar todas as nações com a salvação. Deus está realizando o seu propósito por intermédio de Jesus Cristo, o descendente da mulher e o Salvador do mundo, e sua igreja que testemunha a sua vontade de salvar os perdidos por intermédio da pregação da palavra de Deus a todas as famílias da terra (Gl 3.8,16,18).
III – SERVINDO AO SENHOR NA IGREJA A igreja existe para cumprir um propósito estabelecido por Deus desde a fundação do mundo, que é a testemunhar Jesus Cristo até aos confins da terra (Ef 3.10-11). A igreja é constituída por famílias, cuja unidade de seus membros formam o corpo de Cristo, portanto, é nela que os filhos de Deus estão unidos à cabeça e congregam, bem como são acolhidos para adorar a Deus e aprendem ou aplicam as relações próprias da família espiritual (Ef 2.19). Desse modo, o envolvimento da família na igreja local é uma necessidade não o aperfeiçoamento dos santos na obra do ministério e a própria edificação do corpo. Entretanto, nesses dias, há um movimento contrário à comunhão na igreja, inclusive por parte de alguns que incentivam o desprezo pela congregação, entretanto, o escritor aos Hebreus exortou a não compactuar com esta prática maligna (Hb 10.25). As igrejas devem fazer todo esforço para que as famílias se integrem aos trabalhos congregacionais, pois uma igreja saudável, prioritariamente, busca além do serviço cristão a construção de relações fraternas duradouras. A comunidade local é o espaço no qual as pessoas possam se relacionar e desenvolver os seus dons espirituais, e não há espaço para o individualismo e privilégios, onde todos estão interessados na edificação do corpo de Cristo (Cl 3.22; Ef 4.11-16). A liderança cristã deve zelar para que o ambiente eclesiástico seja saudável espiritualmente e que haja a exposição fiel da palavra de Deus.
CONCLUSÃO A família cristã deve se alegrar pela oportunidade de ir à Igreja, a Casa do Senhor, considerando que ali terá oportunidade de se relacionar com outros cristãos e crescer na graça e no conhecimento de Deus.
PARA USO DOS PROFESSORES
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