008-Divórcio e novo casamento - Família Lição 08[Pr Afonso Chaves]21mai2024

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LIÇÃO 8 

DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7.10-11) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO Nesta lição, queremos considerar os temas divórcio e novo casamento (neste caso, estando ambos os cônjuges ainda vivos) em razão da polêmica e das dúvidas que despertam em muitos, especialmente no meio evangélico. Não é motivo de surpresa aqueles que não conhecem a Deus nem o Evangelho admitirem o divórcio e o novo casamento como soluções fáceis para qualquer dificuldade encontrada na relação conjugal; mas surpreende a indisposição de muitas, senão da maioria, das igrejas evangélicas de compreender, ensinar e viver aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o assunto, e a facilidade com que abrem mão dos padrões morais do Evangelho para banalizar, juntamente com os incrédulos, a instituição sagrada do matrimônio. 

I – DEUS ABORRECE O DIVÓRCIO Aqui teremos de repetir alguns princípios já apresentados e elucidados em lições anteriores deste trimestre, a fim de melhor estabelecermos o fundamento sobre o qual poderemos argumentar de maneira mais completa e definitiva a respeito do assunto. No texto da leitura bíblica, encontramos Jesus sendo indagado pelos fariseus sobre uma permissão para o divórcio. Notamos, porém, que eles não perguntaram apenas se era lícito divorciar-se, mas se era lícito divorciar-se por qualquer motivo – o que indica como o casamento vinha sendo banalizado entre os judeus daquele tempo, do mesmo modo que hoje é banalizado e famílias são destruídas através do divórcio. Em contraste com o tom mesquinho da pergunta daqueles homens, interessados apenas em se justificar, e não saber a vontade de Deus para cumpri-la, o Senhor Jesus responde declarando categoricamente que o casamento, tal como instituído no princípio, é uma união indissolúvel: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mt 19.6). Em outras palavras, os laços do matrimônio duram por toda a vida do casal, e só são “dissolvidos” quando um dos cônjuges morre (1 Co 7.39). É também uma lei, um pacto que ambos estabelecem entre si, e do qual o Senhor se faz testemunha; por isso, tentar o homem quebrá-lo é cometer “violência” (Ml 2.13-16). A vontade de Deus para os casados, portanto, é que não se separem em hipótese alguma (1 Co 7.10-11). Sendo o divórcio uma prática comum entre os povos antigos, Moisés teve de orientar Israel para que, quando um homem quisesse despedir sua mulher, fizesse isto dando-lhe uma carta de divórcio (Dt 24.1-4). Mas o propósito deste dispositivo não era permitir, como pensavam os fariseus, e sim limitar a prática do divórcio, e ainda assim em razão da dureza de coração do povo, que não se conformaria a uma proibição absoluta, tal como deveria ser à luz da instituição original do casamento (Mt 19.7-8). Assim, Jesus afirma que não há justificativa para o divórcio aos olhos de Deus. O que ocorre é que, “não sendo por causa de prostituição”, ambos os cônjuges se expõem, pelo divórcio, ao risco de cometerem adultério, contraindo um novo casamento. Mas, mesmo em caso de infidelidade, o divórcio não libera nenhum dos cônjuges para casar-se novamente (Mc 10.7-12; Mt 5.31-32).

II – NOVO CASAMENTO É ADULTÉRIO Como podemos deduzir a partir das considerações feitas no tópico anterior, um dos grandes males do divórcio, além das consequências devastadoras para a família, é que conduz os cônjuges separados a fomentarem o desejo de contrair uma nova união, sob o engodo de que agora estariam livres um do outro – o que não se dá enquanto ambos vivem. Conforme as passagens já analisadas, uma segunda união contraída por pessoas divorciadas não é nada menos que adultério (Rm 7.1-3; Lc 16.15- 18). Como sabemos, a mais grave violação ao casamento consiste no pecado de adultério, alistado entre os dez mandamentos e sendo severamente punido pela Lei de Deus (Ex 20.14; Lv 20.10). É um pecado que não apenas destrói a relação conjugal e a família, mas a própria alma do transgressor (Pv 6.23-29, 32-35; 1 Co 6.15-16, 18-20; Hb 13.4). Qualquer cristão deveria se horrorizar ante a ideia de cometer um pecado tão grave contra uma instituição tão sagrada como o casamento, e considerar cuidadosamente sua situação, na situação de uma eventual separação por motivos de infidelidade ou abandono por parte de um cônjuge incrédulo. 

III – CONSELHO AOS DIVORCIADOS Não obstante o mandamento do Senhor para que os casados não se separem, é possível o divórcio ocorrer na eventualidade da infidelidade de um dos cônjuges ou quando um deles, sendo descrente, decide se apartar do crente. É evidente que em ambos os casos a separação não ocorre por iniciativa nem apoio por parte do crente, que se manterá firme no princípio de que não deve se separar. Não podendo, contudo, impedir que o faça, resta lembrar que nem por isso os laços do matrimônio são desfeitos; conforme orientação do apóstolo, o cônjuge ofendido ou abandonado deve permanecer só – isto é, não contrair novo casamento – na esperança de uma oportunidade para reconciliação (1 Co 7.11, 15). A ideia de casar-se novamente pode se tornar especialmente tentadora para o cônjuge que se vê prejudicado em qualquer dos casos acima, por um senso de que o incrédulo ou infiel, sentindo-se livre, "pode" contrair um novo casamento, e ele "não pode". O caso não é este; ambos permanecem casados, e o fato de um sentir-se livre, pela cauterização de sua consciência, para cometer adultério não significa que escapará ao juízo divino. O cônjuge abandonado, prejudicado no corpo ou em sua relação material, deve considerar que permanecer só não é um direito de que se está abrindo mão para não pecar adulterando, mas uma renúncia, um sacrifício da carne, que tende a se inclinar para a sua própria satisfação (Mt 5.27-30; 19.10-12). Além disso, é a atitude que, como cristão, perdoado por Deus, deve ter em relação ao seu próximo mais íntimo, isto é, o cônjuge que o abandonou, mantendo a porta da reconciliação aberta e mostrando-se sempre disposto a perdoá-lo e recebe-lo novamente, do mesmo modo que Deus fez com Israel e fez com as nossas almas (Mt 6.12-15; Ef 4.32; Os 2.14-16; Jr 3.1). 

CONCLUSÃO Cuidemos para que o casamento seja valorizado e o divórcio sempre detestado, como o próprio Deus o detesta. Não sejamos duros de coração para resistir à vontade de Deus para os casais, nem para relativizar o pecado ou justificá-lo em qualquer situação. Mais vale renunciar e sofrer o dano, mas herdar o reino dos céus, do que fechar os olhos à verdade e abrir mão da pureza de um leito incontaminado e da santidade sem a qual ninguém verá o Senhor.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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