013-Sofonias - Lição 01[Pr Afonso Chaves]26mar2024

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LIÇÃO 13 

SOFONIAS 

TEXTO ÁUREO: “Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” (Sf 2.3) 

LEITURA BÍBLICA: SOFONIAS 1.1-7 

INTRODUÇÃO Sofonias é um profeta do mesmo período tenebroso na história do povo de Deus do qual também profetizaram Miquéias e Jeremias. É uma das muitas vozes pelas quais o Senhor Deus denunciou os pecados do Seu povo e declarou o juízo determinado para corrigi-los e trazê-los de volta ao caminho reto, a fim de que as coisas boas que havia preparado para Judá e Jerusalém pudessem se cumprir. Embora esta profecia apresente os mesmos temas já estudados em Jeremias e Miquéias, sempre é possível perceber particulares que lançam nova luz para uma compreensão mais ampla da situação espiritual do povo de Deus naquele período e nos tempos atuais. 

I – JUÍZO CONTRA JUDÁ E JERUSALÉM (CAPÍTULO 1) Sofonias (cujo nome significa “o Senhor esconde”) era tataraneto do rei Ezequias e profetizou durante o reinado de Josias (1.1). Este foi o último rei piedoso de Judá, e seu governo foi assinalado por uma restauração espiritual da nação, que começou com o banimento da idolatria e o restabelecimento do verdadeiro culto ao Senhor; depois, com a reparação e purificação do templo, havendo sido encontrada uma cópia da Lei (cf. 2 Rs 22.1-10). Mesmo assim, o profeta acusa Jerusalém e Judá de muitos pecados, e retrata a condição espiritual lamentável em que o povo se encontrava, cujo castigo, em razão das reformas e do coração reto e sincero de Josias, apenas havia sido postergado para um momento futuro (cf. 2 Rs 22.15-17). O profeta anuncia aqui o castigo iminente do Senhor contra Judá e Jerusalém, cujo propósito seria purificar o seu povo tanto daquilo em que tropeçavam como daqueles que se haviam entregado irremediavelmente à iniquidade (1.2-6). Não há nada mais o que fazer para adiar este dia, senão calar-se e, estarrecido, contemplar o que o Senhor estava prestes a fazer (1.7). O juízo é anunciado como um banquete, um grande dia de sacrifício – ilustração recorrente na profecia bíblica que indica a matança generalizada, da qual os pecadores não escapariam, nem príncipes nem servos (1.8-9; cf. Ap 19.17-18). Embora o profeta não faça menção direta a Babilônia, nem ao cerco, aqui temos uma referência indireta à aproximação do exército caldeu pelas montanhas e a invasão da cidade anunciada desde a entrada norte (1.10). A profecia contra Judá e Jerusalém se encerra com uma descrição desse dia terrível, quando aqueles que haviam permanecido indiferentes à palavra de Deus seriam encontrados e levados, e não poderiam se regalar naquilo que haviam acumulado para si (1.12-13); até o mais poderoso dos homens clamaria nesse dia (1.14), e todos andariam como cegos, apanhados nos seus pecados e incapazes de se livrar do castigo (1.15-18). 

II – JUÍZO CONTRA VÁRIAS NAÇÕES (CAPÍTULO 2) Assim como outros profetas, Sofonias é incumbido de anunciar o juízo de Deus especialmente contra Judá e Jerusalém, mas não apenas contra o seu próprio povo – seria um juízo de escala mundial, e aqui cinco nações estrangeiras são ameaçadas da visitação divina, a saber: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria. Assim, o capítulo se inicia com um chamado ao arrependimento, sendo que o castigo sobre as nações que se segue apenas reforça a proximidade e certeza de que o Senhor visitaria o Seu povo, pois o juízo começa pela Sua casa (2.1-3; cf. 1 Pe 4.16-17). Ao mesmo tempo, devemos notar que este anúncio contém o princípio de uma esperança de restauração para o povo de Deus, na medida em que o Senhor visitaria nações que haviam participado da ruína de Judá e Jerusalém, ou zombado da sua destruição e, portanto, deveriam pagar pelos seus próprios pecados servindo de despojo e compensação pela aflição do povo eleito. Assim, os filisteus, depois de muito tempo mantendo perpétua inimizade contra o povo de Judá, seriam finalmente aniquilados, e a costa do mar que antes ocupavam serviria de pastagem para os rebanhos dos cativos de Judá, quando estes voltassem de Babilônia (2.4-7). Quanto a Moabe e Amom, conhecidas são a zombaria e o escárnio com que olharam para Judá e Jerusalém – e para o próprio Deus vivo – por ocasião do cerco e queda da nação; seriam, por isso, assoladas completamente e sua terra passaria a fazer parte da terra onde somente o nome do Senhor seria conhecido e invocado (2.8-11). Segue-se uma única sentença contra os etíopes, que pelo menos em uma ocasião haviam causado grande temor em Judá, durante o reinado de Asa, e que por isso seriam mortos à espada, isto é, por um exército tão grande quanto aquele com que tentaram impressionar e destruir o povo de Deus (2.12; cf. 2 Cr 14.9). E a profecia se conclui com uma palavra de destruição contra Nínive, capital da Assíria, que então se aproximava da sua queda, na mesma proporção em que os caldeus se fortaleciam (2.13-15). 

III – EXORTAÇÃO AO ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA (CAPÍTULO 3) O profeta se volta novamente para Jerusalém e Judá, repreendendo-os pela iniquidade e obstinação dos seus líderes e, mesmo o Senhor operando no meio deles, fazendo Sua palavra e Sua justiça serem conhecidas através dos Seus profetas, e através de muitas nações que anteriormente os ameaçaram e foram destruídas; eles preferiram não dar ouvidos, e se apressaram a pecar ainda mais (3.1-7). O juízo que seria derramado sobre as nações resultaria então não apenas em destruição total, mas em purificação – e aqui consideramos um segundo aspecto dessa profecia, que aponta para a restauração do povo de Deus a partir não apenas do retorno dos cativos de Babilônia, mas também do ajuntamento dos gentios, “a filha da minha dispersão”, aos quais o Senhor daria lábios puros para que O invocassem, e aos filhos de Israel um coração humilde para que não se rebelasse mais contra o Seu Deus (3.8-13). As palavras de Deus através deste profeta se encerram com uma viva esperança de restauração que se seguiria ao juízo, quando o povo de Deus voltaria a se alegrar e ter motivos para cantar, pois, de fato, não haveria mais do que castiga-lo, e nenhum inimigo mais restaria que ele precisasse temer (3.14-17; cf. Is 40.1-2). O remanescente, que havia se lamentado sobre as agruras da nação, sentido a desonra que se abatera contra Jerusalém e Judá ao cair diante dos seus adversários, e todos aqueles que haviam sido de alguma forma vexados pelos estranhos, haveriam de ser honrados e lembrados, mesmo na terra dos seus algozes, quando os cativos fossem restaurados e trazidos de volta a Judá (3.18-20). 

CONCLUSÃO Assim como Jeremias e Miquéias, Sofonias é claro e incisivo no chamado ao arrependimento e a reconhecer a justiça de Deus no castigo. Também não é menos claro no anúncio de uma firme esperança, a qual nem mesmo o fracasso da nação em obedecer à vontade de Deus impediria que os fiéis alcançassem a salvação.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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