012-Miquéias - [Pr Afonso Chaves]19mar2024

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LIÇÃO 12 

MIQUÉIAS 

TEXTO ÁUREO: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (MIQUÉIAS 6.8)

LEITURA BÍBLICA: MIQUEIAS 6.2-8 

INTRODUÇÃO Aproveitaremos as lições que nos restam para completar este trimestre para, após termos estudado os livros da profecia e das lamentações de Jeremias, conhecermos mais alguns dos profetas bíblicos. Na lição de hoje, faremos uma análise, ainda que concisa, sobre a profecia de Miqueias, e notaremos muitas semelhanças com o profeta que já estudamos durante este trimestre. De fato, a mensagem de Deus para o Seu povo foi anunciada diversas vezes e de diversas maneiras pelos profetas, mas, essencialmente, era a mesma: mostrar ao povo os seus pecados e as consequências inevitáveis do juízo sobre aqueles que não se arrependessem, e ao mesmo tempo alimentar a esperança dos contritos e humilhados sob a mão de Deus num tempo de restauração, glória e paz no reino dos céus. 

I – OS PECADOS DE JACÓ (CAPÍTULOS 1 E 2) Miqueias profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, sendo conhecido como moratista em alusão à sua cidade de origem, Moresete-Gate (1.1, 14). Embora não mencione por nome nenhum rei de Israel – isto é, do reino do norte – a mensagem de Miquéias diz respeito tanto à casa de Israel como de Judá; em outras palavras, mencionando diversas vezes os pecados e castigos que sobreviriam a Samaria e Jerusalém (1.5, 9, 12). Que o ministério deste profeta, embora resumido em apenas 7 breves capítulos, causou grande impacto sobre o povo de Deus, podemos deduzir a partir do fato de, muito tempo depois, durante o reinado de Zedequias, sua profecia ainda ser lembrada pelo povo de Jerusalém (cf. Jr 26.18). Neste primeiro capítulo, Miquéias proclama a idolatria que ambas as casas de Jacó foram contaminadas pela idolatria, o pecado de Samaria estendendo-se até Jerusalém, o Senhor sendo testemunha de todo este mal e estando prestes a descer dos céus para exercer a Sua vingança contra os pecadores. Miquéias expressa sua dor e pesar pelo fato de o mal de Samaria ser incurável, sendo motivo de grande vergonha para o povo de Deus, e anuncia o juízo que sobreviria sobre as dez tribos, resultando na destruição e cativeiro das dez tribos, e que chegaria até as portas de Jerusalém como uma afronta –provável referência à invasão de Senaqueribe (1.10-16). A idolatria foi o princípio de uma degeneração moral generalizada, que o profeta denuncia no capítulo seguinte: malícia, opressão, cobiça; nem viajantes, nem mulheres, nem crianças, escapavam à injustiça e corrupção dos israelitas (2.1-2, 8-9). O Senhor anuncia então que a alegria daquele povo será trocada por tristeza, e que lamentar-se sobre isto não mudaria o que Deus havia decretado quanto à sua sorte; porque não era de agora que o Senhor vinha anunciando a Israel, através dos Seus profetas, qual caminho deveria ser seguido, o que eles deveriam fazer para receber o bem, e não o mal que agora se prenunciava: “E não é assim que fazem bem as minhas palavras ao que anda retamente?” (2.3-6, 7). Mas, como não quiseram praticar a justiça, o cativeiro os removeria da terra na qual o Senhor poderia ter lhes dado descanso (2.10; cf. Hb 4.6-8). O capítulo anterior se encerra de fato com um breve vislumbre de uma restauração, quando Jacó seria novamente reunido e, como ovelhas, seriam conduzidos por um rei, sob a direção do próprio Deus, para entrarem e saírem do aprisco pela porta (2.12-13); mas isto aqui é afirmado como uma esperança ante a rapina e injustiça com que governavam os líderes e “profetas” de Israel, os quais espoliavam o povo e o faziam errar através de falsas esperanças (3.1-5). Quando chegasse o tempo da visitação, esses falsos profetas não encontrariam palavras para desorientar e nem eles mesmos entenderiam a situação, pois seriam tomados pela confusão e vergonha (3.6-7); ao que Miquéias declara a força e o ânimo que o Espírito de Deus lhe concedia para anunciar a mensagem de juízo da parte de Deus e apontar ao povo o seu pecado (3.8). 

II – SIÃO SERÁ ESTABELECIDA EM GLÓRIA PELO MESSIAS (CAPÍTULOS 4 E 5) Podemos considerar os capítulos 4 e 5 como uma segunda seção do livro de Miquéias, onde o profeta nos apresenta um quadro da restauração futura do povo de Deus sob o governo glorioso do Messias. Em vista da desolação a que seria reduzida Sião e Jerusalém, por causa dos seus pecados, conforme destacado no final do capítulo anterior (3.11), o profeta nos apresenta agora a imagem contrastante dos últimos dias, quando “o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros” (4.1). Depois de servir de escândalo e zombaria para as outras nações pelos seus pecados e terrível castigo, Sião tornaria a ser edificada e o Senhor provaria que a ama, de modo que os que restassem das nações, depois de também terem sido destruídas pelas suas injustiças contra o povo de Deus, desejariam ir até a casa de Deus para ali aprender Sua lei e, obedecendo-a, provarem o bem (4.2-3). O profeta também consola de antemão os que estavam prestes a ir para o cativeiro em Babilônia, para que não se esquecessem de que o Senhor reinava sobre eles mesmo em terra estranha e que ainda seriam livrados de lá (4.9-10); além de revelar o propósito de exaltar os quebrantados de Sião sobre as nações que se reuniram com o fim de destruí-los (4.11-13). Chegamos agora ao ponto central da promessa de restauração anunciada por Deus através do profeta, quando é revelado aquele que apascentaria o povo de Deus, aquele que seria Senhor em Israel e a a sua paz, isto é, o Messias (5.2-5; cf. Is 9.6). Notemos que, nesta profecia, é indicado não apenas o local do Seu nascimento – Belém – mas o fato de que Ele nasceria como um homem, isto é, de uma mulher (cf. Mt 2.6; 1.22-23). E que a restauração de Jacó, se por um lado significa o retorno do remanescente a Sião, por outro lado implica também na dispersão da igreja de Deus entre as nações, a fim de que a palavra de Deus seja propagada por todos os povos; mas desta vez não com temor ou sob o quebrantamento do castigo, mas com a coragem e perseverança de uma missão e autoridade confiada à igreja pelo próprio Senhor (5.7-8; cf. At 1.8; Rm 10.14-15). 

III – CONTENDA COM ISRAEL (CAPÍTULOS 6 E 7) Nestes dois últimos capítulos de Miqueias, o Senhor aponta mais uma vez os pecados da nação, mas com o propósito de demonstrar a posição indesculpável dos israelitas diante de Deus, e despertar em seus corações um senso de culpa que os leve ao arrependimento. O argumento começa com o Senhor lembrando a benignidade e bondade com que os tratou durante a peregrinação no deserto – como os libertou da terra do Egito, como lhes deu bons líderes, como os protegeu e impediu que fossem amaldiçoados (6.3-7). E, em troca, nada pediu, senão que “pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus” (v. 8). Mesmo assim, os filhos de Jacó preferiram retribuir a graça de Deus com iniquidade, e injustiça, andando nos mandamentos pecaminosos de homens (v. 10-12, 16). O profeta se desilude com o seu povo, pois em todos vê iniquidade e malícia de uns para com os outros – até mesmo nas relações mais afetuosas – e exorta seus ouvintes a fazerem o mesmo; mas expressa sua esperança inabalável no Senhor Deus (7.1-6, 7). Confiante da realização das promessas já anunciadas quanto à restauração de Sião, Miquéias lembra que a punição contra Israel é temporária, e logo Deus voltará a se apiedar do Seu povo, e lhe dará aquilo que prometeu a Abraão (7.8-9, 18-20). 

CONCLUSÃO Miqueias nos ensina que nem mesmo o pecado do povo de Deus impedirá que o Seu bom propósito para ele se realize, mas mesmo através do pecado e de como lida com este mal no coração do Seu povo, o Senhor nos ensina a Sua justiça e nos mostra o caminho que devemos seguir se desejamos desfrutar da sua benignidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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