010-Juízo contra as nações - Jeremias Lição 10[Pr Afonso Chaves]05mar2024

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LIÇÃO 10 

JUÍZO CONTRA AS NAÇÕES 

TEXTO ÁUREO: “E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram a Sião, à vossa vista, diz o Senhor” (JEREMIAS 51.24) 

LEITURA BÍBLICA: JEREMIAS 51.1-19 

INTRODUÇÃO Tendo sido primeiramente pronunciado e cumprido o juízo contra a casa de Deus, restam as nações vizinhas que, cada uma a seu modo, transgrediu contra a soberania do Rei dos reis, e haveria, portanto, de sofrer o castigo devido aos seus pecados, embora sem a medida de misericórdia reservada exclusivamente aos filhos de Jacó. E não apenas os egípcios, seguidos pelos filisteus, moabitas e edomitas, e todos os povos que resistiram ao domínio babilônico sobre a terra; mas os próprios caldeus haveriam de sofrer um terrível revés do qual jamais tornariam a se recuperar, enquanto Israel voltaria a se levantar e florescer, para nunca mais ser abalado. 

I – JUÍZO CONTRA O EGITO (CAPÍTULO 46) Esta primeira profecia, anunciando a ruína do Egito, embora se encontre na parte final do livro de Jeremias, é do tempo do rei Jeoaquim, filho de Josias, e foi pronunciada por ocasião de uma batalha travada junto ao rio Eufrates, que resultou na derrota dos egípcios diante das forças de Nabucodonosor (Jr 1.1-2; cf. 2 Cr 35.20). O profeta anuncia esta primeira derrota como um juízo de Deus contra a soberba do faraó, que subiu até o Eufrates como uma cheia, pretendendo cobrir toda a terra, mas seus heróis e valentes fugiram, amedrontados, sem olharem para trás, para grande vergonha do Egito (Jr 46.3-12). Uma segunda profecia é registrada neste capítulo, provavelmente do período em que Jeremias se encontrava naquela terra entre os rebeldes que haviam fugido dos caldeus após o assassinato de Gedalias. De qualquer modo, aqui o Senhor anuncia um segundo juízo que alcançaria a própria terra dos faraós, cujas cidades seriam alcançadas pela espada e seus moradores levados em cativeiro (Jr 46.13-19). Mais uma vez, os instrumentos da visitação divina seriam os caldeus, o “povo do Norte” (Jr 46.20, 24), e o próprio faraó seria entregue nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilônia (Jr 46.26). Notemos, porém, que a profecia se encerra com uma indicação de que o juízo de Deus contra o Egito não seria para exterminá-lo completamente, mas para abater a soberba do faraó e do povo; mas, depois, aquela terra seria novamente habitada “como nos dias antigos” (cf. Ez 29.12-15; 30.13). Ao mesmo tempo, são mencionados os filhos de Jacó que, embora estivessem dispersos e em cativeiro, voltariam a habitar na sua própria terra, ao passo que as nações que ainda existiam seriam assoladas (J4 46.27-28). 

II – JUÍZO CONTRA DIVERSAS NAÇÕES (CAPÍTULOS 47 A 49) Depois de pronunciar a ruína dos falsos amigos de Judá, os egípcios, o profeta se volta para as demais nações que, embora não mencione diretamente aqui, sabemos, pela palavra de outros profetas, haviam perpetrado injustiças contra o povo de Deus. A começar com os filisteus, que eram inimigos jurados de Israel e, havendo ainda de passar pela humilhação de serem feridos pelo Egito, também seriam abatidos por um povo ainda mais terrível, que cobriria a terra de Gaza e Asquelom como uma inundação vinda do norte (Jr 47.1-2). Na sequência, o profeta anuncia a ruína de Moabe, estando entre as causas da sua assolação a confiança nas riquezas, sua folga e tranquilidade, nunca tendo sido abalado ou comovido por um cativeiro – o que o levou à estagnação no pecado; sua soberba, orgulho e altivez, e o desprezo que votava a Israel, o povo de Deus (Jr 48.1, 7, 11, 29). Nenhuma cidade de Moabe escaparia da espada, e ai daqueles que, tendo a espada desembainhada para fazer aquela obra – que era derramar sangue – poupasse alguma vida que o Senhor havia mandado não poupar! (Jr 48.8-10). Contudo, o propósito de Deus em relação a Moabe dizia respeito a destruir a nação enquanto povo idólatra, mas, sob o aspecto da restauração dos gentios, assim como os egípcios, de Moabe também viria o remanescente que o Senhor ajuntaria em Sua terra novamente nos últimos dias (Jr 48.35, 47). Dirigindo-se então aos amonitas, o Senhor condena a presunção com que reivindicaram a terra de Israel para o seu falso deus, Malcã, de modo que Rabá, sua capital, seria não apenas destruída e o povo também levado cativo, mas suas terras finalmente entrariam na posse dos filhos de Israel (Jr 49.1- 5). Em seguida, o Senhor ainda determina juízos contra Edom, que não escaparia do castigo nem mesmo refugiando-se nos recônditos das cavernas e penhascos da sua terra (Jr 49.7-22); contra os sírios, cuja capital Damasco seria incendiada como sinal da queda de todo o reino (Jr 49.23-27); contra os árabes, descendentes de Quedar e chamados filhos do Oriente, os quais, ao invés de cidades, habitavam pacificamente em tendas, cuidando de seus rebanhos e viajando pelos desertos nas costas de camelos, mas se até então haviam permanecido alheios ao domínio de Nabucodonosor, logo seriam conquistados, e seus bens, saqueados (Jr 49.28-33). O capítulo se encerra com uma palavra contra os elamitas, um povo antigo e vizinho de Babilônia que ainda participaria da ruína do reino caldeu, mas logo seriam também destruídos (Jr 49.34-39). 

III – JUÍZO CONTRA BABILÔNIA (CAPÍTULOS 50 E 51) Finalmente chegamos à conclusão da profecia de Jeremias, e aqui o Senhor se volta contra Babilônia, a nação que, após ter sido levantada e capacitada para executar os juízos de Deus contra o povo de Judá e todos os povos da terra; por ter-se feito não menos pecadora pela sua soberba, haveria de comparecer também perante o tribunal do Rei dos reis para prestar contas de suas injustiças. A queda de Babilônia ocorreria oportunamente no tempo da restauração de Judá – quando aqueles que por ela foram feitos cativos e oprimidos seriam livres e escolheriam voltar para o monte Sião (Jr 50.4-6). Notemos que, dentre os pecados cometidos pelos caldeus – inclusive por seus reis – são mencionados, primeiramente, a idolatria, pela qual atribuíam suas sucessivas vitórias e o seu poderio a falsos deuses (Jr 50.2; cf. Hc 1.15-16); a luxúria e suntuosidade de que desfrutavam às custas do saque das nações, especialmente do povo de Deus (Jr 50.11; cf. Dn 5.1-4). Assim como outras terras e cidades antes dela, a terra dos caldeus e a grande cidade de Babilônia seriam assoladas, e nunca mais seriam habitadas (Jr 50.12-13). Consideremos ainda que, se ninguém podia imaginar, naquele tempo, que ainda haveria uma nação tão poderosa que poderia abater o império babilônico, o Senhor prenuncia aqui que outra nação se levantaria, e viria, também do norte, de uma terra distante, causando o mesmo temor a Babilônia que esta já havia causado a outras nações, e poderosa o suficiente para abatê-la (Jr 50.25-26, 41-43). É notável a expressão, no capítulo seguinte, de que o Senhor, tendo feito de Babilônia um instrumento da Sua indignação contra as nações, procurou “curá-la” da sua própria enfermidade, mas ela não se deixou curar, assim como antes havia feito Judá (Jr 51.7-9); ao invés de tomarem o castigo infligido contra o povo de Deus como lição para si mesmos e freio contra sua própria soberba, gloriaram-se nisto e pecaram ainda mais; pelo que, na sua ruína, os filhos de Jacó estariam sendo também vingados (Jr 51.24). O profeta então cita alguns dos povos arrolados entre as multidões que seriam reunidas contra Babilônia, das quais se destacam os medos (Jr 51.27-28). E encerra a profecia explicando como confiou o manuscrito contendo essas palavras de juízo a um dos príncipes de Judá levado em cativeiro com o rei Zedequias, para que fosse lançado no rio Eufrates em testemunho de que todas estas coisas se cumpririam (Jr 51.59-64). 

CONCLUSÃO Destes últimos capítulos de Jeremias podemos extrair a lição de que, ao contrário do ímpio, que nada aprende da repreensão divina exercida até mesmo contra o povo eleito e amado; o povo de Deus adquire maior certeza da justiça de Deus e da Sua misericórdia para com aqueles que se arrependem.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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