010-O servo do Senhor - Isaías Lição10[Pr Afonso Chaves]29nov2022

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LIÇÃO 10 
O SERVO DO SENHOR 

TEXTO ÁUREO: “Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo- o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” (Isaías 53.10) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 53.1-12 

INTRODUÇÃO Tendo lançado um sólido fundamento para que os fiéis pudessem aguardar com paciência e ao mesmo tempo se consolarem sobre a salvação futura, o Espírito de Deus desvenda ao profeta maiores detalhes sobre a glória e alcance desta obra, projetando as esperanças do povo em um Servo que haveria de se manifestar para cumprir fielmente os desígnios divinos, empenhando Sua própria vida para que os fiéis, não só aqueles que voltariam do cativeiro, mas aqueles que de muito longe e em gerações distantes também haveriam de ser alcançados pela eficácia da Sua obra, pudessem testemunhar o cuidado e o amor de Deus para com o Seu povo, e que este jamais será desamparado. 

I – O SERVO OPERARÁ UMA REDENÇÃO PODEROSA E EFICAZ (C. 49) Este capítulo se inicia com o profeta falando como que de si mesmo, mas na verdade em alusão ao Messias, ao Servo, também chamado aqui de Israel – uma vez que Cristo Jesus é o legítimo descendente de Abraão, através do qual todos, inclusive judeus, receberiam a adoção de filhos (cf. Gl 3.16, 26, 29; Rm 9.6-8). Com efeito, Isaías ocupava um posto que, tipologicamente, era semelhante ao do Messias, na medida em que também havia sido escolhido desde o ventre para ser profeta, e capacitado com o poder e eficácia da palavra para servir de instrumento nas mãos do Senhor, e através do qual Deus haveria de ser glorificado, quando toda a sua profecia se cumprisse (vv. 1-3). Notemos que, inclusive, a resistência dos incrédulos que o Messias haveria de enfrentar quando viesse ao mundo também foi tipificada no profeta, que, apesar de se queixar, espera na certeza de que seu direito e seu galardão estão diante de Deus (v. 4-5); contudo, rapidamente o quadro ganha maior projeção que o ministério de Isaías, quando ao Servo é incumbida não apenas a restauração das tribos de Jacó, mas também a salvação das extremidades da terra – uma clara alusão à salvação dos gentios. Notemos que, mesmo sendo humilhado e rejeitado pelas nações, a obra deste Servo redundaria em eventual subjugação de todo o mundo (vv. 6-7; cf. Ap 11.15-18). Segue-se, à descrição de como a obra do Messias traria libertação para o Seu povo, reunindo mesmo os que estavam longe (vv. 9-12); uma palavra de consolação para Israel, ainda abatido e desolado com os castigos sofridos recentemente. O Senhor ilustra que não se esqueceu do Seu povo, mas guarda a sua memória com o terno carinho de uma mãe por seus filhos (vv. 15-16); e chama a atenção dos fiéis para que olhem, com confiança nas promessas, não mais para a atual destruição, mas para o cumprimento da boa palavra a seu respeito, considerando como Israel seria glorificado, a ponto de não comportar a grandeza da restauração, na multidão de filhos que se lhe multiplicaria (vv. 18-23). 

II – ISRAEL DEVE SE ALEGRAR NA ESPERANÇA (CC. 50-52.12) Não havia razão para o povo se desesperar com Deus, porque, se agora estavam padecendo, não era por causa de Deus, que jamais teve interesse em abandoná-los; mas era pelos seus próprios pecados que haviam sido entregues à aflição; e, se ainda sofriam, era porque não atentavam para o Senhor, que não somente podia, mas queria salvá-los (50.1-3). Mais uma vez falando tipicamente com respeito a Cristo, o profeta Isaías menciona sua incumbência e capacitação para consolar os aflitos de Israel, bem como sua disposição e firmeza para sofrer as afrontas dos infiéis dentre o seu povo, os quais desprezavam a palavra do Senhor (50.4-9; cf. 1 Pe 2.21-24). O Senhor traz à memoria do Seu povo o exemplo de Sara e Abraão, dois servos solitários que nunca foram desamparados, e a partir dos quais se estabeleceu a nação. Do mesmo modo, o povo aflito deveria olhar para Deus, porque a salvação em breve se manifestaria e, uma vez realizada, duraria para sempre (51.1-6). O Servo é novamente mencionado aqui como o braço do Senhor, pois através d’Ele o Senhor opera o Seu juízo contra as nações, a fim de abrir caminho para a restauração do Seu povo (51.9-15), e tirar das mãos de Jerusalém o cálice do castigo e do juízo, para dá-lo aos seus atuais atormentadores (51.17-23). O capítulo seguinte ainda trata do mesmo assunto, conclamando o povo de Deus a abandonar a tristeza das tribulações pelas quais havia passado para, na esperança das promessas de Deus, se fortalecer e se preparar para uma salvação poderosa, não humana, mas operada pelo próprio Senhor (52.1-3). Notemos como, ao contrário dos profetas de então, que tanto se angustiaram com o teor das mensagens de juízo contra o povo de Deus, os mensageiros das novas para Israel teriam do que se alegrar, tanto eles mesmos como os seus ouvintes – numa clara alusão à natureza do próprio evangelho de Cristo Jesus (52.7-9; cf. Rm 10.15), pois, mais uma vez, a profecia fala não apenas da restauração do cativeiro em Babilônia, mas da manifestação, perante os olhos de todos, do Salvador (52.10). 

III – O SERVO SOFREDOR E SALVADOR (C. 52.13-53.12) Sem dúvida o ápice da revelação profética acerca do Messias, nesta passagem são anunciados os mistérios da encarnação, dos sofrimentos e da contradição do Servo de Deus aos olhos dos homens, bem como a natureza expiatória e eterna da Sua obra para salvar o povo eleito. Os versos finais do capítulo 52 apresentam, de fato, um resumo do capítulo seguinte, pois aí temos: seu caráter humilde e sábio: “operará com prudência”, sem recorrer à aparência ou pretensão de grandeza, a ponto de ser desprezado e ter Sua palavra e Seus sinais desacreditados pelos que buscavam a glória deste mundo e um salvador poderoso segundo a carne (53.1-3; cf. Jo 12.37-41); o caráter expiatório, isto é, sacrificial, da Sua obra, pela qual o Servo satisfaria à justiça divina, pagando com a Sua vida pelos pecados de todo o Seu povo, ao mesmo tempo em que obteria a cura, a salvação, para os Seus: “borrifará a muitas nações” (53.4-6; cf. Jo 1.29; 1 Jo 2.2); a subsequente exaltação do Servo como Rei dos reis e Senhor dos senhores, colhendo o fruto do Seu trabalho, recebendo o despojo deste mundo – isto é, as almas libertadas da tirania e opressão dos “poderosos”: “os reis fecharão a boca por causa dele” (53.10-12; cf. Cl 2.15; Ef 4.7-10). Consideremos ainda como o Espírito desvenda aqui a submissão do Servo à vontade de Deus: “ele foi ferido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro”, “ao Senhor agradou moe-lo, fazendo-o enfermar” (53.7, 10; cf. Jo 10.17-18; Mt 26.39); e que os Seus sofrimentos se devem, não a qualquer forma de desobediência cometida por Ele, porquanto “nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca”; mas sim ao fato de que Ele levou a iniquidade do povo (57.9, 11). 

CONCLUSÃO O Messias, Cristo Jesus, não era apenas a esperança do povo de Deus no passado, mas, tendo vindo a este mundo e cumprido tudo quanto acerca d’Ele estava escrito, Ele nos salvou e nos deu uma nova esperança, que nos faz ainda aguardá-l’O até aquele dia em que tudo quanto acerca do Seu povo está escrito se cumprirá plenamente no reino dos céus. 

PARA USO DOS PROFESSORES 
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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