006-Jerusalém é salva nos dias de Ezequias - Isaías Lição 06[Pr Afonso Chaves]01nov2022


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 LIÇÃO 6 

JERUSALÉM É SALVA NOS DIAS DE EZEQUIAS 

TEXTO ÁUREO: “Porque eu ampararei esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.” (Isaías 37.35) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 36.1-2, 13-15, 18-20; 37.1-2, 6-7, 36 

INTRODUÇÃO A primeira sessão do livro de Isaías, que trata do juízo de Deus contra o pecado de Jerusalém e Judá, se encerra com dois episódios – o primeiro, narrado nos capítulos 36 e 37, o segundo, nos capítulos 38 e 39 – que assinalaram o reinado de Ezequias. Independente de se tratar de um extrato das crônicas dos reis de Israel e Judá, ou de terem sido originalmente registrados pelo profeta em seu livro, a presença deste trecho de natureza mais narrativa, ou “histórica”, não é de modo algum desnecessária aqui. Veremos como o reinado de Ezequias ilustra de forma notória o cuidado e a salvação de Deus reservada para o Seu povo, a qual nunca faltará, mesmo em tempos de maior aflição e quando aqueles que desejam destruir o povo de Deus parecem estar em posição de vantagem sobre os fiéis. 

I – SENAQUERIBE CERCA JERUSALÉM E AFRONTA AO SENHOR (36.1-22) Embora Isaías inicie a narrativa deste episódio sem maiores detalhes sobre o governo de Ezequias ou de como este chegou ao trono, é importante lembrar, mesmo de forma resumida, que este rei destacou-se tanto pela sua piedade pessoal como pela reforma espiritual que levou a efeito em Judá e Jerusalém, estendendo-a até as tribos do norte; de fato, a Escritura testifica que depois dele, nem mesmo antes, houve rei semelhante em piedade e perseverança no seu caminhar com o Senhor (cf. 2 Rs 18.1-7; 2 Cr 30.1-6). Mas, à semelhança dos reis de Israel, embora por razões que diferentes, Ezequias também não se curvou ao jugo do rei da Assíria. Passaram-se então os anos, e as tribos do norte foram devastadas pelos assírios sob o rei Salmaneser, os israelitas levados cativos para além dos rios Tigre e Eufrates, para de lá nunca mais voltarem. E então, quase dez anos depois desse terrível acontecimento, era a vez de Judá ser visitada pelo mesmo povo opressor, cujo novo rei, Senaqueribe, não havia se esquecido da insubmissão de Ezequias. Arrependido do seu ato, e por certo admitindo que não era ainda o tempo do livramento e da salvação prometida por Deus ao Seu povo, mas ao mesmo tempo retendo sua confiança no Senhor, a ponto de incentivar Seu povo a não temer caso os assírios estivessem decididos a tentar conquistar Judá e Jerusalém (cf. 2 Cr 32.5-8); Ezequias se humilha perante Senaqueribe, pagando uma pesada compensação em prata e ouro, na esperança de apaziguar o rei ofendido e fazê-lo se retirar de volta para sua terra (cf. 2 Rs 18.13-15). Ocorre, porém que, movido pela soberba e por um propósito blasfemo contra o mesmo Deus que lhe havia entregado o poder sobre as nações, mas que atenderia perfeitamente o propósito divino de provar o Seu servo por aquela circunstância (cf. 2 Cr 32.1), Senaqueribe envia um grande exército para acampar-se às portas de Jerusalém e, através de seu mensageiro, Rabsaqué, profere suas ameaças e insultos contra o rei, o povo e o próprio Deus. Conforme lemos no texto, em sua fala o rei assírio assume que Ezequias nutria a mesma falsa confiança no Egito que houvera nas dez tribos do norte; imputa ao piedoso rei transgressão contra o Senhor por ter removido os altares que, na verdade, eram dedicados aos ídolos, e que por esta causa o Senhor o teria abandonado. Notemos ainda que, primeiro, ele presume estar ali para cumprir a vontade do mesmo Deus que havia entregado em suas mãos as tribos do norte; mas, em seguida, incorre na blasfêmia de afirmar que, mesmo se o Senhor protegesse Jerusalém, esta não seria salva das suas mãos, porquanto nenhuma outra nação havia sido salva pelas suas divindades.

II – A ORAÇÃO DE EZEQUIAS (37.1-20) Notemos que, numa demonstração de confiança no Senhor, e não em seu próprio poder, Ezequias já havia mandado ao povo que não respondesse à provocação dos assírios. Mas, neste ponto, pressionado pela iminência da destruição, o rei busca uma resposta de Deus no profeta Isaías, e recebe uma palavra de segurança quanto ao livramento da nação (vv. 6-7). E, num momento seguinte, as circunstâncias pareciam ter sido atenuadas para Judá, pois o rei da Assíria havia levantado o cerco de uma das cidades fortes – Laquis – e havia recebido a notícia de que um exército da distante Etiópia, ao sul, havia se levantado para enfrentá-los – o que poderia fazê-lo se retirar completamente da terra de Judá, ao menos por algum tempo. Contudo, astutamente percebendo o efeito dessa circunstância sobre os ânimos de Ezequias e de seu povo, Senaqueribe envia novamente seu mensageiro a Jerusalém, para proferir blasfêmias ainda maiores que aquelas já pronunciadas: “Não te engane o teu Deus, em quem confias” (v. 10). Ezequias, longe de ter sua confiança abalada ou sua fé diminuída, propõe-se a buscar pessoalmente ao Senhor, apresentando sua indignação por tamanha afronta contra o Deus vivo poder ser proferida sem uma imediata punição, e zeloso pela glória do Senhor, que não é como os falsos deuses das nações, que podem ser abatidos pelos reis da terra; mas antes Ele é quem exalta e abate a esses reis, conforme o Seu propósito. Assim, sua oração sincera e sua esperança inabalável na salvação de Deus receberiam uma pronta resposta (vv. 11, 14-20). 

III – A SALVAÇÃO DE DEUS (37.21-38) Através do profeta Isaías, o Senhor confirma a promessa anteriormente feita, de que Senaqueribe voltaria para sua terra para ali perecer na ignomínia; mas acrescenta e destaca a gravidade da afronta proferida pelo ímpio rei, pois este havia intentado ameaçar e afligir um povo que era qual virgem, mas sua força e brutalidade não impediria que ele caísse diante dessa virgem a ponto de fazê-la desprezá-lo ou menear a cabeça pela sua queda. Além disso, o Senhor, depois de lembrá-lo de que era apenas um instrumento em Suas mãos, também revela a soberba e a rebelião que, não diferente dos povos que havia desarraigado, se achava no seu próprio coração: “Mas eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e o teu entrar, e o teu furor contra mim”; chegava então o tempo de visitar a vanglória e soberba do rei da Assíria. Consideremos ainda que, nesta previsão, voltando-se para o Seu povo, o profeta renova a esperança na restauração do povo através do remanescente – numa alusão ao fato de que, embora o povo de Judá inexoravelmente caminhasse em direção a uma apostasia que atrairia o castigo de Deus contra a nação, diferentemente de Israel, não seriam totalmente destruídos, mas a partir de um restante preservado no cativeiro o Senhor restauraria e faria Seu povo frutificar novamente. Assim, voltando-nos para o livramento da aflição pela qual Judá passava nessa circunstância, lemos na sequência que, de uma forma tremenda e sobrenatural, o exército assírio foi aniquilado durante uma noite pelo anjo do Senhor. Embora o texto não mencione diretamente onde isto ocorreu, é mais provável que tenha sido às portas de Jerusalém, onde o exército teria voltado novamente e se acampado ali, e onde os habitantes da cidade – inclusive Ezequias poderiam ter testemunhado o livramento: “e, quando se levantaram pela manhã, eis que tudo eram corpos mortos”.

CONCLUSÃO O livramento de Judá e Jerusalém da ameaça de aniquilação representada pelos assírios sem dúvida é apresentada por Isaías no contexto das terríveis circunstâncias pelas quais os seus conterrâneos, ao serem atingidos pela palavra de que o Senhor em breve visitaria a iniquidade do Seu povo, poderiam ter neste vívido testemunho da misericórdia de Deus uma certeza de que o Senhor livra aqueles que O temem e que n’Ele confiam.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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