012-A Ética Cristã no Ministério - Ética Cristã Lição 12[Pr Afonso Chaves]14dez2021

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 LIÇÃO 12 

A ÉTICA CRISTÃ NO MINISTÉRIO 

TEXTO ÁUREO: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”. (Jo 13.13-14) 

LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 12.6-21 

INTRODUÇÃO Como em todas as demais áreas da vida pessoal e social, o ministério cristão é igualmente orientado por sólidos princípios éticos, e sua aprovação depende da fidelidade ao compromisso ético que se espera de todo cristão. Embora seja um dos últimos aspectos que analisaremos à luz da ética cristã, veremos que o ministério é aquele em que o indivíduo vê e sente mais claramente a realidade do seu dever para com um Deus que é santo e que nos contempla em toda a nossa maneira de viver. 

I – O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO 1) Todo cristão é chamado para o ministério. Quando falamos em ministério, a primeira coisa que vem à mente de muitos é a separação para um “cargo” ou “função” dentro dos quadros de liderança da igreja, cujos integrantes são chamados de “obreiros” ou “ministros”, propriamente. Mas, à luz das Escrituras Sagradas, o ministério cristão consiste, primeiramente, no chamado feito por Cristo a todos os que desejam ser Seus discípulos para que tomem a sua cruz e O sigam (Mc 8.34; Jo 12.25-26). É o chamado para renunciarmos nossos interesses e tudo o que possa se interpor entre nós e Cristo, e andarmos nos Seus passos, imitando nosso Mestre em todas as coisas, mas, principalmente, no servir uns aos outros (Mt 20.26-28; Jo 13.34-35). Afinal, ser ministro é ser um servidor. Assim como Ele deu a Sua vida para nos salvar, e por isso nos consideramos constrangidos pelo Seu amor a servir a Deus e a Cristo; devemos entender que esse serviço consiste em dar a nossa vida pelos outros, fazer tudo por eles, buscando o seu interesse e visando o seu bem maior e, eventualmente, a sua salvação. Não importa o status eclesiástico nem a qualificação social; todo cristão é chamado para ser ministro de Cristo em favor do próximo. 2) Cada um possui um chamado distinto. Seja no âmbito da igreja ou nos círculos mais amplos da sociedade, o cristão é chamado para servir de acordo com a capacidade que lhe foi concedida por Deus; para atender às necessidades do corpo de Cristo, o Espírito de Deus distribui dons espirituais para aquele que for útil (1 Co 12.8-11; Ef 4.7). Do mesmo modo, para servir aos que estão de fora, é necessário capacitação do alto, e uma mente submissa ao senhorio do Salvador, afim de que os talentos ditos “naturais” sejam empregados com sabedoria e entendimento, e Deus possa ser glorificado, e Cristo ser visto em nós, independente daquilo que fazemos e dos meios de que dispomos para servir àqueles que ainda não conhecem a salvação de Deus (At 1.8; 1 Co 10.31). 3) Atendendo ao chamado divino. Não ignoramos, contudo, que alguns dentre nós são chamados para um propósito mais “espiritual”, por assim dizer – um propósito que se manifesta na forma de um ministério ainda mais centrado no evangelho do que qualquer outra atividade ou trabalho poderia ser (Mt 4.19). É o que muitos designam de forma exclusiva como “ministério”, embora, em termos bíblicos, a diferença seja apenas de grau – na verdade, é uma medida diferente do dom de Cristo, uma responsabilidade que, sob a ótica do reino de Deus, é maior do que as demais; mas, ainda assim, é um ministério como o de qualquer outro cristão “não ordenado”, ou “separado” como obreiro na casa de Deus (cf. Rm 12.3-8; 1 Co 12.28-30). Esse chamado pertence a poucos, é excelente e maravilhoso, pois lida com dispensar diretamente das coisas de Deus para os homens; mas, por outro lado, implica em tão grande responsabilidade e demanda tão alto comprometimento que é necessário por a prova aqueles que acreditam ser vocacionados, ou que são apontados como candidatos ao “ministério pastoral” (Mt 24.45-51; 1 Tm 3.1-7, 10). E não ser apto para este ministério não significa não ser apto para ministério algum; melhor que o cristão compreenda e trabalhe com os talentos que o seu senhor verdadeiramente lhe confiou do que assuma mais do que sua capacidade alcança e depois tenha que prestar contas de seu fracasso (Mt 25.14-30). 

II – O DESEMPENHO DO MINISTÉRIO 1) Sendo fiel na administração dos talentos. O fato é que Deus não impõe carga maior do que não sejamos capazes de levar, embora os homens o façam e nós mesmos sejamos levados a assumir compromissos antes de “fazer as contas dos gastos”. O Senhor não atenta mais para o que faz muito do que para aquele que faz o que lhe foi confiado com fidelidade; e ser fiel significa empregar todos os recursos que nos foram confiados com eficiência, sem desperdícios e sem parcimônia. Quem recebe muito pode produzir muito; quem recebe pouco, pode produzir pouco – nem mais, nem menos (1 Pe 4.10-11; 1 Co 4.1-2). 2) As motivações do ministério cristão. Enquanto muitos, carentes da luz do evangelho de Cristo, fazem o que sabem fazer melhor visando seus interesses pessoais, que muitas vezes incluem o mal de outros; o cristão deve estar atento às motivações que o impelem a servir. É verdade que Deus faz todas as coisas contribuírem para o bem dos que O amam, e até mesmo os mal intencionados de algum modo servem de instrumentos para cumprir o Seu propósito; mas, a um nível pessoal, uma motivação errada pode ser muito prejudicial à fé, além de ser moralmente condenável (Fp 1.15-18). Servimos ao próximo não por vaidade ou vanglória, nem visando alcançar benefícios de ordem material, como louvor, riquezas ou poder; nossa sincera motivação deve ser o amor de Cristo, que, não visando Seu próprio interesse, mas o de seu Pai, entregou-se por nós. Nós também, constrangidos por esse amor, devemos servir aos nossos semelhantes simplesmente porque Cristo morreu não somente para nos salvar a nós, mas também a eles – para salvar o mundo (2 Co 5.14-15; 1 Co 9.16-23). 

III – O ENCERRAMENTO DO MINISTÉRIO 1) Perseverança até o fim. Um aspecto muito bem ilustrado da vocação cristã é o do termo da responsabilidade que nos é confiada. Ser fiel no ministério significa servir até o fim; em outras palavras, nada pode nos privar do nosso chamado (Ap 2.25; Lc 19.13). Circunstâncias adversas e de ordem física ou terrena podem afetar o modo ou aquilo em que servimos, mas de algum modo a providência divina não nos deixará inúteis enquanto vivermos. A ordem é trabalhar até que o Senhor volte; e somente por negligência ou covardia ante os desafios da vocação cristã poderíamos de algum modo querer dar por encerrada nossa missão – embora tal atitude seja indigna aos olhos de Deus (Lc 9.62). 2) A recompensa do servo fiel. Embora motivados pelo amor de Cristo e desinteressados de qualquer recompensa passageira que possa haver debaixo do sol, nem por isso nosso trabalho será indiferente no final, nem o Senhor recompensará do mesmo modo o fiel e o negligente (1 Co 3.8, 14; Ap 22.12). Pelo contrário, somente o fiel será recompensado – e muito bem recompensado, de tal modo que toda responsabilidade, todo esforço e aprimoramento, será contado e valorizado. Bem disse o apóstolo: “Vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58). 

CONCLUSÃO Cada cristão é chamado e capacitado por Deus para um propósito único. Em algum momento podemos ser assaltados pela incerteza sobre o que devemos fazer, e se o que fazemos realmente é importante; mas não negligenciemos o nosso chamado, pois em Deus encontramos a direção sobre o caminho a seguir; e não menosprezemos a nossa obra, pois Deus recompensará abundantemente aqueles que forem fiéis à visão celestial.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

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