011-A Destruição de Gogue e Magogue - Ezequiel Lição 11 [Pr Afonso ChaveS]07set2021

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 LIÇÃO 11 

A DESTRUIÇÃO DE GOGUE E MAGOGUE 

TEXTO ÁUREO: “E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor. E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo em Israel.” (Ez 39.6-7) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 39.1-8 

INTRODUÇÃO Os capítulos 38 e 39 apresentam uma profecia que, à primeira vista, parece fora de contexto, pois nesta passagem Ezequiel fala de nações que, apesar de inimigas do povo de Israel, não haviam sido citadas antes, nem por ele, nem por outros profetas. Outro fator que nos causa estranheza é que o assunto da profecia no momento é a restauração do povo cativo, quando os inimigos da obra de Deus já deveriam ter sido julgados e os israelitas poderiam voltar seguros para sua terra. Mas nesta lição veremos que até o fim o povo eleito estará sob a ameaça de adversários, nem sempre declarados e visíveis, mas não menos terríveis em seus propósitos contrários ao povo de Deus. E a verdadeira e duradoura restauração só virá quando todos esses inimigos forem revelados e aniquilados pelo Senhor. 

I – UM INIMIGO ANTIGO, MAS QUE AINDA HÁ DE SE LEVANTAR (CAPÍTULO 38) Ezequiel havia declarado que a restauração de Israel seria obra de um verdadeiro milagre de Deus, representado seja na visão dos ossos secos trazidos de volta à vida, seja nos dois pedaços de madeira que foram unidos para formar um só. Contra todas as expectativas das nações vizinhas e as desilusões dos próprios judeus, eles voltariam sim a habitar os montes de Israel em verdadeira paz e segurança na obediência ao Senhor Deus e ao Seu Cristo, e isto num sentido mais glorioso e pleno do que a geração de Ezequiel poderia conceber. Antes, porém, de descortinar as glórias e bênçãos do reinado messiânico na eternidade, a visão profética revela a existência de uma ameaça antiga ao povo de Deus, que por muito tempo permaneceu velada, mas que, num futuro distante, haverá de se levantar. O texto fala de Gogue, príncipe e chefe de povos etnicamente relacionados a Jafé e geograficamente estabelecidos nas terras do norte: Magogue, Meseque, Tubal, Gomer, Togarma (cf. Gn 10.2-3). Além destes, ele reúne também povos mais conhecidos na história bíblica, como os persas, etíopes e os de Pute (líbios). Em outras palavras, não se trata mais da Assíria, Babilônia ou Egito, tampouco das nações vizinhas a Israel, pois todas estas já foram julgadas por Deus a seu tempo; mas aqui temos um líder do norte que futuramente reunirá nações dos quatro cantos da terra para um assalto final contra o povo de Deus. Por esta causa, o Senhor já havia declarado esse desígnio de Gogue, bem como o juízo que recairia sobre ele, desde tempos antigos (cf. vv. 10-12, 17). Notemos, contudo, que já não é mais um adversário que o Senhor levantará como instrumento para castigar a rebeldia do Seu povo; de fato, não há mais rebeldia a esta altura, antes o povo, tendo verdadeiramente se convertido, retirou-se da espada, veio dentre muitos povos, e todos eles habitam seguramente (v. 8). Ainda é o próprio Deus quem desperta Gogue e o seu povo contra Israel, mas com o propósito de destruir a última ameaça que restava para a segurança de Seu povo e ao mesmo tempo ser engrandecido na vitória final contra todos os inimigos (v. 4). Seria impossível compreender do que o texto está realmente tratando se a profecia não fosse novamente citada na conclusão de toda a revelação divina, em Apocalipse (Ap 20.7-10). À luz desta passagem, podemos entender que, através de Ezequiel, o Senhor advertiu acerca de um evento de proporções escatológicas a realizar-se no fim dos tempos, quando não haverá mais nações humanas, visto que todas terão sido julgadas e aniquiladas por Cristo Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e a igreja, sendo a nova Jerusalém, estará na posição gloriosa e segura dos verdadeiros montes de Israel. Ali, as hostes espirituais da maldade, que desde o princípio foram os verdadeiros inimigos do povo santo (cf. Ef 6.11-12), serão arregimentadas por Satanás, solto por um pouco de tempo de sua prisão a fim de intentar exatamente esse propósito, e se insurgirão contra as próprias moradas celestiais a fim de arrebatar a igreja de sua posição junto a Deus. 

II – UMA GUERRA JAMAIS VISTA (CAPÍTULO 39.1-22) O capítulo anterior resume o propósito desse último assalto das forças do mal contra o povo de Deus e o completo controle divino sobre o desenrolar do evento. No capítulo 39, maiores detalhes são apresentados, a fim de ilustrar a magnitude de uma guerra que envolve forças jamais reunidas e trazidas a um confronto dessa proporção. Embora o líder das tropas do norte, sabidamente Satanás, tenha sido já denunciado e aprisionado pela sua iniquidade, além de ter sido abatido dos céus graças à vitória de Cristo na cruz e na ressurreição; e contra a expectativa de receber de Deus o juízo para o qual esteve encarcerado durante milênios (cf. 2 Pe 2.4; Jd 6), ainda tentará desesperadamente tomar pela força o que perdeu ao escolher o caminho da rebelião. Por isso, seguirá o caminho do pecado até o fim, ainda que suas consequências sejam evidentemente terríveis. O Senhor responderá a este assalto aberto de Satanás e dos demônios de forma dura e definitiva: “enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas” (v. 6). Mais esclarecedora ainda, a palavra em Apocalipse descreve a resposta divina como fogo que descerá do céu e devorará tanto as tropas de Gogue (isto é, as hostes demoníacas) como o próprio Satanás (cf. Ap 20.10). A figura do banquete para o qual são convocadas todas as aves de rapina e animais do campo nos dá a idéia de que, assim como as multidões deste mundo que se opõem a Deus e ao Seu povo, as forças espirituais que desde o princípio maquinam contra o propósito divino são imensuráveis, mas somente naquele dia teremos uma idéia do que são hostes da maldade. Já os corpos espalhados pelos montes, o grande despojo e as armas dos exércitos derrotados sendo reunidas em quantidade suficiente para queimar por muito tempo, apontam para o aspecto de que o propósito de Deus neste evento é ser sumamente glorificado no livramento final de Seu povo, de tal modo que fique para memória e celebração por toda a eternidade (cf. vv. 13-15). 

III – UMA VITÓRIA GLORIOSA (39.23-29) A vitória sobre todas as forças inimigas e o engrandecimento da glória de Deus diante de todos estando reservados para aquele último dia, o profeta é inspirado então a voltar à presente circunstância que mantinha o povo de Deus em aflição no cativeiro. Parte da restauração de Israel envolvia o reconhecimento de que haviam pecado e que conforme a sua imundícia e prevaricações é que o Senhor havia escondido deles a Sua face. Com o castigo de Israel, as nações guardariam a derrota sofrida pelos judeus no cerco e destruição da cidade como um testemunho de que eles eram um povo fraco – e essa memória não só afetará a relação dos outros povos com Israel, como também reflete a mesma impressão que Satanás e seus anjos têm a respeito da igreja de Deus, fomentando neles a vã esperança de um dia, quando aparentemente em maior força, puderem sobrepujar o povo santo. 

CONCLUSÃO Deus destinou o Seu povo à salvação e, mesmo quando precisa castigá-los duramente pelos Seus pecados, jamais se esquece desse grandioso propósito. Os inimigos farão mal juízo das vicissitudes a que o povo de Deus é submetido e as tomarão como incentivo para se arvorarem contra os santos até o fim; mas, para sua terrível surpresa, descobrirão, tarde demais, que o Senhor nunca mais abandonará o Seu povo.

PARA USO DO PROFESSOR
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