012-A Glória do Novo Templo - Ezequiel Lição 12[Pr Afonso Chaves]14set2021

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LIÇÃO 12 

A GLÓRIA DO NOVO TEMPLO 

TEXTO ÁUREO: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel esta casa, para que se envergonhe das suas maldades; sirva-lhe ela de modelo.” (Ez 43.10) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 43.1-10 

INTRODUÇÃO Depois de anunciar a restauração do povo de Israel em diferentes aspectos, e assegurar a vitória final contra os derradeiros inimigos do povo de Deus, a última sessão do livro de Ezequiel se dedica a descrever minuciosamente a glória de um novo templo edificado em Jerusalém, onde o culto a Deus é puro e verdadeiro, e as bênçãos derivadas da comunhão e presença divina no meio do seu povo são abundantes. Através desta visão, o Senhor descortina de forma simbólica e muito expressiva aspectos do verdadeiro templo que estava sendo reconstruído, não com pedras e por mãos humanas, mas com os sinceros e fiéis que Ele mesmo estava reunindo, para eventualmente revelar que o Seu povo é a Sua cidade eleita, e o Seu templo, e sacerdócio. 

I – JERUSALÉM E O TEMPLO SERÃO UM SÓ (CAPÍTULOS 40 A 42) De um modo muito semelhante à visão final de João registrada em Apocalipse, em Ezequiel também vemos que, após a derrota de Gogue e seu bando, o povo eleito estará livre de todos os temores e perigos para desfrutar da plenitude da salvação e da alegria celestial. Na revelação joanina, essa plenitude é representada por “um novo céu e uma nova terra”, e pela “a Santa Cidade, a nova Jerusalém”, que o apóstolo vê descer de Deus (cf. Ap 21.2, 3). Nosso profeta também é levado até “um monte muito alto”, onde ele vê “um como edifício de cidade para a banda do sul” (40.2, 3) – edifício esse que também será medido pelo anjo (cf. Ap 21.15). O propósito não é outro senão fornecer (seja no caso de Ezequiel, ou de João) uma descrição de grandiosidade, pureza e perfeição da obra divina frente à limitação humana e seus parcos recursos – uma descrição que certamente despertaria nos israelitas uma consciência da gravidade do seu pecado e sua indignidade de ter parte nesta cidade, ao mesmo tempo em que os compungiria ao arrependimento para que pudessem ser aceitos nela (cf. v. 4; 43.10-11; Ap 22.11-12, 14-15). Não há necessidade (nem espaço suficiente) para considerarmos as formas e as medidas tomadas a cada passo, de cada ângulo e de cada estrutura do edifício divino. Basta dizer que, para os israelitas que sempre conviveram com um templo que consideravam a glória do seu ornamento, a nova construção seria motivo de assombro e quebrantamento, elevando os corações dos fiéis a um senso maior da glória divina jamais imaginado. Existe até uma correlação e semelhança com o templo construído por Salomão, mas outros aspectos deste novo templo são diferentes. Um deles, por certo o mais notável, é que, em lugar de uma cidade e um templo, o que vemos é apenas um edifício, que por fora se assemelha a uma cidade, mas por dentro é um templo. Como representação da habitação de Deus com o Seu povo por toda a eternidade, Jerusalém não estará mais dividida entre “residências” comuns e o templo, pois todos os que ali entrarem serão sacerdotes e terão igual comunhão com o Senhor: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22). 

II – A GLÓRIA DE DEUS RETORNARÁ (CAPÍTULO 43) Tendo pontuado todos os contornos externos e internos da nova cidade-templo, o Senhor abre os olhos de Ezequiel para outro aspecto da restauração da cidade que, desde a visão sobre a destruição de Jerusalém (capítulos 8 a 11), havia sido indicado tacitamente: a glória de Deus abandonando o templo, depois a cidade, e finalmente sumindo no horizonte, como que deixando o povo entregue à própria sorte dos seus pecados. Mas agora, começando com a restauração do cativeiro e, num sentido mais amplo, estendendo-se ao longo das gerações de fiéis que têm sido agregados ao reino de Deus pela fé em Cristo Jesus, a glória de Deus voltou ao seu santuário, ao seu povo, e não mais o abandonará, mas antes se revelará em esplendor na nova Jerusalém (cf. Ap 21.2, 10-11; Cl 3.4). Consideremos ainda que o Senhor reinará sobre a plenitude do Seu povo neste lugar – um reino onde não haverá mais desobediência nem contaminações, pois a cidade-templo é santa, e nenhuma abominação poderá entrar nela (vv. 7, 12; Ap 21.27, 22.3, 15). Embora ainda se fale em reis, o fato é que somente o Senhor governará eternamente sobre o Seu povo, e a imagem imperfeita de um governo teocrático que havia assinalado grande parte da existência de Israel é apenas uma acomodação à compreensão do povo (assim como em Apocalipse, cf. 21.26). 

III – O NOVO SACERDÓCIO (CAPÍTULO 44) O grande pecado que havia atraído um castigo tão terrível contra Judá foi o da profanação das coisas santas de Deus, particularmente pelos seus sacerdotes. O Senhor assegura que a Sua glória, que havia entrado pela porta oriental, nunca mais abandonaria o Seu povo: “Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, Deus de Israel, entrou por ela; por isso, estará fechada”. Mas, para isto, seria necessária uma nova ordem de sacerdócio, que nunca mais comprometesse a santidade do culto divino pela desobediência, negligência e profanação. Com efeito, se alguma distinção ainda haveria no reino de Deus, não seria aquela que depende do julgamento da aparência, e sim aquela que se deriva da verdade e da justiça: os incircuncisos, isto é, os impuros e completamente alheios ao concerto do Senhor, jamais alcançarão lugar no santuário; mas aqueles que, como os levitas, foram incumbidos de responsabilidades no reino de Deus, contudo negligenciaram os seus deveres e escandalizaram aos demais, serão humilhados e considerados os menores – de fato, serão privados até da dignidade que pareciam ter (cf. Mt 5.18-20; 24.45-51). Por outro lado, os fiéis exercerão um sacerdócio legítimo e digno diante de Deus – aquele que, como anunciado através de Moisés, era o que havia sido proposto desde o início, mas o povo havia se considerado indigno (cf. Ex 19.4-6). Agora, graças à redenção alcançada em nosso favor por nosso Senhor Jesus Cristo, fomos feitos participantes desse sacerdócio – um sacerdócio não de sombras e imperfeição, mas de luz e verdade, onde nossa oferta é e sempre será aceita como cheiro agradável diante de Deus (cf. Ap 5.9-10; 1 Pe 2.4-5, 9). 

CONCLUSÃO Ezequiel teve um vislumbre da mesma Jerusalém celestial que foi revelada a João, embora com maiores detalhes relacionados à sua aparente estrutura “física”, uma vez que o seu tempo era o das sombras e da infância do povo. É verdade que o apóstolo também viu a habitação de Deus com o seu povo sob figuras, mas desta vez o propósito era ressaltar as glórias indescritíveis e incomparáveis da eternidade, a fim de animar os fiéis a perseverarem por um galardão certo e que recompensará todo e qualquer esforço que fizermos nesta vida para nos tornarmos dignos da santa cidade. 

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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