001-A importância da Ética Cristã - Ética Cristã Lição 01[Pr Afonso Chaves]28set2021


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LIÇÃO 1 

A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA CRISTà

TEXTO ÁUREO: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem”. (Ec 12.13) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 5.17-20 

INTRODUÇÃO 

Neste trimestre nos voltaremos para um tema polêmico quando levantado para discussão, mas com o qual nos defrontamos o tempo todo em nossas vidas: Ética. Além disso, vivemos numa época cujo interesse pela ética se percebe na medida em que os debates nos meios de comunicação, as políticas implementadas pelas autoridades e até mesmo o comportamento em grupo e individual são delineados com vistas a se conformar a algum padrão do que seria o “certo”, o “bom”, e a se evitar o “errado”, o “mau”. Nesta lição, vamos definir a ética – ou, mais propriamente, a ética cristã, não apenas como uma área dos estudos bíblicos e teológicos, mas como uma ferramenta, um método para aprofundarmos nossa compreensão dos valores bíblicos – divinos e imutáveis – pelos quais devemos nos orientar nas coisas em que os homens alheios ao Deus vivo o fazem conforme as conveniências do momento. 

I – A ÉTICA DOS HOMENS E A ÉTICA CRISTà

1) Uma definição. Podemos definir ética como o estudo dos princípios e razões que devem nortear o comportamento humano em todos os níveis, permitindo identificar as ações como “certas” e “erradas”, “boas” e “más”. O ser humano é naturalmente inclinado a analisar seus próprios atos e os dos outros à luz da possibilidade de aprovação ou reprovação – seja da parte de Deus, de si mesmo, ou de outros. Há uma razão maior por trás de cada ato, que o ato e suas consequências não explicam por si mesmas. A ética procura elucidar essa questão – por que o homem se comporta desta ou daquela maneira, ou antes por que ele julga certo ou errado comportar-se desta ou daquela maneira. 2) A ética dos homens. Mesmo separado da vida divina em razão do pecado, o homem ainda traz dentro de si um senso comum do que é certo e errado e de que de alguma forma deverá prestar contas por agir contra ou ter se portado abaixo do que considerava ideal. Esse senso é chamado de “consciência” e, na verdade, é o mais forte testemunho que o homem natural possui de que é a Deus que ele terá de responder um dia por todos os seus atos (cf. Rm 2.12-16; Ec 12.13). Contudo, o pecado dominou-o de tal forma que muitas vezes prevalece e o leva a violar os ditames da sua própria consciência, até que, eventualmente, o que resta desse senso moral implantado por Deus é minado ou cauterizado, e o certo e errado passa a ser aquilo que convém à sua própria conveniência, ou a de outros (cf. Pv 14.12). Ou, pior ainda, depois de violar muitas vezes suas próprias consciências, e pressionados pelo peso da culpa, tudo o que alguns conseguem é hipocritamente imputar aos outros os seus próprios pecados, na esperança de que, corroborando com palavras a ética que não praticam, poderão escapar à condenação (cf. Rm 2.1-6). 3) A ética cristã. O testemunho de Deus na consciência pode não ser mais suficiente, em razão do pecado, de trazer ao homem plena consciência do seu dever para com o Criador, muito menos disposição e força para agir de acordo com esse dever. Mas resta a verdade de que a nossa conduta neste mundo interessa a Deus, pois Ele nos faz lembrar, pela natureza das coisas criadas, que somos obra de Suas mãos e, pela consciência, que podemos agradá-l’O ou aborrecê-l’O de acordo com a nossa conformidade ou desacordo com o propósito para o qual Ele nos criou (cf. Rm 1.20-21; At 17.24-27). Para o cristão, as Escrituras Sagradas são o testemunho mais evidente e inequívoco de que existem valores pelos quais devemos regrar nossa conduta, se desejarmos agradar a Deus e assim apaziguar nossas consciências (cf. Ex 19.5; 2 Co 5.5). E por isso é do interesse de todo crente não apenas indagar e definir quais são esses valores, mas sinceramente aplica-los primeiro em sua vida, para então – e somente então – ensinar a outros (cf. Ed 7.10). 

II – CARACTERÍSTICAS DA ÉTICA CRISTà

1) A ética cristã é bíblica. O fundamento de uma investigação sobre os valores que integram a ética cristã é única e exclusivamente a Bíblia – as Escrituras Sagradas. Por “bíblica”, queremos dizer, em primeiro lugar, que a ética cristã é divina, porque Deus é bom, santo, justo e reto, e n’Ele não há nada de contrário a tudo isto (cf. 1 Jo 1.5; Hc 1.13). Logo, somente Deus pode definir o que é “certo” e “errado”, “bom” e “mau”, etc. Segundo, por “bíblica” queremos dizer que, como as Escrituras Sagradas são a revelação objetiva de Deus aos homens, é nelas que encontraremos os princípios e razões que definem a ética cristã (2 Tm 3.16; Tt 2.11-12). E, terceiro, por serem as Escrituras completas no que diz respeito à salvação, todos os princípios e valores necessários para estabelecer uma sólida e abrangente ética cristã podem ser deduzidos exclusivamente a partir da palavra de Deus. 2) A ética cristã é imutável. Deus não muda. Sua palavra aos homens também não muda, porque nossas necessidades mais profundas e vitais não mudam (cf. Mt 24.35). Costumes e cuidados da vida vêm e vão, mas as grandes questões morais permanecem as mesmas. Uma ética relativista, conciliatória, pragmática ou maleável como é a ética dos homens, na verdade apenas tranquiliza seu coração quanto às suas violações da lei divina e o impede de encarar as verdadeiras questões da vida. A ética cristã põe o homem diante da realidade suprema do Deus vivo, cujo poder é revelado na grandeza da criação, e cuja justiça e juízo verdadeiro são continuamente lembrados pela voz da consciência. 

III – O COMPROMISSO CRISTÃO COM A ÉTICA 

1) O compromisso cristão com a ética dos homens. Enquanto um reflexo pálido da lei divina estampada nos corações e deduzida a partir do senso comum e natural acessível a todos os homens, a “ética comum”, por assim dizer, é louvável (cf. At 10.1-4). Por ela Deus, na Sua providência e benignidade, tem preservado e prosperado sociedades, famílias, governos, mesmo sem o conhecimento salvífico do Evangelho. O cristão não está menos comprometido com essa ética natural do que com a ética propriamente bíblica; antes, é aqui que ele tem um ponto de contato para dar testemunho dos seus valores morais, onde os infiéis poderão reconhecer as suas boas obras e, glorificando a Deus, receber a revelação ética mais completa do Evangelho (cf. Mt 5.13-14; 1 Co 10.31-32). 2) O compromisso cristão com a ética de Deus. Por outro lado, a obrigação do cristão para com a ética esposada pelo homem natural termina onde esta se afasta dos valores, das razões e dos propósitos divinos – ou, pior ainda, quando é distorcida para se opor à ética bíblica. Desde as razões mais sutis e enganosas até o uso da força e da coação já foram usados em nome da ética. O cristão deve estar consciente de que os mesmos homens que podem ser impressionados pelo nosso testemunho também podem nos aborrecer precisamente por causa desse testemunho, pois, ao mesmo tempo que a ética cristã é tão consistente com o testemunho da consciência, merecendo o louvor até dos mais impenitentes; ela também expõe a negligência, mesmo a rebeldia, do coração incrédulo à lei de Deus, lembrando-o da terrível verdade de que terá de prestar contas dos seus atos, e provavelmente será achado em falta (cf. At 5.27-29; Jo 15.18-21; Mt 10.28; Tg 4.4). 

CONCLUSÃO 

Enquanto a ética dos homens pode ser apenas um objeto de estudo por pessoas desinteressadas em comprometer-se com os princípios mais elementares do senso comum; a ética cristã se impõe ao fiel como um forte senso de dever para com o Criador, e conhecê-la através da sua fonte infalível – as Escrituras – é a melhor forma de se assegurar de que ele saberá o que tem de fazer, mesmo quando estiver diante das incertezas do relativismo moral dos homens; ou de que o fará ainda que pressionado a agir de modo contrário ao que sua consciência para com Deus afirma seguramente que deve fazer.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
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