010-Israel voltará a viver - Ezequiel Lição 10[Pr Afonso Chaves]31ago2021

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LIÇÃO 10 

ISRAEL VOLTARÁ A VIVER 

TEXTO ÁUREO: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor.” (Ez 37.14) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 37.1-14 

INTRODUÇÃO Tendo recebido a incumbência de anunciar a restauração de Israel aos seus conterrâneos no cativeiro babilônico, Ezequiel tem de lidar com diversas indagações e fraquezas que acometiam os judeus, confusos quanto ao presente e desanimados quanto ao futuro. O abatimento de Judá e Jerusalém havia sido tão grande que somente um milagre os faria voltar a ser uma nação – quanto mais uma nação gloriosa e de filhos obedientes, como vinha sendo proclamado pelo profeta. E o milagre com certeza viria, na forma de nada menos que uma verdadeira ressurreição dentre os mortos. 

I – OS OSSOS SECOS GANHARÃO VIDA (VV. 1-14) Ezequiel ainda tem diante de si um povo extremamente pesaroso pela sua sorte e sem nenhuma esperança quanto ao futuro. Embora já tivessem ouvido o apelo da boa vontade de Deus para com eles, que desejava que se convertessem e vivessem; a promessa de que seriam buscados pelo próprio Deus como um pastor busca suas ovelhas; e que os montes de Israel tornariam a ser habitados e cultivados; quando olhavam para a sua presente condição, os judeus não conseguiam entender como isto se faria. Reduzidos e dispersos, despojados e habitando em terra estranha, eles se viam como definitivamente mortos: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados” (v. 11). E o Senhor como que concordará com tal apreensão, ilustrando-a de forma vívida na visão do vale dos ossos secos, a fim de que o povo entendesse que a sua restauração se daria através de um grande milagre de Deus. Então, como no início do seu ministério, Ezequiel é mais uma vez arrebatado em espírito e levado – desta vez, não a Jerusalém, mas a um vale cheio de ossos secos, a um local que parecia ter servido de palco para uma grande matança e, depois de mortos, os corpos foram deixados insepultos, expostos ao ar livre por muito tempo, até secarem-se completamente. A partir desse quadro representando a desonra em que os judeus castigados se encontravam (corpos insepultos) e a aparente impossibilidade de saírem dessa condição (os ossos estavam sequíssimos), o Senhor revela ao profeta que a restauração seria gradual, mas, uma vez iniciada, certamente se completaria: “Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor” (vv. 5-6). É interessante notar que há dois momentos na visão em que o espírito é invocado pelo profeta, a mando de Deus, para realizar a sua obra: no primeiro, o espírito reúne os ossos, formando esqueletos e estendendo sobre eles nervos, carne e pele. Num segundo momento, o espírito assopra sobre os corpos inertes para que passem a ter vida, e finalmente eles formam um exército grande em extremo. A referência à restauração de Israel aqui como uma ressurreição é muito significativa, pois não apenas remete ao aspecto espiritual dessa restauração – o povo que voltaria do cativeiro seria primeiramente purificado e convertido para servir voluntariamente ao Senhor (cf. Ez 36.25-27) – como também apresenta um aspecto da própria graça de Deus que se manifestaria plenamente no Evangelho: a palavra de Cristo dá vida e ressuscita aqueles que estão mortos em suas ofensas e pecados, levantando-os dos seus sepulcros para que possam viver para Deus (cf. Jo 5.24-25). 

II – O POVO SERÁ UM SÓ (VV. 15-22) Na sequência deste capítulo, o Senhor manda Ezequiel profetizar sobre a restauração da unidade do povo, que havia sido perdida desde os dias de Reoboão, filho de Salomão. A separação das dez tribos do norte das tribos do sul havia sido um fator que acelerou a queda do povo na idolatria e apostasia, de tal modo que até mesmo Judá e Benjamin, que haviam permanecido com a casa de Davi e o culto ao Senhor em Jerusalém, se deixaram influenciar pelos erros de seus irmãos. Assim o povo de Deus se corrompeu na divisão e acabou sendo castigado e destruído na divisão. Contudo, o Senhor promete aqui por fim ao cisma das tribos, porque já não seriam mais os descendentes das dez tribos do norte, ou das tribos do sul, que seriam restaurados, mas sim os filhos de Israel dispersos entre as nações que seriam congregados de todas as partes para formar uma nação na terra, nos montes de Israel (v. 22), unidos de tal modo que “nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos”. Esta é uma promessa que não apenas se cumpriu literalmente na restauração do povo alguns anos depois, sob Zorobabel e depois Neemias, mas que aponta para a realidade futura de um povo que, mesmo estando disperso por toda a parte e formado por elementos que, do ponto de vista humano, poderiam ser tão divergentes, identificam-se pela fé e pela graça comum da salvação como um único rebanho, uma única igreja ou corpo de Cristo, pois foram reconciliados tanto com Deus como uns com os outros (cf. Ef 2.13-18). 

III – O POVO SERÁ GOVERNADO POR UM SÓ REI (VV. 23-28) Os últimos versos deste capítulo delineiam o caráter do povo de Deus após a restauração, sob a ótica de uma eternidade em que nunca mais perderá e nada mais poderá interferir em seu relacionamento com Deus. Em outras palavras, aqui o profeta vislumbra o reino de Deus prevalecendo no coração de seu povo. Entre as características desse reino, notemos que, ao contrário dos reinos divididos anteriores ao castigo, haverá apenas um rei sobre o povo: “Meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor” (v. 24), que é uma referência clara a Cristo Jesus, aqu’Ele que recebeu eternamente o trono de Davi (cf. Lc 1.32-33). Sua habitação na terra prometida será perpétua, assim como desfrutarão de toda a paz do concerto com Deus, porque “andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos, e os observarão”. E consideremos também que, em lugar de templo, o Senhor fala do Seu tabernáculo estando no meio deles – uma alusão ao santuário que, simbolizando a presença divina no meio do povo de Israel, permanecia literalmente mais próximo às tribos em sua peregrinação no deserto do que o templo em Jerusalém. 

CONCLUSÃO Na lição de hoje aprendemos que, depois do castigo, Israel foi animado a olhar para Deus na esperança da restauração, e não para si mesmos. Sua condição ainda refletia o estrago causado por longas gerações de rebeldia e impenitência, e somente o Senhor poderia fazer reviver um povo que, em todos os sentidos, estava praticamente morto. Mas o milagre aconteceria, porque este era o propósito e a vontade de Deus para com o Seu povo eleito.

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AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

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TEXTO ÁUREO: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor.” (Ez 37.14) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 37.1-14 

INTRODUÇÃO Tendo recebido a incumbência de anunciar a restauração de Israel aos seus conterrâneos no cativeiro babilônico, Ezequiel tem de lidar com diversas indagações e fraquezas que acometiam os judeus, confusos quanto ao presente e desanimados quanto ao futuro. O abatimento de Judá e Jerusalém havia sido tão grande que somente um milagre os faria voltar a ser uma nação – quanto mais uma nação gloriosa e de filhos obedientes, como vinha sendo proclamado pelo profeta. E o milagre com certeza viria, na forma de nada menos que uma verdadeira ressurreição dentre os mortos. 

I – OS OSSOS SECOS GANHARÃO VIDA (VV. 1-14) Ezequiel ainda tem diante de si um povo extremamente pesaroso pela sua sorte e sem nenhuma esperança quanto ao futuro. Embora já tivessem ouvido o apelo da boa vontade de Deus para com eles, que desejava que se convertessem e vivessem; a promessa de que seriam buscados pelo próprio Deus como um pastor busca suas ovelhas; e que os montes de Israel tornariam a ser habitados e cultivados; quando olhavam para a sua presente condição, os judeus não conseguiam entender como isto se faria. Reduzidos e dispersos, despojados e habitando em terra estranha, eles se viam como definitivamente mortos: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados” (v. 11). E o Senhor como que concordará com tal apreensão, ilustrando-a de forma vívida na visão do vale dos ossos secos, a fim de que o povo entendesse que a sua restauração se daria através de um grande milagre de Deus. Então, como no início do seu ministério, Ezequiel é mais uma vez arrebatado em espírito e levado – desta vez, não a Jerusalém, mas a um vale cheio de ossos secos, a um local que parecia ter servido de palco para uma grande matança e, depois de mortos, os corpos foram deixados insepultos, expostos ao ar livre por muito tempo, até secarem-se completamente. A partir desse quadro representando a desonra em que os judeus castigados se encontravam (corpos insepultos) e a aparente impossibilidade de saírem dessa condição (os ossos estavam sequíssimos), o Senhor revela ao profeta que a restauração seria gradual, mas, uma vez iniciada, certamente se completaria: “Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor” (vv. 5-6). É interessante notar que há dois momentos na visão em que o espírito é invocado pelo profeta, a mando de Deus, para realizar a sua obra: no primeiro, o espírito reúne os ossos, formando esqueletos e estendendo sobre eles nervos, carne e pele. Num segundo momento, o espírito assopra sobre os corpos inertes para que passem a ter vida, e finalmente eles formam um exército grande em extremo. A referência à restauração de Israel aqui como uma ressurreição é muito significativa, pois não apenas remete ao aspecto espiritual dessa restauração – o povo que voltaria do cativeiro seria primeiramente purificado e convertido para servir voluntariamente ao Senhor (cf. Ez 36.25-27) – como também apresenta um aspecto da própria graça de Deus que se manifestaria plenamente no Evangelho: a palavra de Cristo dá vida e ressuscita aqueles que estão mortos em suas ofensas e pecados, levantando-os dos seus sepulcros para que possam viver para Deus (cf. Jo 5.24-25). 

II – O POVO SERÁ UM SÓ (VV. 15-22) Na sequência deste capítulo, o Senhor manda Ezequiel profetizar sobre a restauração da unidade do povo, que havia sido perdida desde os dias de Reoboão, filho de Salomão. A separação das dez tribos do norte das tribos do sul havia sido um fator que acelerou a queda do povo na idolatria e apostasia, de tal modo que até mesmo Judá e Benjamin, que haviam permanecido com a casa de Davi e o culto ao Senhor em Jerusalém, se deixaram influenciar pelos erros de seus irmãos. Assim o povo de Deus se corrompeu na divisão e acabou sendo castigado e destruído na divisão. Contudo, o Senhor promete aqui por fim ao cisma das tribos, porque já não seriam mais os descendentes das dez tribos do norte, ou das tribos do sul, que seriam restaurados, mas sim os filhos de Israel dispersos entre as nações que seriam congregados de todas as partes para formar uma nação na terra, nos montes de Israel (v. 22), unidos de tal modo que “nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos”. Esta é uma promessa que não apenas se cumpriu literalmente na restauração do povo alguns anos depois, sob Zorobabel e depois Neemias, mas que aponta para a realidade futura de um povo que, mesmo estando disperso por toda a parte e formado por elementos que, do ponto de vista humano, poderiam ser tão divergentes, identificam-se pela fé e pela graça comum da salvação como um único rebanho, uma única igreja ou corpo de Cristo, pois foram reconciliados tanto com Deus como uns com os outros (cf. Ef 2.13-18). 

III – O POVO SERÁ GOVERNADO POR UM SÓ REI (VV. 23-28) Os últimos versos deste capítulo delineiam o caráter do povo de Deus após a restauração, sob a ótica de uma eternidade em que nunca mais perderá e nada mais poderá interferir em seu relacionamento com Deus. Em outras palavras, aqui o profeta vislumbra o reino de Deus prevalecendo no coração de seu povo. Entre as características desse reino, notemos que, ao contrário dos reinos divididos anteriores ao castigo, haverá apenas um rei sobre o povo: “Meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor” (v. 24), que é uma referência clara a Cristo Jesus, aqu’Ele que recebeu eternamente o trono de Davi (cf. Lc 1.32-33). Sua habitação na terra prometida será perpétua, assim como desfrutarão de toda a paz do concerto com Deus, porque “andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos, e os observarão”. E consideremos também que, em lugar de templo, o Senhor fala do Seu tabernáculo estando no meio deles – uma alusão ao santuário que, simbolizando a presença divina no meio do povo de Israel, permanecia literalmente mais próximo às tribos em sua peregrinação no deserto do que o templo em Jerusalém. 

CONCLUSÃO Na lição de hoje aprendemos que, depois do castigo, Israel foi animado a olhar para Deus na esperança da restauração, e não para si mesmos. Sua condição ainda refletia o estrago causado por longas gerações de rebeldia e impenitência, e somente o Senhor poderia fazer reviver um povo que, em todos os sentidos, estava praticamente morto. Mas o milagre aconteceria, porque este era o propósito e a vontade de Deus para com o Seu povo eleito.

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