002-A Singularidade do Evangelho - Gálatas lição 02[Pr Afonso Chaves]06abr2021

 

LIÇÃO 2 

A SINGULARIDADE DO EVANGELHO 

TEXTO ÁUREO: “Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo”. (Gl 1.12) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 1.6-24 

INTRODUÇÃO Nesta segunda lição será mostrado que existe apenas um evangelho cuja essência é divina, e qualquer outro evangelho que aparecer será de origem humana. O verdadeiro evangelho busca sempre a glória de Deus Pai e de Seu Filho Jesus Cristo, enquanto o outro busca os méritos humanos e a glória do homem. Quem tem a verdadeira chamada pela revelação de Cristo Jesus deve obedecer a este princípio. 

I – EXISTE APENAS UM EVANGELHO (VV. 6-9) Paulo se utiliza de uma figura de linguagem para exortar os gálatas a respeito do abandono tão rápido de Deus; a expressão: “tão depressa passásseis...” origina-se de uso militar e quer dizer “desertar”, “abandonar a guerra” – ou seja, os gálatas estavam desertando do exército de Deus para se unir ao dos homens. “Aquele que vos chamou” é referente a Deus, que os havia chamado à graça de Cristo, e ele diz isto para enfatizar que a obra realizada entre eles começara com Deus e acabara em Cristo sem intervenção humana. Eles haviam abraçado um outro evangelho – a expressão significa um evangelho diferente em sua essência. Não apenas diferente na forma de se entender ou transmitir. O evangelho que Paulo anunciava é de natureza divina e demonstrava a graça, enquanto o “outro” é de natureza humana e baseava-se em fazer obras para se alcançar a salvação – destacava os méritos humanos e assim o louvor é atribuído ao homem. Contudo, Paulo destaca que esse não é outro evangelho, senão que alguns querem transtornar o evangelho de Cristo (At 15.24). Havia um propósito deliberado em tornar a verdade em mentira, em tirar o foco de Deus e centralizar no homem. Essa estratégia já é observada desde o princípio (Gn 3.1-6). E o homem, em sua soberba e rebeldia contra Deus, apresenta argumentos sobrenaturais para legitimar a sua mensagem. No entanto, Paulo destaca que ainda que um anjo, ou um dos próprios apóstolos anunciasse outro evangelho além deste que já havia sido apresentado, deveria ser considerado maldito. 

II – O VERDADEIRO EVANGELHO É O PRÓPRIO CRISTO (VV. 10-12) Paulo é enfático em dizer que o seu único objetivo com o evangelho que pregava era a glória de Deus. Não busca em nenhum momento agradar a homens e receber aprovação humana – ao contrário, demonstra não apenas em Gálatas, mas também em outras cartas que a sua mensagem atrai perseguição e risco de morte, e muita reprovação de homens legalistas. Mas conclui que tem de ser assim, pois ele era servo, “escravo” de Cristo, e não de homens. Enquanto os religiosos estavam subjugando o povo com preceitos de homens para agradar a homens, Paulo em contrapartida está dizendo que a mensagem da qual era portador ele não havia aprendido ou recebido de homens para agradar a homens, mas sim pela revelação de Jesus Cristo. Esta revelação recebida não é da mensagem em si, mas a revelação da própria pessoa de Cristo. Essa é a razão pela qual ele rejeitava aplausos humanos e buscava a aprovação daquele que o havia chamado. É muito importante essa observação porque muitos refutam os estudos, as leituras, as escolas teológicas baseados nesta compreensão de que quem dá a revelação é Cristo. No entanto, essa interpretação da passagem está incorreta; Paulo era doutor da lei, conhecimento não lhe faltava. Mas era necessário que aquilo que era letra recebesse luz, vida, e isso aconteceu quando Jesus foi revelado pelo Pai a ele (Jo 8.42, 43, 47). E era exatamente o que faltava para os seus opositores e perturbadores do evangelho, ou seja, a revelação de Jesus Cristo. Estes ainda estavam presos na antiga aliança, necessitando desta revelação em suas vidas. Por isso o verdadeiro evangelho não é quando Cristo nos fala ou manda escrever, mas sim quando Ele próprio vem fazer em nós morada, dando vida àquilo que possuímos ou que passamos a conhecer graças à exposição ou estudo da palavra de Deus. 

III – PAULO DÁ TESTEMUNHO DE SUA CHAMADA DIVINA (VV. 13-24) Paulo entendia muito bem os princípios da chamada de Deus em sua vida. Primeiro destaca que havia sido separado por Deus desde o ventre de sua mãe. É como dizer que Deus tinha um projeto e que os elementos que faziam parte já estavam escolhidos e preparados; bastava a plenitude do tempo para que o seu propósito se realizasse. Nada diferente do que acontecera com Moisés, com José e o que dizer de Jacó, que já havia sido também escolhido por Deus desde o ventre, quando sua mãe indagara a Deus a respeito do que estava acontecendo em seu ventre. E assim ocorreu também com o próprio Senhor Jesus (Lc 1.31-33). Paulo menciona a vontade de Deus (“aprouve a Deus”) em separá-lo e depois chamá-lo pela sua graça – ou seja, não havia merecimento em Paulo para tal. E isso ele destaca em seu testemunho de que era perseguidor da igreja, porém, agora anunciava o que antes tentara destruir (v. 23). Tal graça fora recebida não por uma ordenação humana, mas por um chamado específico. E Paulo, embora já fizesse parte do projeto de Deus, só teve conhecimento do fato quando Deus revelou Seu Filho nele (Paulo). Portanto, Paulo esclarece aos gálatas que não consultou carne e sangue, mas foi logo obedecendo à vontade de Deus. E exorta então os irmãos a que permaneçam neste evangelho – a revelação do Filho pelo Pai – e não aceitem aqueles que primeiro não reconheciam o seu apostolado e, segundo, deturpavam, transtornavam a mensagem do evangelho da graça de Cristo, levando a comunidade a um jugo pesado de um legalismo religioso. 

CONCLUSÃO É portador do verdadeiro evangelho aquele que teve a revelação de Jesus Cristo concedida pelo Pai. Este não está mais preso a velhas ordenanças, ao legalismo religioso, mas, pelo contrário, está livre para servir a Deus com alegria. Mas deve permanecer firme no evangelho que recebeu e não dar ouvidos a muitos que tentam deturpar o evangelho e inquietar a comunidade dos cristãos, induzindo muitos a uma vida sem experiência com Deus e apegada a preceitos humanos.  

PARA USO DO PROFESSOR:

AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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