012-A Explicação da guerra prolongada - Daniel Lição 12[Pr Afonso Chaves]16jun2010


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LIÇÃO 12 
A EXPLICAÇÃO DA GUERRA PROLONGADA 

TEXTO ÁUREO: 
“Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra” (Dn 11.44-45). 

LEITURA BÍBLICA: DANIEL 11.1-20 

INTRODUÇÃO 
No decorrer do estudo das visões anteriores – dos quatro animais, do bode e do carneiro e das setenta semanas – bem como nos testemunhos acerca da vida do profeta e dos seus companheiros, uma verdade ficou bem evidente: há uma batalha de enormes proporções sendo travada entre forças muito superiores a qualquer poderio humano, e o povo de Deus está bem no meio dessa batalha. 
Nesta visão final registrada pelo profeta, veremos que o Altíssimo, que sempre tem o controle de todas as coisas, definiu um desfecho para essa guerra, onde o Seu povo, após sofrer terríveis ataques, mas também maravilhosos livramentos, sairá eternamente vitorioso, e as forças do mal, para sempre aniquiladas. 

I – EVENTOS HISTÓRICOS IMEDIATOS (VV. 1-20) 
Há uma grande semelhança entre a visão deste e do capítulo 8, no sentido de que Deus revela a Daniel eventos que se realizariam num futuro próximo, mas que contêm elementos escatológicos figurativos acerca de tempos mais distantes e, a partir de determinado ponto, tornam-se o assunto principal do texto. Conforme estudamos no capítulo anterior, tudo se inicia com a visão “de uma guerra prolongada”. 
Daniel, orando e jejuando, recebe então a revelação, trazida por um anjo, sobre “o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias” (Dn 10.1, 14). Portanto, aqui Deus também fala tanto de um futuro próximo a Daniel e às gerações mais imediatas a ele, como também de eventos que se projetam num futuro escatológico e que são ainda mais pertinentes aos nossos dias. 
O mesmo anjo que havia se apresentado para confortar e reanimar Daniel após a visão impactante da majestade de Miguel, príncipe do povo de Deus, agora passa a esclarecer a revelação que havia trazido ao profeta, e começa enumerando a sucessão imediata dos reis no trono do império persa: depois de Ciro, haveria ainda três sucessores, antes que o reino fosse entregue a outro povo. 
E a mudança não seria de forma pacífica, pois o último rei, com sua grande riqueza, “agitará todos contra o reino da Grécia” (cf. Dn 8.4, 20). Talvez considerando que a queda dos persas frente à ofensiva grega já havia sido revelada, a visão descreve o primeiro rei grego, Alexandre, “um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver”; e a sua repentina sucessão e a repartição do seu império: “estando ele em pé, o seu reino será quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu”. 
Notemos que, após isto, o foco da visão passa a ser os detalhes de um conflito que começa se travar entre os reinos formados após a fragmentação do império grego – mais especificamente, os reinos do norte e do sul (Egito), e a situação crítica do povo de Deus por estar no meio do campo de batalha entre esses dois reinos. 
No imprevisível jogo de poder entre ambos, os prevaricadores dentre os israelitas se posicionariam apoiando o reino do sul, e isto atrairia a fúria do reino do norte contra todo o povo. Então, a seu tempo, o rei do norte viria e faria “segundo a sua vontade, e ninguém poderá permanecer diante dele; e estará na terra gloriosa, e por sua mão se fará destruição”, de tal modo que nem mesmo o rei do sul poderia ajudá-los. 
Os versos seguintes denotam a queda do então rei do norte e do seu sucessor graças à intervenção divina, que põe termo às suas ações cada vez mais ousadas e brutais: o primeiro “tropeçará, e cairá, e não será achado”, e o outro “em poucos dias será quebrantado, e isso sem ira e sem batalha”. 

II – A ASCENSÃO DE UM HOMEM VIL (VV. 21-39) 
A partir deste verso, a Escritura chama a atenção para um outro rei do norte, aqui descrito como vil, indigno da realeza, que usurpa o poder e usa dos meios mais sórdidos para realizar suas ambições, e que gradualmente vai se revelando um terrível opositor do povo de Deus. Mas é aqui que, como já destacamos, começam as alusões com sentido tanto histórico imediato como figurado e escatológico. 
A ação deste “homem” se estende até o fim do tempo, de modo que aqui devemos considerar um poder que atravessa gerações – um poder que, pelo seu caráter ambicioso e profano, se equipara àquele representado pelo chifre pequeno da visão do sacrifício contínuo. Em outras palavras, o império romano e, eventualmente, o governo das nações. 
Consideremos, então, alguns particulares desse conflito que se estenderá até o fim dos tempos e que, particularmente sob o domínio romano, vai se configurando em oposição declarada a Deus e ao Seu povo. 
De fato, um dos interesses desse “homem” continua sendo a conquista do reino do sul por todos os meios, sendo todos eles ou incompletos ou de curta duração. Mas, nesse ínterim, sua atenção também se voltará para o povo santo e o seu concerto com Deus; seja procurando corrompe-los e ganhá-los para sua causa: “e se indignará contra o santo concerto”, “voltará e atenderá aos que tiverem desamparado o santo concerto”, “aos violadores do concerto ele, com lisonjas, perverterá”; ou, de forma ostensiva, usando de violência contra as coisas santas e o povo santo: “E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora” (cf. Dn 8.9-12, 23-25; 9.27), o que desencadeará grande perseguição. 
Será, porém, uma grande oportunidade para testemunho de fé e da graça de Deus: “o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas”, “caindo eles, serão ajudados com pequeno socorro” (v. 34). 
Mas, conforme revelado em outras visões, aqui também está presente a indicação de que há um tempo determinado para todas essas abominações: “até ao fim do tempo, porque será ainda no tempo determinado”, “até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito”. A seu tempo, todo o sistema representado por esse “homem” cairá, e grande será a sua queda. 

III – A QUEDA DO HOMEM VIL (VV. 40-45) 
Segue-se então detalhes de como, a partir da sua maior glória, corrompendo a tudo e a todos, o rei do norte levará adiante seus planos de completar a conquista do reino do sul e a profanação de tudo o que diz respeito ao povo santo. 
Haverá resistência tanto do reino do sul como do povo santo, certamente, mas ele fará um avanço significativo “no fim do tempo”, e será tão bem sucedido que subjugará e despojará o sul – inclusive o Egito – excetuando-se apenas alguns pequenos reinos que não representam perigo ao seu domínio absoluto, e “entrará também na terra gloriosa”. 
Contudo, do auge das suas maiores conquistas, como aconteceu com os seus antecessores que o tipificavam, será abalado sem qualquer violência ou força bruta: “os rumores do Oriente e do Norte o espantarão” e, numa tentativa exasperada de espantar seus temores, “sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos”, posicionando-se declaradamente contra o povo santo: “armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso”. 
Aqui temos a declaração de um confronto final das trevas contra a luz – de Satanás e todas as suas potestades contra Deus e os Seus exércitos. Mas eis que chega o tempo da sua destruição final, e não haverá escape, nem lugar para que outros os sucedam (cf. Ez 38 e 39; Ap 20.7-10). 

CONCLUSÃO 
Todos os conflitos pelos quais o povo de Deus tem passado e ainda há de passar caminham para um fim decisivo, um desfecho inevitável onde os inimigos serão esmagados e calados para sempre, e um novo cenário de vitória e paz se descortinará pela eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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