004-Os filhos de Adão -Gênesis Lição 04[Pr Denilson Lemes]24out2025

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LIÇÃO 4 

OS FILHOS DE ADÃO

TEXTO ÁUREO: “Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” (1 Jo 3.12) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 4.1-12 

INTRODUÇÃO Após a transgressão do primeiro casal ter se consumado e a sua queda daquele estado original no paraíso ter sido selada com a sua expulsão para fora do Éden, veremos como os primeiros descendentes de Adão lidaram com a dura realidade de um mundo dominado pela morte, corrupção e pecado. Ao passo que alguns seguiriam o curso natural das suas paixões e vaidades, outros se voltariam para o Criador, na esperança de que somente d’Ele viria a redenção. 

I – ABEL E O TESTEMUNHO DA FÉ (4.1-7) Dentre as muitas lições importantes que podemos extrair daquele momento de juízo que Adão e sua mulher tiveram de encarar antes de serem expulsos do jardim, uma delas é a de que, embora destituídos da glória de que desfrutavam no princípio, eles não haviam sido abandonados pelo Criador. Adão e seus descendentes teriam de provar completamente o amargo fruto daquela primeira transgressão, mas, em uma demonstração de que todas as adversidades pelas quais passariam contribuiriam para a realização de um propósito maior, redundando em seu benefício, o Senhor Deus deixa ao primeiro casal uma esperança e promessa de redenção. Como já observamos na lição anterior, primeiro anuncia que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente; depois, faz a Adão e Eva túnicas de peles, para que pudessem cobrir a sua nudez. E somente depois disso é que o Criador os expulsa do jardim, a fim de que não tomassem da árvore da vida. Partindo desta lição, consideremos os fatos narrados no capítulo 4. A Escritura menciona o nascimento de dois filhos ao primeiro casal, Caim e Abel, cujos nomes significam, respectivamente, aquisição – porque a concepção e geração de filhos era um dom de Deus concedido ao casal antes da queda, e o nascimento deste primeiro filho era um sinal de que o Criador não havia retirado sua misericórdia de sobre a mulher (cf. 1 Tm 2.14-15) – e vaidade – porque este outro filho seria o primeiro a provar a incerteza e efemeridade da vida, sobrevindo-lhe a morte súbita e inesperadamente, e não ao cabo de longos dias de cansaço e envelhecimento (cf. Sl 90.10). Nenhum outro detalhe a Escritura apresenta a respeito da vida de Caim e Abel, exceto que o primeiro foi lavrador da terra e o segundo, pastor de ovelhas. O conhecido episódio envolvendo ambos os irmãos sugere várias coisas importantes, que gostaríamos de considerar. Notemos, primeiramente, que o fato de se apresentarem perante o Senhor com uma oferta claramente era um testemunho de que tinham consciência de culpa, e desejavam fazer reparação pelo seu pecado, propiciando o Criador para que os aceitasse novamente na sua comunhão. Quanto à natureza das ofertas, podemos imaginar que ambos teriam oferecido o melhor daquilo que a mão de cada um deles alcançava. Contudo, ao ignorar a importante lição deixada aos pais na figura das túnicas de peles – de que a justiça divina demandava o sangue de uma vítima inocente para reparação da pecado – e, mesmo instado pelo Criador, recusar-se a fazer o bem – apresentando a oferta apropriada – Caim revelou ser movido por intenções malignas, e não pela fé, como seu irmão Abel – fé pela qual este pode tanto vislumbrar uma melhor oferta, como oferecê-la e alcançar testemunho de que agradara a Deus (1 Jo 3.12; Hb 11.4). 

II – CAIM E O PREDOMÍNIO DO PECADO (4.8-24) O desfecho desse episódio, em que Caim, cegado pela ira e inveja, assassinará seu irmão e não se comoverá por isso enquanto não for questionado pelo próprio Deus, revela como o pecado, tendo entrado no mundo, tornou-se um princípio poderoso e sorrateiro, jazendo à porta do coração de todos os homens, pronto para se apoderar de suas vontades e dominá-los – o único escape possível estando na graça de Deus, que se manifesta na obediência (Rm 3.13-18; cf. Hb 4.16; Tg 4.7-10). Este foi o primeiro caso de homicídio, e pode ser propriamente atribuído a Satanás, visto se tratar de uma primeira manifestação daquela inimizade que separaria até o fim a sua semente da semente da mulher (Jo 8.44). Notemos o tom ofensivo da resposta de Caim quando questionado pelo Criador, como se Deus não soubesse o que realmente havia acontecido com Abel. Contudo, mesmo depois de morto, Abel ainda era ouvido pelo Senhor, porque, depois de ter alcançado testemunho pelos seus dons, oferecera ainda o seu próprio sangue, por assim dizer, já que havia sido morto pela verdade e justiça do seu testemunho. E assim Deus recebia aquela vida como a primeira de muitas que, após Abel, também morreriam pelo seu testemunho, e cujo sangue o Juiz de toda a terra haveria de demandar daqueles que o derramaram (cf. Ap 6.9-11; Mt 23.34-35). Notemos que, condenado a experimentar uma dificuldade ainda maior em sua existência sobre a terra, obrigando-o a viver como fugitivo (pela culpa do assassinato de seu irmão) e vagabundo (andando errante, sem destino, pela terra), Caim confessa seu desespero tanto em relação a Deus como aos homens, pelos quais esperava ser morto quando o encontrassem – ao que o Senhor lhe concede um sinal de que sua vida seria poupada. Partindo então para o oriente, ele se estabelece na terra de Node, onde forma sua própria família, que eventualmente cresce a ponto de se tornar uma grande população, formando uma cidade. Dentre os descendentes de Caim, a Escritura chama a atenção para Lameque, cujos filhos tornaram-se pioneiros em diversos ramos das atividades humanas, mas que fez ele próprio a sua fama seguindo os passos de seu antepassado, Caim, de modo que seu crime se tornaria proverbial e contribuiria para aumentar e perpetuar a corrupção moral daquela humanidade antediluviana. 

III – SETE E A INVOCAÇÃO DO NOME DO SENHOR (4.25-28) O capítulo que estamos estudando se encerra, porém, com um raio de luz. Embora não fosse a semente da mulher prometida, a morte do justo Abel deve ser considerada um tipo da morte de Cristo, pela qual a cabeça da serpente seria esmagada; e o testemunho do seu sangue um tipo do sangue derramado na cruz, que não apenas clama por vingança contra o mundo que crucificou o Salvador, mas por perdão e misericórdia para aqueles por quem Ele morreu (cf. Hb 12.24). Mas, considerando que agora Abel estava morto, e que Caim e seus descendentes se revelavam como semente da serpente, Eva, ao dar à luz outro filho, sabiamente o chama de Sete, pois vê nele uma compensação pela perda de ambos os filhos nos quais havia depositado sua esperança. Este Sete se tornará então o patriarca de uma linhagem que, conforme o testemunho do capítulo seguinte, escolherá seguir o caminho da reflexão sobre a brevidade da vida e a necessidade de se buscar o Senhor enquanto se pode achar – o que é expresso, resumidamente, no fato de o patriarca ter dado a seu filho o nome de Enos (que significa ser fraco, mortal), como também no testemunho da Escritura de que, a partir de então, “se começou a invocar o nome do Senhor”. 

CONCLUSÃO Vimos que, após a Queda, dois princípios espirituais opostos e conflitantes começam a se evidenciar na conduta humana: o da natureza corrupta do homem e o da graça de Deus operando através da fé e da obediência. E vimos como, começando no coração de cada indivíduo, esse conflito necessariamente se exteriorizou na relação de cada um com o seu próximo, eventualmente separando e opondo linhagens inteiras dos filhos dos homens.

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