013-As Escrituras Sagradas - Doutrinas Bíblicas - Lição 13 [Pr Afonso Chaves] 25set2025

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LIÇÃO 13

AS ESCRITURAS SAGRADAS 

TEXTO ÁUREO: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.20-21) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 3.10-17 

INTRODUÇÃO 

Nesta última lição do trimestre, em que temos estudado as grandes doutrinas da Bíblia, propomos examinar algumas das verdades fundamentais que as Escrituras Sagradas revelam acerca de si mesmas – ou seja, aquilo que Deus nos diz a respeito da Sua palavra escrita. A partir da consideração de características como a autoridade, perfeição e clareza das Escrituras, não apenas ampliaremos nosso conhecimento sobre a natureza do Livro Sagrado, mas fortaleceremos nossa fé de que a Bíblia é, de fato, a palavra de Deus. 

I – A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS 

1. NA INSPIRAÇÃO DOS SEUS AUTORES. Em muitas ocasiões, os profetas e apóstolos foram inequivocamente ordenados a escrever aquilo que viam ou ouviam da parte de Deus (Ex 34.27; Dt 31.19; Jr 30.2; Hc 2.2; Ap 1.11, 19). Contudo, não apenas em relação a esses registros particulares, mas em relação a tudo aquilo que denominamos Escritura ou Escrituras, os homens santos aos quais se atribui a sua composição nada escreveram de si mesmos, nem por vontade própria, mas apenas enquanto movidos ou inspirados pelo Espírito Santo (2 Sm 23.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Ser a Escritura inspirada significa então que os profetas e apóstolos foram influenciados por Deus para escreverem literalmente aquilo que Ele queria que escrevessem, como se o próprio Deus por eles tivesse falado e escrito (1 Co 2.13; 2 Tm 3.15; Os 8.12). Eis por que a Escritura é também chamada de palavra de Deus, e o livro de Deus, pelo qual Ele fala aos que o leem assim como falou àqueles que, no passado, ouviram diretamente a Sua voz (Jo 10.34-35; Rm 3.1-2; Is 34.16). 

2. NO CARÁTER DO SEU CONTEÚDO. Sendo a palavra de Deus, as Escrituras refletem o caráter do seu Autor, não podendo conter nada que seja indigno d’Ele, mas antes exaltando tudo o que é justo, santo, verdadeiro, bom; e condenando os vícios (Sl 12.6; Rm 7.12; Jo 17.17; cf. 1 Tm 1.9-11). Mesmo quando relatam coisas que foram feitas e ditas por homens sem o respaldo divino, ou mesmo por homens ímpios – quando não pelo próprio diabo – as Escrituras o fazem de modo que Deus seja sempre justificado e o homem condenado pelas suas ações e palavras (Jó 1.9-11; 42.7; cf. 1 Co 10.11; Rm 3.4, 9-10). 

3. NAS PROVAS DA SUA ORIGEM DIVINA. Sendo as Escrituras a palavra de Deus, elas apresentam evidências claras e incontestáveis da sua origem divina. Consideremos, por exemplo, como elas revelam coisas que de outro modo seriam inconcebíveis pela mente humana – como o mistério da encarnação do Filho de Deus, ou da reconciliação dos homens com Deus através da cruz de Cristo, ou ainda da ressurreição dos mortos (1 Tm 3.16; Ef 3.4-6; 1 Co 15.51-52). Outra evidência notável encontramos no cumprimento das suas profecias, especialmente aquelas que dizem respeito à vinda de Cristo (Is 44.7; cf. Lc 24.25-27, 44). De modo semelhante, a harmonia dos diversos assuntos de que tratam em torno de um propósito principal – a salvação dos homens em Cristo – é evidência de uma Mente transcendente às limitações dos seus autores humanos (1 Pe 1.10-11; Rm 3.21-22). Poderíamos ainda citar outras evidências, mas o argumento decisivo, capaz de remover toda dúvida quanto à origem e autoridade divina da Bíblia, é aquele que somente o Espírito Santo pode produzir no coração do homem – o argumento da fé, sem a qual é impossível receber a palavra de Deus como tal (1 Co 2.1-5; 1 Ts 2.13; Hb 11.1-3; cf. Jo 8.47). 

II – A PERFEIÇÃO DAS ESCRITURAS 

1. NA SUFICIÊNCIA DAS PARTES E DO TODO. Embora as Escrituras não contenham um relato completo de tudo aquilo que Deus fez e disse ao longo dos tempos, nelas encontramos todas as coisas necessárias para a salvação (2 Tm 3.15-16; Jo 5.39-40; cf. Sl 40.5; Jo 21.25). Essa suficiência diz respeito não apenas à Bíblia como um todo, mas também às suas partes: a lei e os profetas comunicaram a verdade e a vontade de Deus ao povo da antiga aliança de modo tão suficiente para salvá-los como o fazem os evangelhos, por exemplo, ou a Bíblia completa (Lc 16.27-29; Jo 20.30-31). Houve, de fato, um progresso na revelação divina, mas não quanto à sua essência e propósito, e sim quanto à maior compreensão e poder com que esse propósito se realiza, e assim, se os antigos foram salvos pela esperança no Cristo que viria, quanto mais nós que, além do testemunho de Moisés e dos profetas, temos também a palavra daqueles que anunciaram o Cristo que já veio (Hb 1.1-2; 2.1-3; 11.1-2, 13, 39-40; Jo 1.16-17; cf. At 26.22-23). 

2. NO CUMPRIMENTO EFICAZ DO SEU PROPÓSITO. 

No texto da leitura bíblica, o apóstolo afirma a suficiência das Escrituras para a salvação tanto no aspecto da fé (sábio para a salvação, 2 Tm 3.15) como da prática(perfeitamente instruído para toda boa obra, v. 17; cf. 1 Tm 4.16). O propósito das Escrituras é que o homem creia para que, mais do que conhecer, possa viver em função do que crê (Rm 12.1-2; 1 Tm 6.3-4; Tg 1.2-5). E, para isto, elas não são suficientes apenas porque comunicam ao nosso entendimento essa doutrina da piedade; mas também porque, através delas, Deus infunde em nosso coração a fé, esperança, amor, alegria, consolações e toda sorte de bênçãos que acompanham a salvação (Jo 15.3; Tg 1.18; Rm 10.17; 15.4; 1 Jo 1.3-4; 5.13; Hb 4.12; cf. Sl 19.7; Jr 15.16). 

3. NA IMUTABILIDADE DAS SUAS PALAVRAS

Assim como seu Autor, as Escrituras Sagradas são imutáveis, o que significa, primeiro, que elas não podem falhar, nem ser anuladas ou deixar de existir, mas até o fim falarão ao povo de Deus e se cumprirão em todos os sentidos e propósitos pelos quais foram escritas (Is 40.8; 55.11; 59.20-21; Hc 2.3; Sl 119.89; cf. Mt 5.18). E, segundo, que as Escrituras não podem ser alteradas, nem por diminuição nem por acréscimo, nem quanto ao teor e literalidade das suas palavras, sem com isto prejudicar a pureza e perfeição da palavra de Deus, e incorrer em erro e eterna perdição (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19). Violam esta proibição aqueles que procuram suplementar as Escrituras com tradições humanas, ou supostas revelações de espíritos, ou de anjos (Mc 7.10-13; 2 Co 11.4; Gl 1.8-9). 

III – A CLAREZA DAS ESCRITURAS 

1. NA SUA LINGUAGEM RACIONAL E OBJETIVA. Não por acaso Deus se dirige ao homem preferencialmente através da fala: Ele deseja que todos compreendam a verdade, conheçam a Cristo e assim sejam salvos (Jo 17.3; 1 Tm 2.3-4; cf. Dt 30.11-14), e a escrita é o meio ideal para expressar a palavra de forma ordenada, objetiva e inequívoca (cf. Lc 1.1-4). Não há nada nas Escrituras que seja irracional ou estranho à linguagem humana, que ninguém seja capaz de compreender com o devido uso das suas faculdades naturais de compreensão (Dt 17.19; 31.11-13; cf. Lc 10.25-28; Ef 3.4; Ap 1.3). Por isso, ao estabelecer ministros para pregarem e ensinarem publicamente as Escrituras, Deus o faz não tanto para que o povo entenda aquilo que de outro modo seria incompreensível, mas para que haja maior edificação dos fiéis (2 Pe 1.12; Ef 4.11-13). 

2. NA SUA LINGUAGEM ESPIRITUAL. As Escrituras contêm, de fato, pontos difíceis de entender, mas não por um uso errôneo ou confuso da linguagem, e sim pela falta de um maior conhecimento da revelação bíblica como um todo, bem como de um comprometimento mais sério com a sua prática (2 Pe 3.15-18; cf. At 8.30-31; Mt 22.29; 1 Co 3.1-3; Hb 5.12-14). Além disso, por mais clara e racional que seja a linguagem das Escrituras, sua mensagem é espiritual, o que significa que ela sempre encontrará um obstáculo no coração do homem natural, que é incapaz de atinar com a glória de Deus na pregação, a menos que isto lhe seja concedido (1 Co 2.10-16; 2 Co 3.12-18; 4.3-4). Assim, Deus humilha os sábios e entendidos deste mundo por desprezarem a verdade, enquanto exalta aqueles que crêem, para os quais as Escrituras tornam-se uma palavra mui firme, e uma luz que cresce mais e mais, e um caminho seguro e reto do qual jamais extraviarão (Mt 11.25-27; 2 Pe 1.19; cf. Pv 6.23; Is 35.8). 

CONCLUSÃO Louvemos a Deus por nos revelar através da Sua palavra coisas tão elevadas e gloriosas, que assombram e maravilham nossa mente ao tempo em que nos enchem de alegria, esperança e nos consolam pela certeza de que somos participantes delas não apenas no presente, mas na eternidade que ainda se desvendará.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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