012-Os Anjos - Ensinos Doutrinário Lição 12[Pr Afonso Chaves]17set2025
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LIÇÃO 12
OS ANJOS
TEXTO ÁUREO: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele” (Colossenses 1.16)
LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 1.1-14
INTRODUÇÃO Embora considerado um tópico complementar às doutrinas mais fundamentais enunciadas nas Escrituras Sagradas, geralmente a teologia sistemática reserva um lugar à doutrina bíblica sobre os anjos (entendendo-se aí tanto os anjos de Deus como os de Satanás, ou demônios). Veremos que, embora algumas coisas quanto às origens, natureza e atividades desses seres espirituais permaneçam um mistério para nós, Deus nos revelou o suficiente para compreendermos a sua importância na realização dos Seus desígnios que dizem respeito à nossa salvação.
I – OS ANJOS DE DEUS
1. SUA ORIGEM. Que existem seres de uma natureza completamente diferente do homem e das demais criaturas que povoam os céus, as águas e a terra, as Escrituras fornecem amplo e abundante testemunho, ao mencionar, desde os eventos do passado mais remoto registrados em Gênesis até a futura consumação dos tempos revelada em Apocalipse, dezenas de manifestações de seres que são geralmente chamados de anjos – palavra que significa, tanto no hebraico como no grego, “enviado, mensageiro”, e que por isso é usada também para designar homens enviados da parte de Deus para cumprir determinada missão (Ml 3.1; Mt 11.9-10). Embora as Escrituras não mencionem precisamente quando foram criados, sabemos que os anjos de que falamos já existiam quando Deus ainda estabelecia os fundamentos da terra; sem dúvida, foram criados no princípio (Jó 38.4-7; cf. Jo 1.1-3). Ao contrário do homem, que deve se multiplicar e perpetuar-se através da procriação, os anjos foram criados de uma só vez em incontável multidão (Dn 7.9-10; Ap 5.11-12) e não podem ser reduzidos em seu número pela morte, visto que os eleitos e aprovados por Deus dentre eles participam da mesma imortalidade de que os santos serão revestidos na ressurreição (Lc 20.34-36; 1 Tm 5.21). Como nós, portanto, são seres viventes, que existem e subsistem segundo a vontade e o sábio desígnio do Criador (Ap 4.9-11).
2. SUA NATUREZA. Os anjos são chamados também de espíritos, não porque sejam impessoais, mas porque, enquanto o homem foi criado do pó da terra e está sujeito às limitações da matéria, os anjos possuem corpos espirituais – o que os aproxima de Deus, que é Espírito (Hb 1.7, 14; Jo 4.24). São seres de uma condição de existência não apenas diferente, mas superior à ordem natural deste mundo, e própria à vida celestial. Por isso, na maioria das vezes são invisíveis, mas também podem se revelar aos olhos carnais, assumindo a aparência ou forma mais adequada à circunstância e necessidade da sua manifestação, conforme a vontade de Deus (Js 5.13-15; 2 Rs 6.15-17; Dn 10.4-7; Lc 1.11). Podem inclusive participar das atividades humanas, como comer e beber, não por necessidade, mas como forma de demonstrar solidariedade e comunhão para com os seus conservos humanos (Gn 18.1-8; 19.1-3; cf. Hb 13.2).
3. SEUS ATRIBUTOS. Em se tratando dos anjos de Deus, são seres de caráter perfeitamente santo (Mt 25.31). Isto significa que zelam pela justiça e glória do Criador, estando sempre prontos a cumprir, de imediato e com a mais perfeita obediência e eficácia, todas as Suas ordens (Sl 103.20-21; 104.4; cf. Ez 1.12-14), interessando-se e satisfazendo-se grandemente na realização dos desígnios divinos – especialmente no que diz respeito à salvação dos homens (1 Pe 1.12; Lc 1.19-20; 2.13-14; 15.10). O poder com que fazem tudo isso é glorioso e maravilhoso, sim; mas, na sua própria consideração, os anjos se consideram nossos iguais perante Deus, mantendo-se sempre humildes perante aqu’Ele a quem devem tudo aquilo que são, e recusando qualquer forma de culto ou adoração que equivocadamente lhes seja prestada pelos homens (Ap 22.8-9).
II – SATANÁS E SEUS ANJOS
1. SUA TRANSGRESSÃO E JUÍZO. Embora a palavra de Deus não revele exatamente quando e como isto se deu, é certo que, após terem sido criados, nem todos os anjos retiveram sua integridade original, mas houve aqueles que pecaram contra o seu Criador, ao passo que os demais, permanecendo fiéis, provaram estar entre aqueles que Deus escolheu para a glória e imortalidade. Ao que tudo indica, essa queda se deu logo no princípio, pois é lá que encontramos o primeiro indício de uma rebelião contra Deus, instigada pela antiga serpente, depois também chamada de Satanás (que significa “adversário”) e o diabo (“acusador”), pois sua obra é opor-se e lançar dúvidas sobre o caráter de Deus e dos fiéis (Gn 3.1; Jo 8.44; Ap 12.9-10; Jó 1.9-11). Deixando-se levar pela soberba, Satanás e seus anjos abandonaram a posição de autoridade e glória em que foram estabelecidos por Deus, fazendo-se culpados de um pecado imperdoável e ficando reservados para um juízo eterno (2 Pe 2.4; Jd 4-6; Mt 25.41; cf. Is 14.13-15; Ez 28.14-19).
2. SUA ATUAÇÃO NO MUNDO. Contrário a Deus e à Sua obra, o diabo não apenas conseguiu sujeitar a humanidade à corrupção e à morte, ao instigar o primeiro casal a pecar e se rebelar contra o Criador; mas também exerce poderosa influência e controle espiritual sobre os filhos dos homens, para que estes façam a sua vontade, e não a de Deus – isto é, para que vivam segundo a sua natureza pecaminosa e rebelde, fazendo-se filhos do diabo e escravos do seu domínio tenebroso (Hb 2.14-15; Ef 2.1-3; 1 Jo 3.8; 5.19; cf. Jo 14.30). Em muitos casos, esse controle se dá através do engano, quando o diabo incita o homem a satisfazer suas próprias paixões, oculta a verdade aos seus olhos, ou ainda propõe o erro sob uma falsa aparência de verdade (Mt 13.19; 2 Co 11.3-4, 14-15; 2 Ts 2.9-10). Em outros, esse controle torna-se uma verdadeira possessão, a vontade do pobre pecador sendo completamente substituída, até no uso mais natural das coisas, pela vontade depravada dos demônios (Mc 5.1-5; 9.17-18, 20-22).
3. SEU FIM. A manifestação do reino dos céus, com a vinda de Cristo a este mundo e o estabelecimento da Sua igreja para pregar o Evangelho a todas as nações, significou a completa derrota de Satanás e das suas pretensões (Gn 3.15; Mt 12.28; Lc 8.28-31; Cl 2.15; Ap 12.5, 7-12), de modo que agora lhe resta pouco tempo até que se cumpra o juízo determinado sobre ele e seus anjos, bem como sobre aqueles que o servem (Mt 25.41; Ap 20.7-10).
III – O LUGAR DOS ANJOS NOS DESÍGNIOS DE DEUS
1. SEU MINISTÉRIO EM FAVOR DOS ELEITOS. Embora criados anteriormente ao homem e pertencendo a uma ordem de existência superior à dos seus conservos terrenos, o lugar do anjos no propósito divino está estreitamente ligado ao nosso. Eles não apenas têm interesse na revelação e realização da nossa salvação, aprendendo e se maravilhando com a sabedoria de Deus manifestada de forma tão rica e gloriosa na igreja (Ef 3.10), mas também são enviados por Deus para servir em favor daqueles que hão de herdar essa salvação, empregando seu tremendo poder e eficácia para protegê-los e livrá-los do mal, tanto físico como espiritual; para confortar e fortalecer intimamente, como despenseiros de graça e até mesmo orientação da parte de Deus; ou ainda para representar e fazer chegar as súplicas dos santos à presença de Deus (Hb 1.14; Sl 34.7; At 5.17-20; Dn 9.20-23; Lc 22.43; Mt 18.10; Ap 8.3-4).
2. SEU LUGAR COM OS ELEITOS NA ETERNIDADE. Tendo sido eles mesmos congregados e se curvado perante Cristo Jesus, como Rei e Cabeça de todo principado e potestade nos céus e na terra, não resta dúvida de que os anjos também pertencem a essa grande família da qual os fiéis na terra fazem parte, graças à reconciliação que há no sangue do Salvador Jesus (Ef 2.19; 3.14-15; Cl 1.18-21; 2.10; cf. Hb 12.22).
CONCLUSÃO Sejamos gratos a Deus por ter criado seres tão poderosos para nos assegurar que seremos auxiliados em todo o tempo, até o fim. Quantas provisões e livramentos da parte de Deus já temos recebido, e sem dúvida em todas elas Seus anjos atuaram ativamente, ainda que não os tenhamos visto.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
ESTUDOS BÍBLICOS NOS SEGUINTES HORÁRIOS DE SEGUNDA A SEGUNDA: 00h, 09h, 13h, 20h.
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