011-Julgamento e morte de Jesus - Lição 011[Pr Afonso Chaves]13jun2025
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LIÇÃO 11
JULGAMENTO E MORTE DE JESUS
TEXTO ÁUREO: “Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus chamado Cristo? Disseram-lhe todos: seja crucificado” (Mateus 27.22)
LEITURA BÍBLICA: LUCAS 23.13-25
INTRODUÇÃO Na lição de hoje falaremos sobre os momentos mais dramáticos, e ao mesmo tempo cruciais, do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo. Em questão de horas, o Salvador será traído, preso, conduzido até os líderes da nação judaica, pelos quais será formalmente condenado à morte, e entregue às autoridades romanas para que executem a sentença da forma mais cruel e dolorosa. E veremos como, antes mesmo de findar aquele dia, o Senhor terá derramado completamente Sua alma, consumando assim a obra que Lhe havia sido confiada e assegurando a nossa eterna e gloriosa salvação.
I – PRISÃO E JULGAMENTO DE JESUS PELO SINÉDRIO Conforme estudamos na lição anterior, após a ceia, o Senhor Jesus havia se retirado para passar a noite em vigília com os discípulos num jardim localizado no Monte das Oliveiras. Ali, após orar intensamente ao Pai, Cristo alerta-os que aquele momento tenebroso e inevitável de que falara diversas vezes havia chegado e, protegendo-os até o fim, adianta-se, saindo ao encontro da turba que se aproximava, conduzida por Judas, para prendê-l’O (Jo 18.1-5; Mt 26.47-56). Assustados e desorientados, os discípulos se dispersam, enquanto o Senhor é conduzido até a casa do sumo sacerdote, onde estava reunido o conselho das maiores autoridades religiosas da nação (também conhecido como “Sinédrio”). Ali eles estavam reunidos, não para ouvir imparcialmente, mas para acusar e condenar Jesus, e assim por um fim ao pavor e desespero que a Verdade provocava neles. A prova de que precisavam para estabelecer sua falsa acusação, “ironicamente”, por assim dizer, seria a confissão do próprio Salvador – o mesmo testemunho da verdade que eles tanto repudiavam (Jo 18.12-13, 19-23; Mt 26.59-62, 63-68). Apesar de incapazes de impedir os agravos que eram cometidos contra o Mestre após a condenação do Sinédrio, Pedro e outro discípulo procuravam manter-se nas proximidades, e não perdê-l’O de vista; quando então Pedro, abordado inesperadamente pelos criados do sumo sacerdote, que o identificam como um dos discípulos, nega o Senhor – provavelmente intimidado e confuso diante toda aquela situação triste e sombria que presenciava. Contudo, assim que se lembra da palavra que lhe foi dita, cai em si e chora amargamente por ter negado o Senhor que tanto amava; no que os evangelistas parecem contrastar com a situação de Judas, o traidor, o qual, aguilhoado em sua consciência pelo mal que havia cometido, ao invés de arrepender-se, retira-se desta vida levando consigo sua culpa (Lc 22.55-62; Mt 27.3-5).
II – JULGAMENTO E CONDENAÇÃO DE JESUS SOB PILATOS Na manhã daquele dia, os judeus conduzem Jesus até a sala de audiência de Pôncio Pilatos, governador da Judéia, sob a alegação de que eles não podiam matar ninguém que fosse condenado pela sua lei. Na verdade, podiam fazê-lo sem chamar a atenção dos romanos, se quisessem (como tentaram diversas vezes apedrejar Jesus), mas o que desejavam agora é que Jesus fosse executado publicamente como um criminoso pelos romanos opressores, e assim ficasse completamente desacreditado diante do povo como o Messias prometido (Mt 27.1-2; Jo 18.28-32). O governador romano, sem entender a gravidade do que os judeus alegavam contra Jesus para exigir Sua execução, interroga-O pessoalmente, mas não vê n’Ele nada digno de morte, ao mesmo tempo em que se mostra curioso quanto à alegação de que Jesus seria o rei dos judeus, ou em que sentido Ele seria rei (Lc 23.1-5; Jo 18.33-38). Mostrando-se indisposto a atender à demanda dos sacerdotes, Pilatos resolve enviar Jesus a Herodes, que na ocasião achava-se em Jerusalém; mas o tetrarca, do mesmo modo, não recebendo do Senhor qualquer deferência (que de fato não merecia), devolve-o ao governador romano, sem nada a observar (Lc 23.6-12). Intransigentes diante de qualquer tentativa de agradá-los, os sacerdotes incitam a multidão para que não se satisfaçam com o castigo cruel aplicado a Jesus, nem com a soltura de Barrabás. E, apesar de avisado por sua esposa, e ainda mais convencido de que Jesus era um homem justo, após uma segunda troca de palavras com Ele, Pilatos se sente constrangido a finalmente julgar Jesus e, não restando alternativa para acalmar os ânimos do povo, entrega-O para ser crucificado (Lc 23.13-23; Mt 27.19; Jo 19.1-5, 6-12, 13-16).
III – CRUCIFICAÇÃO DE JESUS Já abatido devido aos ferimentos infligidos pelos açoites, o Senhor Jesus ainda teve de conduzir o próprio madeiro (a cruz) no qual seria pregado até um local fora de Jerusalém chamado Gólgota (ou Calvário, que significa “caveira”). Citando apenas os detalhes da crucificação que são pertinentes ao cumprimento das profecias, os evangelistas se complementam, apresentando uma descrição impressionante daquela cena. Ali, apesar de crucificado entre dois malfeitores, vemos como Pilatos procurou inocentar Jesus, e imputar à nação israelita o crime de terem matado o seu próprio rei, nas palavras que mandou gravar na placa “acusatória” (Jo 19.17-22). À terrível dor física do suplício da cruz, acrescente-se o sofrimento psicológico que os judeus, acompanhando-o até o local, continuaram a infligir contra o Senhor, zombando e blasfemando da Sua situação, provocando-O a demonstrar que era mesmo o Filho de Deus (Lc 23.34-37). Desde a hora sexta (isto é, meio-dia), quando Jesus foi crucificado, até a hora nona (três da tarde), quando expirou, a Escritura relata que houve trevas sobre a terra, e sinais impressionantes se seguiram à Sua morte, para espanto e convencimento de muitos (Mt 27.45- 46, 47-51, 54; Lc 23.47-48). Após bradar em alta voz que a obra que o Pai Lhe havia confiado estava consumada, o Senhor entregou o espírito, expirando muito antes daqueles que haviam sido crucificados com Ele – o que os soldados romanos provaram, perfurando Seu lado com uma lança (Jo 19.28-30, 31-37). Havendo a necessidade de os corpos serem removidos e sepultados ainda naquele dia, José de Arimatéia e Nicodemos – duas figuras eminentes entre os judeus, que criam em Jesus – providenciaram apressadamente a preparação do corpo do Mestre e seu sepultamento em um sepulcro próximo (Jo 19.38-42).
CONCLUSÃO Embora não seja inadequado sentir tristeza e indignação diante da injustiça que nosso justo e santo Salvador sofreu nas mãos de ímpios pecadores; devemos sempre nos lembrar de que em tudo isto Ele venceu e foi sumamente glorificado, tornando-se a causa da nossa salvação e aqu’Ele em quem devemos crer para também vencermos o mundo.
PARA USO DO PROFESSOR
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