006-Os ensinamentos de Jesus - Lição 06 [Pr Afonso Chaves]10mai2025
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LIÇÃO 6
OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO
TEXTO ÁUREO: “... em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram” (Mateus 13.17)
LEITURA BÍBLICA: LUCAS 6.20-45
INTRODUÇÃO Esta lição apresenta um dos elementos mais relevantes do ministério de Jesus Cristo: o Seu ensinamento. Embora os Seus maravilhosos milagres fossem os principais responsáveis pela rápida expansão da popularidade do Seu ministério, é nos Seus ensinamentos que encontramos revelações transformadoras para os nossos corações. Basicamente, nosso Mestre se ocupava em ensinar sobre o reino de Deus e a Verdade. Seus ensinamentos sobre o Reino abordavam o novo modo de vida de todos os que desejassem fazer parte dele, enquanto os Seus ensinamentos sobre a Verdade, a revelação da Sua identidade gloriosa.
I – A VERDADE ACERCA DO REINO DE DEUS A partir do texto proposto para leitura bíblica, queremos destacar três temas que caracterizam a experiência ou vivência do reino de Deus aqui na terra, tal como proclamada por Cristo neste famoso sermão: a felicidade, o amor e a humildade. A abordagem que Jesus fez destes temas não foi nada convencional, pois contrariava totalmente a mentalidade predominante não apenas entre os gentios, mas também entre os judeus. A felicidade dos cidadãos do reino dos céus está baseada no fato de serem herdeiros de uma justiça perfeita, que somente Deus pode lhes dar, e que não lhes será negada, desde que perseverem até o fim em buscá-la e esperar nela, ainda que nesta vida tenham de padecer injustiças pelas mãos dos homens (Lc 6.20-23; cf. Mt 6.33; Lc 12.32; Mt 24.13). Outro tema central nos ensinamentos de Jesus que merece nosso apreço é a caridade, ou amor. O amor que Jesus pregava não era um sentimento, mas o cumprimento de tudo quanto está prescrito na Lei e nos Profetas, cuja suma é amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Quem ama a Deus obedece aos Seus mandamentos, e quem ama ao próximo não lhe faz o mal, mas antes o bem que deseja seja feito a si mesmo. O amor proposto por Cristo é radical e revolucionário para os padrões até do judaísmo, visto que sua aplicação estende-se às pessoas impossíveis de se amar (inimigos, caluniadores, perseguidores e acusadores). Este amor é a expressão máxima ao mundo da nossa legítima comunhão com Deus por meio de Cristo (Lc 6.27-36; cf. Mt 22.34-40; Jo 13.34-35). Agora vejamos a humildade proposta por Cristo aos Seus seguidores. À luz do ensinamento do Mestre, a humildade do reino dos céus é aquele senso de limitação, fraqueza e incapacidade que abate toda presunção humana diante da glória e graça de Deus, que permite ao verdadeiro cidadão do reino sujeitar-se ao senhorio de Cristo e fazer-se Seu discípulo, assim como sujeitar-se ao próximo como superior a si mesmo; é a virtude pela qual recebemos com alegria as adversidades, confiando-nos ao cuidado de Deus, e pela qual recebemos uns aos outros em misericórdia (Lc 6.40-42; cf. Mt 11.28-30; 16.24-27).
II – A VERDADE ACERCA DA PESSOA DE CRISTO Além de ensinar verdades a respeito do reino de Deus que contrariavam totalmente o senso comum, e incomodavam o senso religioso de então, Jesus também se apresentava não apenas como um Mestre, mas como Senhor, Cristo e Salvador. A revelação desta verdade levou os fariseus a considerar Jesus como blasfemo, pois a soberania e divindade implícita nestas qualidades eram atribuídas exclusivamente a Deus, e aqueles mestres do povo de Israel não conseguiam enxergar esta verdade nas Escrituras. Por isso resistiram e contenderam contra Cristo até o fim, baseados nisto que consideravam uma blasfêmia, mas aqueles a quem aprouve a Deus revelar esta verdade não apenas creram, mas confessaram e não negaram que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (cf. Mt 16.13-16; 26.63-65; Jo 6.67-69). A verdade que Cristo revelou acerca de Si mesmo é a verdade acerca do próprio Deus, pois o Filho veio revelar o Pai em Si mesmo. Toda a Sua obra só pode ser compreendida à luz não apenas do caráter e da vivência do reino dos céus, mas através da plenitude de graça e verdade que foram manifestas no caráter glorioso, santo e divino do Verbo encarnado. É em virtude dessa gloria pessoal do Filho de Deus que o reino de Deus, sendo inaugurado no mundo, através da pregação do Evangelho pode ser levado a todas as nações e operou eficazmente em todo aquele que creu no nome de Jesus Cristo (cf. Jo 1.14, 18; Mt 28.18-20).
III – COMO VIVER OS ENSINAMENTOS DE CRISTO Finalmente, devemos considerar que os ensinamentos de Cristo não consistiam em uma lição meramente teórica, que deveria ser recebida e crida como simples enunciados de um credo com os quais se pode concordar intelectualmente ou mesmo emocionalmente, sem que nenhum efeito real se deva obter na vida daqueles que os recebem. Longe de ensinar palavras vazias, o Senhor Jesus falava com autoridade, o que significa que seu ensino demonstrava a propriedade daquele que conhecia, de fato, as coisas pertencentes ao reino de Deus. E com esta propriedade ensinou, não apenas as multidões capazes de compreender apenas os elementos mais básicos do reino dos céus, mas também os discípulos aos quais nada ocultava (Mt 7.24-29; 13.10-15). Seja como for, Jesus falava de coisas que diziam respeito a uma realidade espiritual da qual os homens eram convidados a participar não apenas crendo, mas submetendo-se a esses ensinamentos, que na maioria das vezes exigiam uma mudança radical em relação à realidade física e religiosa até então vivida pelos que eram abordados pelo Mestre e confrontados com a Sua palavra. Afinal, não se tratava de uma nova corrente religiosa ou filosofia de vida passível de conformação ao velho modo de vida do judaísmo – ou seja, não era remendo novo em tecido velho, nem vinho novo em odre velho, mas nada mais nada menos que o próprio reino dos céus, há tantas gerações prometido e esperado, que agora havia se manifestado; o tesouro escondido que havia sido encontrado; e, feitas as contas, toda renúncia, todo esforço, todo gasto seria abundantemente recompensado (Mt 11.12; 19.16-29).
CONCLUSÃO Os ensinamentos de Cristo ocupam uma posição de destacada importância no Seu ministério em virtude do Seu poder de esclarecer e tornar aqueles que os recebem em participantes da virtude do reino dos céus, não só neste tempo presente, mas também na eternidade vindoura.
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