002-A dádiva do matrimônio - A Família Lição 02[Pr Afonso Chaves]09abr2024
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LIÇÃO 2
A DÁDIVA DO MATRIMÔNIO
TEXTO ÁUREO: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a até Adão.” (Gn 2.22)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12
INTRODUÇÃO Na lição anterior, ao tratar de uma forma geral a respeito da família, vimos como é impossível falar sobre esta instituição sem fazer menção ao casamento, pois a família começa quando um homem e uma mulher se unem pelos laços do matrimônio. Desta feita, aprofundaremos nossa compreensão sobre o que as Escrituras ensinam sobre o casamento e como convém buscar e receber esta dádiva divina.
I – CASAMENTO SEGUNDO AS ESCRITURAS É evidente que o relato da criação nos apresenta o homem como um ser criado para o casamento - Deus fez macho e fêmea e apresentou um ao outro para que ambos formassem uma só carne (Mt 19.4-6). A partir desta palavra, o casamento pode ser definido como uma união física entre o homem e a mulher, pela qual ambos se completam, tornando-se uma só carne. As relações conjugais são, portanto, indispensáveis à consumação e manutenção do matrimônio, direito e dever mútuo entre o casal, e são puras e santas, de modo que qualquer relação da mesma natureza fora do casamento constitui uma profanação (isto é, o sexo torna-se algo comum, ordinário, destituído do seu propósito sagrado, e portanto pecado) aos olhos de Deus (1 Co 7.1-5; Ex 20.14; Hb 13.4). Com base na Escritura primeiramente citada, concluímos também que o casamento é uma união indissolúvel, isto é, ao unir-se o homem à sua mulher, ambos formam um corpo, e tentar separá-los é cometer violência contra ambos (e se são os cônjuges que procuram se separar, ambos cometem violência contra si mesmos!); além de contrariar a vontade de Deus, que nenhuma previsão fez para o divórcio, mas antes instituiu o casamento para durar por toda a vida do casal (Ml 2.16; Mt 19.7-9; Mc 10.11-12; cf. Ef 5.28-31). O casamento também pode ser definido biblicamente como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher, porquanto Deus criou macho e fêmea, tendo formado a partir da costela de Adão uma mulher, e não outro homem, e assim previu que deixaria o homem seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher. Logo, aos olhos de Deus não constitui casamento, mas antes a união entre pessoas do mesmo sexo é condenada como qualquer outra forma de fornicação e injustiça (1 Co 6.9-10; Rm 1.24-27; Lv 18.22). Semelhantemente, não foi a união de dois homens e uma mulher, ou de um homem e duas mulheres (bigamia), tampouco de um homem e várias mulheres (poligamia), que "oficializou" o primeiro casamento, mas sim a união do homem à sua respectiva (e única) mulher (monogamia). Tanto a bigamia como a poligamia constituem corrupções da instituição divina do casamento, e suas consequências para a sociedade foram desastrosas (Gn 4.19; 6.1-2; cf. 1 Tm 3.12).
II – CASAMENTO É UM DOM DE DEUS Embora tenha sido criado para que através do casamento pudesse realizar a plenitude do seu propósito nesta vida, de maneira que a maioria das pessoas se casa, devemos considerar também o fato de que não são todos os que se casam ou mesmo que desejam se casar - há pessoas que simplesmente permanecem a vida toda solteiras, sem prejuízo das suas realizações materiais, sociais, psicológicas e espirituais. E quando esta disposição é natural e voluntária, não imposta contra a própria natureza e vontade de um indivíduo, nem oriunda de algum preconceito ou fruto de uma rejeição ao matrimônio como tal, podemos dizer que essas pessoas receberam de Deus o dom de viver só (Mt 19.10-12; cf. 1 Tm 4.1, 3-5). Com isto, devemos entender que o casamento também é um dom de Deus do qual muitos dos que dele não participam não estão necessariamente em posição desvantajosa em relação aos casados em qualquer aspecto da vida, mas antes têm o seu próprio dom e estão em plenas condições de se realizarem nas coisas dos homens e nas coisas de Deus (1 Co 7.7-9, 17-20). Há, de fato, tanto a vida de casado como a de solteiro possuem suas próprias vantagens, desde que em qualquer caso o indivíduo esteja no Senhor (1 Co 7.25-40; cf. Ec 4.9-12; Pv 21.9).
III – A BONDADE DE DEUS NA CONDUÇÃO AO CASAMENTO Sendo o casamento uma dádiva de Deus, podemos esperar que, dentre todas as boas coisas que Ele tem em mente para aqueles que O amam, o Senhor também tenha especial interesse na busca e escolha de uma companhia ideal para os Seus (Pv 18.22; Ec 7.26). Consideremos como a providência divina conduziu até Isaque a mulher que lhe trouxe de volta a alegria após a morte de sua mãe; ou como o mesmo Deus se lembrou da fidelidade de Rute, para prover-lhe um marido responsável e amoroso, que lhe deu a honra de se tornar participante da genealogia real e messiânica (Gn 24 e Rt 3.1-4, 8-13; 4.6-8, 9-10, 11-12, 13-17). Embora no passado não houvesse namoro e noivado como atualmente, havia sim uma escolha, sobre a qual as Escrituras nos orienta a dar ouvidos à sabedoria divina, geralmente expressa no parecer e nos arranjos feitos pelos pais (Gn 28.1-2; 41.45; Ex 2.21-22). De qualquer forma, é necessário não perder de vista que a finalidade tanto do namoro como do noivado é a preparação para o casamento, devendo tanto a busca pela companhia ideal como essa preparação ser conduzida no temor a Deus, não sob jugo desigual, mas com alguém que comunga da mesma fé e propósito de santificar o Senhor em sua vida (Dt 7.3-4; 2 Co 6.14-16; 1 Co 6.19-20; 1 Ts 4.6-7).
CONCLUSÃO O casamento é uma dádiva divina e, portanto, fonte de muitas e grandiosas bênçãos para o casal e toda a família, desde que tanto o homem como a mulher sejam cuidadosos em seguir as orientações do Senhor na busca e escolha da companhia ideal, na preparação em santificação durante o namoro e noivado, e assim o casamento possa ser consumado com honra e alegria, para glória de Deus.
PARA USO DO PROFESSOR
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