004-Moisés, um líder da fé - Heróis da Fé Lição 04[Pr Afonso Chaves]18mai2023

 

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LIÇÃO 4 

MOISÉS, UM LÍDER DA FÉ 

TEXTO ÁUREO: “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face, nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.” (Dt 34.10-12) 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 11.23-29 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje, o personagem bíblico para o qual voltaremos nossa atenção é Moisés. Profeta, legislador e líder do povo de Israel, foi ele quem o Senhor Deus usou, com grande poder e sinais, para libertar o seu povo da terra do Egito, para conduzi-los até o Sinai, onde entrou em concerto com a nação e os consagrou como povo Seu, e para guiá-los até a terra prometida. Seus testemunhos de fé fortaleceram sua liderança sobre Israel, deixando o exemplo para que andassem nas mesmas pisadas. 

I – A FÉ DE SEUS PAIS E SUA DECISÃO DE SOFRER COM ISRAEL (HB 11.23-26) O primeiro episódio da vida de Moisés a que o texto em epígrafe se refere é o do seu nascimento, o qual se tornou um evento excepcional graças à atitude de fé, não propriamente do futuro profeta, mas de seus pais. Tendo sido dada a ordem para que todos os filhos que nascessem fossem lançados ao rio, lemos que os pais de Moisés não obedeceram a esta ordem ímpia do faraó, mas antes esconderam o menino por três meses (Ex 1.22; 2.1-3). Este foi um ato de fé, pois somente pela fé o homem é capaz de, ante a ameaça dos poderosos, temer mais a Deus do que aos homens, tal como já haviam feito as parteiras hebréias (Ex 1.15-17; cf. At 5.29). Ademais, a fé operou no coração daquele casal usando da formosura do bebê, e isto não apenas para despertar o sentimento natural de proteção dos pais pela criança, mas também para lembrá-los de que, havendo uma promessa de libertação do povo de Israel da opressão do Egito, e estando próximo o tempo do seu cumprimento, aquele menino, sendo dos filhos de Israel, bem poderia ser o libertador do seu povo (cf. Gn 15.13-15). Depois de ter sido criado por sua própria mãe, no meio do seu povo, Moisés é levado até a filha do faraó e, entre os egípcios, conhece todas as regalias e prazeres que a corte do faraó poderia lhe oferecer; mas, chegando à idade de 40 anos, somos informados que ele “saiu a seus irmãos e atentou nas suas cargas” – o que, nas palavras do escritor aos Hebreus, significa que Moisés “recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus”. E isto ele fez pela fé, movido pela mesma promessa que seus pais, de que o seu povo seria libertado da opressão do Egito, embora com ainda maior certeza de que ele não apenas poderia, mas era, de fato, aquele por quem Deus haveria de livrar seus irmãos (cf. At 7.23-25). Mas, além desta convicção sobre o seu chamado particular, o fundamento da fé de Moisés que o levou a este ato de rejeitar as “vantagens” egípcias e abraçar os sofrimentos do seu povo estava na compreensão de que os prazeres desta vida são supérfluos, ao passo que os vitupérios do povo de Deus, prefigurando os do próprio Cristo, se suportados com paciência, são de maior valor, pois redundarão em uma recompensa eterna (cf. 2 Co 4.16-18; 1 Pe 1.5-11). 

II – SUA FIRMEZA PERANTE O FARAÓ E A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA (HB 11.27-28) Moisés deixou duas vezes o Egito; na primeira, temendo a vingança do faraó pela morte de um egípcio; na segunda, à qual o escritor aos Hebreus se refere, não temendo a ira do rei do Egito, que não reconhecia ao Senhor Deus de Israel nem admitia que este povo deixasse a terra da escravidão, resistindo a todas as intimações entregues pelo profeta e cedendo de muita má vontade e por pouco tempo apenas quando ameaçado por alguma das pragas ou castigos divinos, para logo em seguida se endurecer novamente. Moisés, já avisado por Deus, perseverou no seu ministério, não desfalecendo ante a dureza de coração e malícia do faraó, nem deixou de liderar e exortar o povo a se preparar para sair daquela terra, sabendo que a ira do rei só aumentava na medida em que os castigos divinos mais o humilhavam e o faziam ceder, ainda que por um momento. A fé de Moisés que o manteve firme estava fundamentada no invisível, isto é, no próprio Deus, que, de fato, de certo modo se havia feito visível ao profeta quando o chamara no Sinai. Mas, na realidade, a visão da sarça que ardia e não se consumia havia sido um meio pelo qual o Senhor se revelara a Moisés como o Deus justo, santo e misericordioso, que nenhuma representação material jamais poderia representar, nem qualquer homem jamais poderia contemplar, mas com o qual este profeta alcançaria profunda comunhão, Deus tratando com ele como se lhe fosse visível, “cara a cara” (cf. Ex 3.1-5; 33.18-23; 34.5-7; Nm 12.6-8). Tendo em vista que toda a libertação do Egito foi conduzida por Moisés como um ato contínuo de fé, com justiça a celebração da páscoa pode ser considerada um dos momentos particulares em que esta fé mais se destacou. Por ocasião das últimas pragas, o povo de Israel havia sido miraculosamente livrado e distinguido dos egípcios que, com exceção dos que deram ouvidos à palavra de Moisés, haviam padecido pela incredulidade do faraó (cf. Ex 9.20-21, 26; 10.22-23). Mas agora, depois de anunciar o último e mais terrível castigo que se abateria sobre aquela terra, o Senhor promete a libertação de Israel a partir de um ato de fé, isto é, a celebração da páscoa, para que o anjo da morte não ferisse os primogênitos dos israelitas, como faria com os egípcios (Ex 11.4-7; 12.12-13). Este seria um ato totalmente baseado na obediência à palavra de Deus, que é fruto da fé – de nenhuma outra forma era evidente o livramento da morte a partir da celebração em si, senão depois daquela noite, quando, conforme o Senhor havia falado, assim se cumpriu (Ex 12.29-30). 

III – SUA PASSAGEM COM ISRAEL PELO MEIO DO MAR (HB 11.29) O texto em epígrafe não atribui diretamente a Moisés, mas a todo o povo, a passagem pelo mar como um ato de fé. E, de fato, a fé que esteve no profeta também foi comunicada ao povo nesta ocasião. Primeiramente, notemos como Moisés exorta os israelitas, temerosos de perecerem no deserto, a confiarem no Senhor, que pelejaria por eles contra os egípcios. Em seguida, ele lhes ordena que marchem, sendo que a direção que seguiam terminava no mar – ou seja, Deus requer um ato de obediência, um ato de fé, assim como havia requerido na celebração da páscoa. Podemos entender então que, tendo o povo se colocado a marchar, o Senhor começa a pelejar por eles, colocando Seu anjo entre o acampamento de Israel e o dos egípcios, de tal modo que estes não conseguem alcançar aqueles; e, ato contínuo, Moisés estendendo sua mão sobre o mar, as águas se abrem para que o povo, já em marcha, prossiga por terra seca (Ex 14.15-21). Isto se conforma ainda mais perfeitamente com a natureza do testemunho de fé de todos aqueles que já temos estudado, que fizeram grandes coisas não a partir do que a vista lhes proporcionava, mas a partir da simples confiança e obediência a Deus. Por outro lado, consideremos que os egípcios também entraram no mar, andando por terra seca, mas, de acordo com o escritor aos Hebreus, subentende-se que tentaram fazer isto não pela fé, mas pela vista, ignorando que se tratava de um milagre do Deus, cujo povo estavam perseguindo. 

CONCLUSÃO Moisés foi um líder da fé no sentido de proporcionar ao povo um exemplo de vida de fé, a partir de uma experiência de obediência e amor a Deus. Não apenas desejou que todo o Israel fosse profeta como ele, mas guiou o seu povo através de experiências extraordinárias com Deus, onde, se não todos, ou mesmo não muitos, alguns foram despertados para o fato de que sem fé seria impossível agradar a Deus, bem como perseverar na jornada que restava à frente, e finalmente entrar no descanso prometido.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira




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