003-Isaque, Jacó e José, herdeiros da promessa - Heróis da Fé Lição 03[Pr Afonso Chaves]11abr2023

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LIÇÃO 3 

ISAQUE, JACÓ E JOSÉ, HERDEIROS DA PROMESSA 

TEXTO ÁUREO: “Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras. Pela fé, Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José e adorou encostado à ponta do seu bordão. Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel e deu ordem acerca de seus ossos.” (Hb 11.20-22) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 27.27-29, 38-40; 48.17-20; 50.22-26 

INTRODUÇÃO Depois de Abraão, os próximos homens que alcançaram testemunho de que agradaram a Deus, e cuja história é narrada nas Escrituras, são Isaque, Jacó e José. Na verdade há muito o que se dizer sobre cada um deles, e várias lições de fé a se extrair das suas experiências com Deus. Contudo, propomos nesta lição apresentar um ou dois eventos na vida de cada um deles, ainda seguindo os apontamentos do escritor aos Hebreus, a partir dos quais podemos identificar a característica particular do testemunho de fé desses patriarcas. 

I – A BÊNÇÃO DE ISAQUE SOBRE JACÓ E ESAÚ (HB 11.20) O episódio destacado na vida de Isaque, no tocante à sua fé, é aquele em que o patriarca, já em idade avançada, abençoa seus dois filhos, Jacó e Esaú, “no tocante às coisas futuras”. Além do fato de que, seguindo as pisadas de seu pai Abraão, ele habitou na terra da promessa como em terra alheia, morando em tendas, crendo na promessa de que o Senhor lhe daria herança; Isaque também perseverou durante muitos anos em oração pela sua mulher Rebeca, que era estéril, na esperança de que o Senhor lhe daria descendência, assim como o fizera miraculosamente a seu pai, Abraão; até que Deus o atendeu, e o patriarca tornou-se pai de gêmeos, aos sessenta anos de idade (cf. Gn 25.19-21; 26.2-5). Mas, a despeito do que o Senhor Deus havia dito a Rebeca em relação aos gêmeos, que brigavam entre si ainda no ventre: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor” (Gn 25.23); e a despeito do sinal visível de que o mais novo seria favorecido por Deus sobre o mais velho – sinal este evidente por ocasião do nascimento de ambos, e a partir do qual cada um recebeu seu nome em caráter profético (Gn 25.25- 26; cf. Rm 9.10-13); Isaque demonstrava maior afeição por Esaú, pois se agradava do fato de Esaú ser homem do campo e caçador. Jacó, por sua vez, sendo homem mais simples e pacífico, como foram o próprio Isaque e Abraão, agradava mais à sua mãe, Rebeca (Gn 25.27-28). Convencido de que Esaú deveria herdar a promessa feita primeiramente a Abraão, e estando já avançado em dias, Isaque propôs então abençoá-lo tal como era de direito ao primogênito. Ocorre, porém, que Jacó, orientado por sua mãe, conseguiu receber esta benção por meio de um artifício muito bem elaborado e executado e que foi bem-sucedido graças ao propósito de Deus em relação a Jacó e à Sua justiça em lidar com a atitude profana de Esaú (Gn 27; cf. Gn 25.29-34; Hb 12.16-17). As bênçãos concedidas por Isaque a Jacó e Esaú tornam-se ainda mais significativas quando as consideramos sob o aspecto de que ele os abençoou pela fé, pois, neste caso, eram bênçãos mais de caráter profético do que simplesmente imprecatório. Não tendo posse naquela terra além de um lugar para ser sepultado, mas certíssimo de que o Senhor cumpriria a promessa que havia herdado de seu pai, ao declarar que seu filho colheria o melhor da terra e seria senhor de povos e nações, Isaque afirmava sua esperança no cumprimento da palavra sobre a sua descendência, e sua expectativa de que ela se cumprisse logo (Gn 27.27-29; 28.3-4). E de tal modo esta benção testifica da sua fé que, mesmo estando estas coisas ainda no futuro, elas eram para ele tão reais que, tendo-as confiado a Jacó, não as tinha mais em seu poder para concedê-las como que “novamente” a Esaú (Gn 27.37-40). 

II – AS BÊNÇÃOS DE JACÓ SOBRE SEUS DESCENDENTES (HB 11.21) Assim como na história de Isaque, não há dúvida de que muitos atos de fé podem ser apontados na vida de Jacó. Basta, porém, citarmos apenas dois, talvez os últimos de sua longa carreira, que pareceu bem ao Espírito de Deus destacar aos Hebreus para nossa instrução acerca da fé que habitou neste patriarca. Jacó abençoou os filhos de José, Efraim e Manassés, numa atitude ou espírito semelhante ao de seu pai Isaque, profetizando que o mais novo, Efraim, seria um povo maior que o mais velho, Manassés. E, de fato, Efraim se tornaria uma tribo tão poderosa que viria a ser muitas vezes citada como representante das dez tribos do Norte, após a divisão do reino (cf. Os 5.3). Assim como Isaque, Jacó abençoou a ambos no tocante às coisas futuras, quando vivia apenas como um peregrino na terra. Mas, além disso, notemos como, estando já em idade avançada e privado da visão, o patriarca não se deixou guiar pelo instinto natural, mas antes pela fé, segundo a qual a bênção de Deus é reservada àqueles que são chamados à semelhança de Isaque, e não pelo mérito da carne (cf. Rm 9.7-8). Em seguida, no mesmo verso, o escritor acrescenta o detalhe de que Jacó “adorou encostado à ponta do seu bordão”, que poderia ser uma referência a quando este recebeu José com seus dois filhos (Gn 48.2), ou quando mandou chamar seus filhos para abençoá-los (Gn 49.1, 33). Mas, de qualquer forma, o importante aqui é que, depois de uma longa caminhada onde o Senhor Deus Todo-poderoso guiou e guardou Jacó de tantos perigos, dando-lhe diversos sinais da Sua fidelidade, o já idoso patriarca, mesmo não tendo ainda alcançado as promessas, e contando com a proximidade da sua morte, adorou ao Senhor, isto é, expressou sua gratidão, abraçou as promessas como fiéis e verdadeiras, e assim abençoou tanto os filhos de José como seus outros filhos no tocante ao futuro das tribos que se levantariam a partir de cada um deles. 

III – O PEDIDO DE JOSÉ AOS SEUS IRMÃOS (HB 11.22) Teremos de passar por alto toda a história maravilhosa deste homem que, ainda jovem, foi provado ao sofrer a inimizade de seus próprios irmãos, depois acusado de um crime que não cometeu, até ser finalmente exaltado por Deus a uma posição de tremenda honra e poder, de onde prontamente acolheu sua casa quando esta se achava em aflição e perdoou os seus irmãos, que haviam procurado o seu mal. É para o último evento registrado da vida de José, e o último também registrado em Gênesis, que o escritor aos Hebreus chama a nossa atenção. Notemos, em primeiro lugar, que este filho de Jacó, tendo desfrutado de todas as riquezas e grandezas do Egito, considerado em honra apenas abaixo da posição do faraó, não teve nada disto como coisa mais importante que a promessa de Deus. O fato de ele ter confessado que, embora estivesse morrendo, a promessa se cumpriria, e seu povo deveria aguardar com ansiedade pelo dia da visitação, assim como ele havia aguardado, indica que o seu desejo era o mesmo que o de seus pais, e morreria abraçado à esperança de que um dia entraria na sua verdadeira herança, que não era o Egito. Do mesmo modo, ao intimar seus irmãos a levarem seus ossos para a terra de Canaã quando fossem visitados por Deus, José testifica que, mesmo tendo vivido como um rei na terra do Egito, ele ainda assim se considerou apenas um peregrino ali (Gn 50.22-26; cf. Hb 11.13-14). 

CONCLUSÃO Isaque, Jacó e José foram três patriarcas que brilharam pela sua fé na promessa de Deus feita inicialmente a Abraão, e viveram suas vidas na esperança do cumprimento desta promessa, não se frustrando com o quanto fosse necessário aguardá-las, ainda que essa espera implicasse em manter-se abraçado a elas até os seus últimos dias. Seja nesta vida ou na futura, o Senhor Deus cumprirá aquilo que prometeu e todos os que n’Ele esperaram hão de entrar na sua herança.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira




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