006-Os Salmos de Confiança - Salmos Lição 06 [Pr Denilson Lemes]31jan2023

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LIÇÃO 6 

OS SALMOS DE CONFIANÇA 

TEXTO ÁUREO: “Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (Salmo 125.1) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 91.1-16 

INTRODUÇÃO Uma das virtudes que com freqüência são inspiradas pela leitura dos salmos é a da confiança em Deus. Diante dos perigos e problemas da vida neste mundo, o Deus de Israel sempre cuidou e sempre cuidará daqueles que n’Ele confiam, e o salmista ilustra de maneira maravilhosa o terno cuidado e a segura proteção que certamente desfrutava em Deus, e nos exorta a não temermos mesmo quando a adversidade se mostra ameaçadora, pois o Senhor jamais faltará ao Seu povo. Como temos procedido em outras lições, aqui citaremos apenas três exemplos – a saber, os salmos 23, 46 e 91 – a fim de destacar os ensinos característicos desta categoria de salmos. 

I – O SENHOR É O PASTOR QUE NÃO FALTARÁ (SALMO 23) O primeiro salmo que propomos analisar sem dúvida é o mais conhecido de todos os cristãos. A partir da sua experiência como pastor de ovelhas, Davi compara o cuidado de Deus para com os Seus ao de um pastor de ovelhas pelo seu rebanho. Qualquer povo familiarizado com a vida no campo sabia quão grande era o cuidado de um pastor pelas suas ovelhas, seja para impedi-las de se desgarrarem das demais, seja para protegê-las contra as feras do campo, seja para conduzi-las até os pastos e os ribeiros que as saciariam. É uma atividade que exige sacrifício por parte do pastor, para que todas as necessidades do seu rebanho sejam supridas, uma vez que, deixadas sozinhas, estas criaturas facilmente se perderiam, ou se tornariam presas fáceis, ou de alguma outra forma pereceriam. Deste modo, a propriedade da frase: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” está no fato de o salmista expressar que o Senhor é para ele como um pastor, e que, se o pastor não deixa faltar nada às ovelhas, do mesmo modo o Senhor não deixará faltar nada à alma do salmista (cf. Jo 10.11; 1 Pe 2.25). Prosseguindo na comparação, notemos como o poeta sagrado ilustra vividamente o cuidado espiritual de Deus para com o Seu servo, suprindo-lhe o “refrigério da alma”, guiando-o “pelas veredas da justiça”, e sendo ele “consolado” pelo Senhor de tal modo que mesmo as experiências mais terríveis – a saber, a própria perspectiva da morte – não perturbaria a sua alma. A razão desta confiança até nas circunstâncias mais tenebrosas era: “porque tu estás comigo”. Assim, o salmista conta que não terá falta de nada que a sua alma necessita porque, mais do que prover todas as coisas, o próprio Deus não faltará àqueles que n’Ele confiam (cf. Fp 4.12-13). Consideremos ainda como Davi destaca que a provisão divina não é apenas suficiente, mas abundante e generosa, mesmo quando a adversidade bate às portas: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unge as minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. A bondade e a misericórdia de Deus implicam em que aqueles que n’Ele confiam têm ao seu alcance uma plenitude de graça, consolação, e tudo o mais de que precisam, encontrando no Senhor vida abundante, e certeza da aprovação divina, pela qual podemos vencer toda adversidade (cf. Hb 13.5-6; Rm 8.31-39). 

II – O SENHOR É REFÚGIO E SOCORRO NA ANGÚSTIA (SALMO 46) No salmo que agora consideramos, a exortação à confiança em Deus é dirigida a todo o povo, para que não temessem as reviravoltas ameaçadoras do mundo. O salmista não ignora a angústia que muitas vezes aflige o coração dos fiéis, pois: “As nações se embraveceram; os reinos se moveram”, e toda essa agitação do mundo é comparada, no seu ímpeto caótico e violento de destruir e se opor a Deus e aos Seus eleitos, a águas que rugem e se perturbam, a montes que se abalam pela sua braveza. Contudo, o Senhor é como um refúgio e fortaleza contra essas forças de destruição, pois somente n’Ele encontramos razões para descansar e não temer o mundo, “ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares”. Primeiro, o salmista lembra que Deus é “socorro bem presente na angústia”, sem dúvida trazendo à memória os muitos livramentos que Deus operou no passado em Israel quando, de um ponto de vista humano, não havia mais esperança de salvação. Em seguida, contrastando com as turbações deste mundo, que são como águas que rugem e se perturbam, e cuja vista desperta medo e angústia, a certeza de que Deus estando conosco é a garantia de paz e consolação em meio às maiores turbações é, por sua vez, comparada a um “rio cujas correntes alegram a cidade de Deus” (cf. Jo 16.33; 1 Jo 5.4, 18-19). Notemos ainda como este salmo, além de fortalecer nossa confiança em Deus como aqu’Ele que nos livra e nos salva das vicissitudes a que estamos sujeitos neste mundo, também o faz declarando o Seu controle sobre todas as coisas, de modo que mesmo a guerra (aqui uma figura de todo tipo de adversidade que aflige o povo de Deus) serve aos Seus propósitos e, eventualmente, Ele a fará cessar, vingando toda a injustiça cometida contra os Seus santos e sendo glorificado aos olhos das nações: “Serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra” (cf. 2 Ts 1.5-7). 

III – O SENHOR PROTEGE CONTRA TODO O MAL (SALMO 91) Neste último salmo, vemos novamente um apelo à confiança em Deus em um nível pessoal, pois, do mesmo modo que Ele abriga e salva o Seu povo do mal, cada um e todos aqueles que em Deus se refugiam também serão amparados e salvos na hora da adversidade. Nos primeiros versos, o salmista declara que confiar em Deus não é algo vão, mas que, de fato, a proteção que podemos encontrar em Deus confiando n’Ele é tão perceptível como uma grande e refrescante sombra que nos abriga e permitenos descansar do calor do sol. O salmista anuncia sua confiança pessoal no Senhor, e em seguida elenca uma série de males dos quais sabe que somente Deus pode nos livrar, como por experiência própria ele havia testemunhado e como todo aquele que confia no Senhor já testemunhou. Consideremos que muitas dessas expressões implicam que o Senhor nos livra também de males de natureza estritamente física ou material, quando estes podem incidir sobre o nosso coração. Não é um atestado de que neste mundo não teremos tribulações, muito menos de que poderíamos tentar ao Senhor com base no fato de que Ele cuida de nós tão ternamente; mas é uma garantia, certamente, de que Deus nos guardará do mal que qualquer uma destas coisas possa nos trazer – se necessário for, nos livrando delas completamente; se não, provendo-nos a consolação e a graça necessária para, mesmo passando por elas, ainda sermos achados seguros, e, a seu tempo, provarmos o seu livramento: “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livra-lo-ei e o glorificarei” (cf. Mt 4.6-7; 6.13; 1 Pe 5.8-9; 2 Co 12.7-10; 2 Tm 4.17-18). 

CONCLUSÃO Que salmos como os que estudamos na lição de hoje nos inspirem a confiar e descansar na segura e infalível bondade de Deus, que Ele prometeu que nunca nos faltará. Confiemos em Deus apesar das nossas forças limitadas e apesar da angústia e aflição de nossas tribulações, porque ainda nos alegraremos e O louvaremos grandemente pela Sua salvação e livramento.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
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APOIO 
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