002-Salmos Messiânicos - Salmos Lição 02[Pr Denilson Lemes]03dez2023

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LIÇÃO 2 

OS SALMOS MESSIÂNICOS 

TEXTO ÁUREO: “Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.” (Salmo 45.7) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 2.1-12 

INTRODUÇÃO Iniciaremos o estudo dos salmos por aqueles de caráter profético, isto é, os salmos chamados “messiânicos”, que prefiguram ou prenunciam os tempos que têm início com a vinda do Messias a este mundo. Veremos que, assim como os autores bíblicos que chamamos propriamente de “profetas”, os salmistas, movidos pelo mesmo Espírito que falou através dos primeiros, ainda que sob o véu das circunstâncias e experiências pessoais que os moviam à composição dos seus salmos, muitas vezes previram a era messiânica, não apenas de uma forma geral, mas caracterizando as etapas e diversos particulares que se cumpriram unicamente na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo. 

I – A NATUREZA, DIVINDADE E ENCARNAÇÃO DO MESSIAS (SL 89, 110, 45, 8) Muitos dos salmos messiânicos são de autoria do rei Davi, e os que não o são sem dúvida foram compostos durante ou após o governo deste rei, uma vez que a escolha e unção de Davi para ocupar o trono e o seu governo sobre todo o Israel representaram um novo desdobramento da revelação acerca da vinda do Ungido do Senhor, prenunciado anteriormente como a semente que esmagaria a cabeça da serpente, ou na qual seriam benditas todas as famílias da terra, mas que também era aguardado como aquele que receberia o cetro – isto é, a realeza (cf. Gn 49.10; Nm 24.17; 1 Sm 2.10). E que este rei seria um descendente de Davi, é o pacto que o próprio Deus fez com o filho de Jessé, de que firmaria a sua casa e o seu reino para sempre – em outras palavras, a descendência de Davi jamais deixaria de existir e de governar Israel; mesmo que alguns de seus filhos pecassem, eventualmente se levantaria um justo, que dominaria no temor de Deus (cf. 2 Sm 7.12-16; 23.3-5). E, conforme o testemunho do apóstolo Pedro, ao celebrar este juramento para com a sua descendência em um salmo, Davi o faz consciente de que Deus estava prometendo levantar o Messias a partir do fruto de seus lombos, segundo a carne (Sl 89.1-4, 20- 29, 34-37; cf. At 2.30). Mas, se por um lado a natureza humana do Messias é claramente atestada no salmo pelo fato de que ele seria descendente de Davi, de tal modo que um dos títulos pelos quais Jesus vai ser reconhecido como o Messias nos evangelhos é: “filho de Davi”; por outro lado, a identidade davídica do Messias não significa, como muitos erroneamente entendiam nos tempos de Jesus, que o Messias fosse, por ordem natural, posterior e, portanto, inferior a Davi. Este rei também O contemplava como superior, pois não apenas o chama de “meu senhor”, mas O reconhece mesmo antes de o Senhor Deus lhe entregar o trono de Davi – o que implica na existência do Messias como um ser divino e santo antes da sua encarnação como filho de Davi (Sl 110.1; cf. Mt 22.41-45). No mesmo sentido celebraram os filhos de Coré, em outro salmo, a eternidade do trono do Messias, e a Sua unção sobremaneira mais abundante que a de Seus companheiros segundo a carne, porquanto o Messias, mais que um filho de Davi, é o Filho de Deus (Sl 45.6; cf. Hb 1.8). Por isso também Davi se maravilhou com a misericórdia divina manifesta na encarnação, considerando que, embora seja o homem uma criatura tão pequena e insignificante no âmbito da criação, ainda ele é lembrado e visitado por Deus, que faz isto para exaltá-lo – referindo-se aqui ao Messias sendo enviado a este mundo e assumindo a nossa humanidade para, através da Sua morte, não apenas restabelecer o homem a uma posição perdida por ocasião da queda, mas para ser o primogênito de uma nova geração humana – um novo homem, libertado do pecado e da morte e destinado à glória e vida eterna (Sl 8.1-9; cf. Hb 2.5-15).  

II – OS SOFRIMENTOS, REJEIÇÃO E MORTE DO MESSIAS (SL 2; 118; 41; 22; 40) Ao declarar a encarnação do Messias, na frase “pouco menor do que os anjos o fizeste”, o salmista também implica o Seu abatimento e humilhação, Seus sofrimentos e Sua morte – em uma palavra, Seu sacrifício, pelo qual Ele asseguraria a vida eterna para todos. O salmista, porém, chama a atenção para o fato surpreendente de que os maiores sofrimentos do Messias resultariam da Sua rejeição pelos homens. Davi prevê que povos e nações, e os reis da terra, se uniriam para se opor ao governo do Messias – o que a igreja entendeu corretamente como tendo se cumprido nos assaltos das potestades terrenas de então contra o Filho de Deus e contra os Seus seguidores (Sl 2.1-3; cf. At 4.25-28). E, para maior surpresa, mesmo os edificadores – isto é, aqueles que deveriam se alegrar com a manifestação do reino messiânico – rejeitariam a pedra principal (o Messias), para sua própria desgraça (Sl 118.22; cf. Mt 22.42-46); e esta tragédia só seria excedida pelo fato de que um dos próprios discípulos e amigos mais íntimos do Filho de Davi também participaria da conspiração (Sl 41.9; cf. Jo 13.18). Assim, rejeitado por muitos, o Messias seria provado em Sua paciência, confiança e obediência ao Senhor. Assim como Davi, padeceria de um modo tão terrível que exclamaria: “Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl 22.1; cf. Mt 27.46). Contudo, ao contrário da interpretação popular, essa expressão não indica desespero ante um suposto abandono de Cristo pelo Pai, porquanto Deus jamais abandonaria Seu Filho (cf. Jo 16.32); é, antes, como se infere pelo contexto do salmo, um clamor de socorro, livramento e salvação, dirigido a Deus, na esperança de que Ele responderá (Sl 22.3-5; cf. Mt 26.39), e no qual o salmista, tipificando o Messias, insiste para que Deus se manifeste logo, em vista da gravidade do Seu abatimento, e da humilhação e afronta lançada pelo ajuntamento daqueles que se lhe opõem (Sl 22.7-8, 11-18; cf. Mt 27.35-44). Ao mesmo tempo, o salmista não ignora o fato de que o Messias vem ao mundo para dar testemunho da Sua obediência à vontade de Deus – e, sendo esta vontade o Seu sacrifício, Ele não se recusa a cumpri-la (Sl 40.6-8; cf. Hb 10.5-10). 

III – A RESSURREIÇÃO, EXALTAÇÃO E GLÓRIA DO MESSIAS (SL 2; 16; 110) Ungido desde a eternidade para ser Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Messias seria “empossado” no trono do Seu reino ao ressuscitar dentre os mortos. Que o salmo vislumbrava a ressurreição do Messias após os Seus sofrimentos, fica evidente porque, apesar de rejeitado pelas nações, Ele haveria de ler o “decreto” da Sua geração divina, isto é, de que Ele é o Filho de Deus, o que Lhe dá o direito de reivindicar todas as nações como herança – e, conforme a interpretação apostólica, isto se dá por ocasião da ressurreição (Sl 2.7-8; cf. At 13.32-33). Ademais, o mesmo Davi expressa sua esperança de que Deus o livraria da sepultura – o que o apóstolo explica ter sido dito em relação ao Messias – somente Jesus não viu corrupção, porquanto Ele não pode ser retido pela sepultura (Sl 16.8- 11; cf. At 2.22-32). Notemos como, seguindo-se à ressurreição e entronização do Messias, o salmista alude a um período no qual o reino de Deus se propagaria e estabeleceria a sua soberania sobre as nações e reis da terra, seja subjugando e destruindo os opositores de uma vez por todas, seja despertando no povo eleito a voluntariedade, a disposição e a confiança no Messias, que tanto exerce o domínio real como também a misericórdia e assegura a graça de Deus para os fiéis como um sacerdote, a saber, um sacerdote eterno (Sl 2.9-12; Sl 110; cf. Hb 7.17, 24-25). 

CONCLUSÃO Os salmos messiânicos apresentam características tão particulares em relação à natureza, vida e obra do Messias que constituem um contundente argumento na apresentação do Evangelho, uma vez que somente em Jesus todas e cada uma destas profecias se cumpriram literalmente.  

PARA USO DO PROFESSOR

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