012 - A História de Isaque - Gênesis Lição 12[Pr Nilson Vital]15mar2022



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LIÇÃO 12 

A HISTÓRIA DE ISAQUE 

TEXTO ÁUREO: “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele.” (Gn 17.19) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 21.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje continuaremos o estudo das gerações da linhagem eleita por Deus, considerando ser este o tema da segunda parte do livro de Gênesis. Tendo destacado importantes aspectos da chamada de Abraão e das promessas de Deus envolvendo sua descendência, veremos como esse legado espiritual foi transmitido a Isaque por seu pai, e como foi confirmado por Deus através de acontecimentos um tanto semelhantes àqueles que assinalaram a jornada de fé de Abraão. 

I – PRIMEIROS TESTEMUNHOS DA FÉ DE ISAQUE O relato bíblico é mais breve sobre a vida de Isaque do que em relação a seu pai, mas é possível afirmar que o contato com as coisas de Deus ocorreu muito cedo na sua vida. Afinal, Isaque nasceu num lar edificado sobre a fé e o milagre, e Abraão, no cuidado de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardassem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo (Gn 18.19), havia instruído seus filhos no testemunho acerca do Deus Todo-poderoso que o havia chamado e feito grandiosas promessas. Consideremos que, por esta causa, até mesmo Ismael, embora não tenha sido gerado por promessa, como o foi Isaque, mesmo tendo sido afastado do convívio com seu pai Abraão, levou consigo o testemunho da bênção e misericórdia de Deus, das quais ele mesmo e sua mãe Agar foram alvo, para transmiti-lo à sua descendência, que também se tornaria uma grande nação (cf. Gn 16.9-12; 17.20; 21.17-21). Sem dúvida, não foi diferente com Isaque, que, crescendo junto de seu piedoso pai, aprendeu a imitá-lo no amor e obediência a Deus, sabendo também que um dia assumiria o lugar de Abraão na sucessão de herdeiros da promessa divina. O episódio mais notável da infância ou juventude de Isaque sem dúvida é aquele registrado no capítulo 22, pois foi ali que tanto o testemunho de fé de Abraão foi selado (cf. Hb 11.17-19), como também o patriarca recebeu uma última confirmação da promessa divina (cf. Hb 6.13-17). Isaque pode testemunhar a fidelidade de Deus à Sua palavra tanto no juramento como no livramento e substituição pelo cordeiro provido para o holocausto. Notemos que nesta passagem encontramos também indicações da piedade exemplar do jovem Isaque, como sua familiaridade com o culto divino, a confiança na provisão divina, e a submissão à atitude inesperada do pai de amarrá-lo para ser imolado (Gn 22.7-9). A próxima etapa preparatória para Isaque poder cumprir seu propósito nos planos de Deus foi o arranjo do seu casamento. A importância da narrativa sobre Abraão ajuramentando e enviando seu mordomo até a Mesopotâmia, a terra de seus pais, para buscar uma mulher para seu filho, e a providência divina manifestada no encontro do piedoso servo com Rebeca, que era da casa de Naor (irmão de Abraão), mostra o cuidado do patriarca em não contrariar a palavra de Deus, que em Noé havia amaldiçoado os filhos de Canaã, destinando seus descendentes a se tornarem servos dos semitas. Acrescente-se o fato de que, das palavras que Deus já havia comunicado a Seu servo, uma delas dizia respeito à eventual destruição dos cananeus (cf. Gn 15.16-21). Aqui também encontramos, mais uma vez, uma referência à piedade de Isaque, agora espiritualmente mais maduro, acostumado à oração: “E Isaque saíra a orar no campo, sobre a tarde” (cf. Gn 24.63). Notemos que Rebeca é de algum modo impressionada pela aparência do homem de Deus, mesmo antes de saber quem era aquela figura que vinha ao encontro da caravana, de tal modo que desce do camelo em sinal de reverência; e, em seguida, informada de que se tratava de seu futuro marido, ela se cobre com o véu – como era o costume de uma jovem ao ser apresentada pela primeira vez a seu esposo. 

II – AS GERAÇÕES E PEREGRINAÇÕES DE ISAQUE A expressão “estas são as gerações” assinala o momento em que o patriarca vê o Senhor cumprir a promessa em relação a multiplicar sua descendência. Assim como no caso de Abraão, as circunstâncias que envolveram a concepção dos filhos de Isaque foram bastante peculiares e semelhantes àquelas pelas quais seu pai havia passado; a começar com Rebeca, sua mulher, que era estéril (assim como Sara). Tendo já um testemunho do poder de Deus nesse sentido, e certo de que a promessa em relação à sua descendência se cumpriria, Isaque orou insistentemente ao Senhor, e o Senhor ouviu suas orações (Gn 25.21). É interessante notar que Rebeca concebeu e deu à luz dois filhos, assim como Sara, contudo, no caso de Jacó e Esaú, eram gêmeos que haviam nascido com uma pequena diferença de tempo e numa relação que prenunciava propósitos divinos diferentes para cada um deles – propósitos estes que, assim como no caso de Ismael e Isaque, não corresponderiam às aparências e pressuposições humanas. Mais uma vez, prevaleceria a soberania divina sobre a vontade dos homens (cf. Rm 9.10-13). No demais, antes de passar ao momento em que os mistérios de Deus em relação a Jacó começam a ser desvendados, a narrativa apresenta de forma sucinta as peregrinações de Isaque, que praticamente andou nas mesmas pisadas de seu pai. Notamos que a experiência de Abraão em descer até o Egito foi evitada por Isaque, quando a fome tornou a se abater sobre a terra de Canaã, porquanto orientado pelo próprio Deus a permanecer ali. O texto do capítulo 26 também destaca a humildade do patriarca, ao mesmo tempo em que assinala sua aflição em vista do casamento de Esaú – o filho preferido – com duas mulheres dos filhos dos heteus (Gn 26.34). 

III – O FILHO DA PROMESSA É REVELADO A eleição de Jacó como o filho escolhido para herdar a promessa aparentemente permaneceu velada a Isaque que, considerando o fato de Esaú ter nascido primeiro, e, portanto, sendo este naturalmente o primogênito, e o seu gosto pela caça, que também agradava ao patriarca; esperava que chegaria o momento de Esaú tomar o lugar do pai na liderança da linhagem (cf. Gn 25.27-28). Ocorre, porém, que a eleição de Jacó havia sido revelada a Rebeca, e coube a ela agir contra toda expectativa humana para que se cumprisse a palavra de Deus em seu filho preferido. Não entraremos na discussão sobre os meios humanos usados para isto, pois a própria Escritura não julga, apenas narra o ocorrido. O fato é que, como Deus havia prometido, Jacó herdou a bênção do primogênito e Isaque, ainda que estarrecido com a sutileza do filho, não voltou atrás em sua palavra: “Veio o teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção” (Gn 27.35). A revelação feita por Esaú de que a primogenitura havia passado a Jacó, e posteriormente a lembrança feita por Rebeca de que Jacó ainda era solteiro, não tendo tomado mulher dentre as filhas dos cananeus, apenas confirmou a natureza profana de Esaú e sua rejeição para herdar as promessas (cf. Hb 12.16-17). Concluindo que o Senhor havia escolhido a Jacó, prontamente Isaque confirma sua bênção sobre o filho e o encaminha à terra de seus parentes a fim de tomar uma esposa, para que, do mesmo modo que o patriarca, o filho pudesse se preparar para que a promessa de Deus se cumprisse nele e assim ele viesse a ser o pai de uma grande nação (Gn 28.1-5). 

CONCLUSÃO Como herdeiro daquele que foi o amigo de Deus, Isaque seguiu as mesmas pisadas de seu pai Abraão, tornando-se o herdeiro da bênção divina. Na sua experiência particular com o Senhor, ele aprendeu a não ter a própria vida por preciosa, nem a se apegar às aparências e ao que é terreno, pois os caminhos de Deus são mais elevados que os nossos e por isso nem sempre podemos entendê-los, mas é certo que Ele sempre cuida daqueles que n’Ele confiam. 

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Rádio Net Grata Nova
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