007-A Santidade do culto levítico - Levítico Lição 07[Pr Afonso Chaves]10nov2020

  

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 LIÇÃO 7 

A SANTIDADE DO CULTO LEVÍTICO 

TEXTO ÁUREO: “Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do Senhor, o pão do seu Deus; portanto serão santos” (Lv 21.6). 

LEITURA BÍBLICA: LEVÍTICO 21.1-8 

INTRODUÇÃO Na última lição aprendemos o zelo de Deus com a Sua santidade, as terríveis consequências de profaná-la e o cuidado que Ele requer daqueles que foram chamados para serem dela participantes. O culto levítico proclamava essa santidade de diversas maneiras, e nos capítulos 21 e 22 estudaremos mais um aspecto da didática divina na forma como inculcava essa preciosa lição em Israel através da estrita conduta dos sacerdotes – cuja responsabilidade era não apenas atuarem como mediadores entre Deus e os homens, mas também como arautos das virtudes do Altíssimo, seja por suas palavras ou ações. 

I – A SANTIDADE DO SACERDÓCIO (LV 21) Como já temos estudado, uma das funções dos sacerdotes era a de representar Israel diante do Senhor, intermediando na apresentação das ofertas e ministrando a benção divina ao povo. Além disso, incumbia-lhes ensinar aos israelitas que Deus é santo e que eles deviam reverenciar e guardar essa santidade fazendo distinção entre o santo e o profano em seu dia a dia e abstendo-se dos costumes abomináveis das nações. Restava então orientá-los a demonstrar que eles mesmos estavam, de forma inequívoca, comprometidos em zelar pela santidade divina, conforme o princípio de que aquele que instrui deve fazê-lo não apenas por palavra, mas por obra (vv. 6, 12; cf. 1 Tm 4.12). Sabemos que diversas circunstâncias que implicavam em impureza ritual eram inevitáveis, e em algum momento todo israelita fazia-se impuro. Uma dessas circunstâncias era o contato com o corpo de um morto, mesmo no caso de familiares – caso tocasse, ou mesmo se entrasse numa tenda onde houvesse um morto, o israelita tornava-se impuro por sete dias e não podia entrar em contato com as coisas de Deus até que fosse purificado e expiado (cf. Nm 19.11-12, 14). Esta condição significava algo de mais grave para o sacerdote, porque sua posição social e estima no meio do povo bem poderia acabar constrangendo-o a comparecer o tempo todo a velórios, ficando não apenas sete dias, mas constantemente impedido de cumprir seu ministério no tabernáculo. Daí a proibição de se contaminar pelos mortos, exceto pelos familiares mais chegados (vv. 2, 3) – e, mesmo assim, guardando-se de qualquer demonstração excessiva do seu luto (v. 5). No caso do sumo sacerdote, essa restrição era ainda maior: “Não se chegará a cadáver algum, nem por causa de seu pai, nem por sua mãe, se contaminará” (v. 11). Do mesmo modo, no casamento os sacerdotes deviam se ater ao padrão da moralidade imutável definida por Deus no princípio, e não seguir as normas da conveniência ou permissividade de um coração endurecido: “Não tomarão mulher prostituta ou infame, nem tomarão mulher repudiada de seu marido” (v. 7; cf. vv. 13-15). E, mesmo no que diz respeito à aparência exterior, requeria-se deles nada menos que perfeita conformidade aos padrões da normalidade física. Não se trata de menor consideração da parte de Deus pelos que apresentassem algum “defeito” ou “anomalia”, mas de fazer do sacerdócio uma representação do mediador perfeito necessário, representação essa da qual o aspecto físico era o mais aparente aos israelitas, mas não o único nem o mais importante (cf. Hb 7.26; 1 Sm 16.7). 

II – A SANTIDADE DAS OFERTAS AO SENHOR (LV 22) As ordenanças prescritas neste capítulo ainda dizem respeito especialmente aos sacerdotes, mas estão relacionadas ao trato das coisas santas, a saber, qualquer oferta apresentada pelos filhos de Israel ao Senhor. Devido à sua constante participação nos sacrifícios oferecidos pelo povo e por receberem uma porção de determinados sacrifícios para sustento de suas famílias, os sacerdotes tinham contato direto e constante com as coisas consagradas a Deus e deviam estar ainda mais atentos às leis de purificação do que o israelita comum. Se eles ou seus familiares contraíssem qualquer forma de impureza, deviam se abster dos alimentos oriundos do altar, sob pena de exclusão do meio do povo de Deus; mas podiam comer qualquer alimento de origem comum (vv. 3, 11). Seguem-se então orientações detalhadas sobre os próprios sacrifícios e qualquer sorte de ofertas a serem apresentadas no altar de Deus. O Senhor não aceitaria nada que não fosse sem defeito (v. 20), pois Ele é santo e perfeito, Sua glória e majestade sendo imensuráveis por qualquer medida ou padrão conhecido; seria uma ofensa imaginar que o Criador de todas as coisas, que de nada tem falta e dispõe de tudo e de todos segundo a Sua soberana vontade, se dignaria aceitar uma oferta que não representasse o melhor do que a criatura pudesse oferecer, ao invés daquilo que ela dispensaria de outro modo (cf. Sl 50.10-12; cf. Ml 1.6-9). Em particular no que diz respeito aos animais oferecidos em sacrifício, não podiam apresentar defeito físico, nem mancha na coloração da sua pelagem, o que entendemos significar que o acesso a Deus só podia ser alcançado através de uma oferta perfeita, sem falta nem impureza – tal como aquela que Cristo Jesus ofereceu através de Sua própria vida santa e perfeita (cf. Is 59.2; 1 Pe 1.18-19). 

III – A SANTIDADE DA IGREJA DE CRISTO O que aprendemos com estes capítulos parece sublinhar diferentes aspectos de uma mesma e constante lição que permeia todo o livro de Levítico: Deus é santo e não podemos viver indiferentes a isto – com efeito, a indiferença em relação à santidade de Deus significa rejeitá-la ou, pior ainda, profaná-la, uma vez que, se somos filhos e povo de Deus, sabemos que o Seu apelo a nós é um só: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.13-16). Todos os castigos e bênçãos que alcançaram Israel decorrem da violação ou conformidade a esse apelo, respectivamente; porque o nosso próprio destino eterno não dependeria também da nossa atitude em relação a essa vontade de Deus, de diversas formas tão claramente expressa nas Escrituras? (Mt 5.8; Hb 12.14; 2 Co 6.14-7.1; 1 Ts 4.7, 8). Os sacerdotes haviam sido separados para ocupar uma posição privilegiada no culto divino que o restante de Israel simplesmente não estava preparado para ocupar, pois aquele ainda era o tempo da infância espiritual. O fato é que a igreja hoje é chamada de reino sacerdotal, todos sendo chamados a desfrutar dos altos privilégios do reino dos céus e, ao mesmo tempo, considerar a responsabilidade ainda maior que pesa sobre os ombros ainda do menor membro desse reino (cf. Mt 5.17-20). Por outro lado, embora não sejam sacerdotes em nenhum sentido distintivo dos demais membros da igreja, aqueles que são chamados ao ministério da palavra estão sob uma incumbência de grande responsabilidade – muito lhes foi dado no reino de Deus, portanto, muito lhes será requerido (Mt 25.14-30; Lc 12.48); assim como os filhos de Arão, eles devem zelar pela santidade de Deus não apenas em suas palavras, mas também em suas ações e testemunho, em tudo propondo em si mesmos um padrão que possa ser imitado ou louvado para a glória de Deus (cf. 1 Tm 3.7; 3 Jo 3, 12; At 6.3). 

CONCLUSÃO A santidade pode requerer de muitos uma sofrida renúncia; de outros, uma simples mudança de atitude, ou apenas de pensamento. Mas, como já temos dito mais de uma vez, ela não é mais fruto da conformação a ordenanças exteriores; hoje, é o Senhor Jesus que, pelo Seu Espírito, nos ensina a amar a Deus e tudo o que diz respeito a Ele, especialmente a Sua santidade; e, com muito ou pouco esforço de nossa parte, é a Sua graça que inclina a nos conformar a essa tão clara vontade de Deus para conosco.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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