006-A queda do Império Babilônico - Daniel Lição 06 [Pr Afonso Chaves]05mai2020
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LIÇÃO 6
A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO
TEXTO ÁUREO:
“E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa dele, e tu, os teus senhores, as tuas mulheres e as tuas concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, e de quem são todos os teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 5.1-12
INTRODUÇÃO
Ainda não chegamos na metade do livro de Daniel e já nos deparamos com a informação de que um poderoso império humano, que há pouco na figura de seu rei, Nabucodonosor, contava tantas glórias e sucessos, chegou ao seu fim.
Na lição de hoje, veremos que, conforme já revelado, os reinos dos homens passam e as suas obras são pesadas e julgadas com justiça pelo Deus Altíssimo.
I – O BANQUETE PROFANO DE BELSSAZAR (VV. 1-12)
Depois do ocorrido com Nabucodonosor, registrado no capítulo 4, onde a soberba do rei foi abatida por Deus e ele foi levantado como um novo homem, agora reconhecendo que o poder e o reino pertencem ao Altíssimo, e que toda a grandeza do seu império era devida a Ele; o livro de Daniel não relata mais nenhum outro evento relacionado a este rei.
Sabemos que Belssazar, o último governante de Babilônia, não foi o sucessor imediato daquele rei, pois antes veio Evil-Merodaque, o qual é citado nas Escrituras por ter aliviado o sofrimento do rei Jeoiaquim no ano trinta e sete do seu cativeiro (2 Rs 25.27-30).
Muitos anos se passaram, então, até chegarmos ao acontecimento narrado aqui. O império poderia até parecer o mesmo desde os dias de Nabucodonosor, mas o tempo de Deus se aproximava e as forças humanas necessárias para trazer um fim ao reino da cabeça de ouro começavam a se organizar nas fronteiras orientais do império.
O ato de tremenda insensatez do rei Belssazar apenas mostra a decadência moral do império cujos governantes anteriores, embora cruéis e calculistas, ainda foram capazes de mostrar bom senso e reverência pelas coisas divinas.
Além disso, o comportamento desse último rei de Babilônia revela não ignorância, mas desprezo pelo Deus Altíssimo, cujas obras poderosas haviam impactado tão profundamente o reinado do seu antepassado.
Pois o propósito de Belssazar em mandar trazer os vasos sagrados de Jerusalém, conservados até então nos tesouros da casa real, era expressamente o de profaná-los, usando-os para beber vinho com suas mulheres e concubinas e louvar aos seus ídolos de ouro e prata.
Notemos também que tal atitude, incitada pelo vinho, foi apenas uma forma de revelar o ódio que ele devia nutrir em seu coração por não entender como o seu antepassado havia sido capaz de celebrar e engrandecer um Deus de um povo que havia sido vencido e levado cativo, cujo templo havia sido queimado e cujos utensílios sagrados haviam sido confiscados pelo maior império do mundo (e, no seu entendimento, todos esses atos provariam a superioridade dos deuses babilônicos sobre o dos hebreus).
A resposta de Deus é imediata e, mesmo sem entender o que havia sido escrito pela mão misteriosa, o rei sente propriamente o teor nada agradável do decreto divino: “Mudou-se então o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro”.
Belssazar sabia que havia afrontado ao Altíssimo, e que Ele havia visto e respondido a essa afronta.
O banquete acabou ali e, não fosse a rainha lembrar-se de Daniel, o rei e seus generais passariam o resto daquela noite perplexos até se confrontarem com a sua derrocada e morte, que já estava às portas.
II – DANIEL REPREENDE O REI (VV. 13-24)
Logo que é informado acerca de Daniel, Belssazar manda trazê-lo à sua presença e questiona sua capacidade de lidar com mistérios como aquele que tinha diante de si, oferecendo-lhe riqueza e poder. O profeta, que quando jovem já não buscava tais grandezas, tampouco agora se deixa impressionar e faz o que ele sabia que estava ali para fazer: anunciar o juízo divino sobre o rei de Babilônia e o seu império.
O escrito enigmático era apenas um resumo em palavras chaves do que Deus havia determinado; Daniel devia fazer entender o propósito, a sabedoria e a justiça divina por trás daquelas palavras. Assim o profeta começa lembrando Belssazar do reinado do seu pai, do seu grande poder, da sua exaltação, seu abatimento pela mão de Deus e, por fim, a lição aprendida com tudo isso: Nabucodonosor “conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens, e a quem quer constitui sobre ele”.
Contudo, o atual rei preferiu desprezar esse testemunho do seu antepassado e não glorificar o Deus dos hebreus; e, mais ainda, afrontar o próprio Altíssimo.
Belssazar, portanto, era inescusável; ele poderia reconhecer o Altíssimo como o Deus dos deuses e Senhor dos reis, e prosperar no seu reinado (talvez adiando a queda do império babilônico); mas preferiu agir contra toda a razão e atrair a fúria daquele em cuja mão estava a sua própria vida.
III – A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO E O SEU CUMPRIMENTO (VV. 25-31)
Daniel passa a interpretar a síntese da sentença divina contra o rei.
A mão misteriosa havia escrito sinais indecifráveis e que certamente não correspondiam à escrita de qualquer idioma conhecido.
O que o profeta faz, sob a iluminação divina, é dar o sentido desses sinais em aramaico, que era a língua comum do império babilônico.
As palavras que em nossas bíblias foram transliteradas tal qual se pronunciam em aramaico bem poderiam ser traduzidas como: “contado” (MENE), “pesado” (TEQUEL), e “e dividido” (U-FARSIM).
O sentido é que Deus havia definido um termo para o reino de Belssazar – seu reino não duraria para sempre, como não durou o de Nabucodonosor.
A repetição da palavra “contado” talvez seja uma alusão aos vários tempos definidos por Deus na vida de uma pessoa, de um povo e do mundo; no caso, o reinado de Belssazar já havia esgotado todos os tempos de Deus e ele já havia feito tudo o que devia ter feito, por isso chegava ao fim.
Em consequência disso, já podia também ser “pesado” – julgado em todas as suas obras, para receber uma sentença de aprovação ou reprovação.
E a sentença era “dividido”, ou seja, seu reino seria quebrado e diminuído em sua glória, além de tirado do seu povo para ser entregue “aos medos e aos persas”.
Começava a se cumprir o juízo do reino de Deus, representado na pedra, sobre os reinos deste mundo, representados na estátua (Dn 2).
O capítulo termina com uma breve e indiferente declaração de como em uma noite caiu o maior império que o mundo já conheceu e em seu lugar se levantaram os medos e persas, vindos dos planaltos iranianos, para ocupar o seu lugar, ainda que também transitório, na sucessão dos grandes impérios do mundo.
Enquanto Belssazar encontrou o seu fim naquela mesma noite, Dario assume o trono para exercer um papel mais semelhante ao de Nabucodonosor, pois também será agraciado com a oportunidade de conhecer e celebrar a grandeza do Deus Altíssimo.
CONCLUSÃO
A exaltação e a queda do império babilônico nos ensinam preciosas lições sobre como devemos ser humildes e agradecidos a Deus, e não usar dos bens que Ele nos concede para fomentar atitudes contrárias à Sua glória.
Deus é bom e misericordioso para com todos, e de diferentes formas Ele revela a Sua glória aos homens, cobrando no devido tempo e de forma justa toda indiferença, desprezo e afronta.
PARA USO DO PROFESSOR
Muitos anos se passaram, então, até chegarmos ao acontecimento narrado aqui. O império poderia até parecer o mesmo desde os dias de Nabucodonosor, mas o tempo de Deus se aproximava e as forças humanas necessárias para trazer um fim ao reino da cabeça de ouro começavam a se organizar nas fronteiras orientais do império.
O ato de tremenda insensatez do rei Belssazar apenas mostra a decadência moral do império cujos governantes anteriores, embora cruéis e calculistas, ainda foram capazes de mostrar bom senso e reverência pelas coisas divinas.
Além disso, o comportamento desse último rei de Babilônia revela não ignorância, mas desprezo pelo Deus Altíssimo, cujas obras poderosas haviam impactado tão profundamente o reinado do seu antepassado.
Pois o propósito de Belssazar em mandar trazer os vasos sagrados de Jerusalém, conservados até então nos tesouros da casa real, era expressamente o de profaná-los, usando-os para beber vinho com suas mulheres e concubinas e louvar aos seus ídolos de ouro e prata.
Notemos também que tal atitude, incitada pelo vinho, foi apenas uma forma de revelar o ódio que ele devia nutrir em seu coração por não entender como o seu antepassado havia sido capaz de celebrar e engrandecer um Deus de um povo que havia sido vencido e levado cativo, cujo templo havia sido queimado e cujos utensílios sagrados haviam sido confiscados pelo maior império do mundo (e, no seu entendimento, todos esses atos provariam a superioridade dos deuses babilônicos sobre o dos hebreus).
A resposta de Deus é imediata e, mesmo sem entender o que havia sido escrito pela mão misteriosa, o rei sente propriamente o teor nada agradável do decreto divino: “Mudou-se então o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro”.
Belssazar sabia que havia afrontado ao Altíssimo, e que Ele havia visto e respondido a essa afronta.
O banquete acabou ali e, não fosse a rainha lembrar-se de Daniel, o rei e seus generais passariam o resto daquela noite perplexos até se confrontarem com a sua derrocada e morte, que já estava às portas.
II – DANIEL REPREENDE O REI (VV. 13-24)
Logo que é informado acerca de Daniel, Belssazar manda trazê-lo à sua presença e questiona sua capacidade de lidar com mistérios como aquele que tinha diante de si, oferecendo-lhe riqueza e poder. O profeta, que quando jovem já não buscava tais grandezas, tampouco agora se deixa impressionar e faz o que ele sabia que estava ali para fazer: anunciar o juízo divino sobre o rei de Babilônia e o seu império.
O escrito enigmático era apenas um resumo em palavras chaves do que Deus havia determinado; Daniel devia fazer entender o propósito, a sabedoria e a justiça divina por trás daquelas palavras. Assim o profeta começa lembrando Belssazar do reinado do seu pai, do seu grande poder, da sua exaltação, seu abatimento pela mão de Deus e, por fim, a lição aprendida com tudo isso: Nabucodonosor “conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens, e a quem quer constitui sobre ele”.
Contudo, o atual rei preferiu desprezar esse testemunho do seu antepassado e não glorificar o Deus dos hebreus; e, mais ainda, afrontar o próprio Altíssimo.
Belssazar, portanto, era inescusável; ele poderia reconhecer o Altíssimo como o Deus dos deuses e Senhor dos reis, e prosperar no seu reinado (talvez adiando a queda do império babilônico); mas preferiu agir contra toda a razão e atrair a fúria daquele em cuja mão estava a sua própria vida.
III – A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO E O SEU CUMPRIMENTO (VV. 25-31)
Daniel passa a interpretar a síntese da sentença divina contra o rei.
A mão misteriosa havia escrito sinais indecifráveis e que certamente não correspondiam à escrita de qualquer idioma conhecido.
O que o profeta faz, sob a iluminação divina, é dar o sentido desses sinais em aramaico, que era a língua comum do império babilônico.
As palavras que em nossas bíblias foram transliteradas tal qual se pronunciam em aramaico bem poderiam ser traduzidas como: “contado” (MENE), “pesado” (TEQUEL), e “e dividido” (U-FARSIM).
O sentido é que Deus havia definido um termo para o reino de Belssazar – seu reino não duraria para sempre, como não durou o de Nabucodonosor.
A repetição da palavra “contado” talvez seja uma alusão aos vários tempos definidos por Deus na vida de uma pessoa, de um povo e do mundo; no caso, o reinado de Belssazar já havia esgotado todos os tempos de Deus e ele já havia feito tudo o que devia ter feito, por isso chegava ao fim.
Em consequência disso, já podia também ser “pesado” – julgado em todas as suas obras, para receber uma sentença de aprovação ou reprovação.
E a sentença era “dividido”, ou seja, seu reino seria quebrado e diminuído em sua glória, além de tirado do seu povo para ser entregue “aos medos e aos persas”.
Começava a se cumprir o juízo do reino de Deus, representado na pedra, sobre os reinos deste mundo, representados na estátua (Dn 2).
O capítulo termina com uma breve e indiferente declaração de como em uma noite caiu o maior império que o mundo já conheceu e em seu lugar se levantaram os medos e persas, vindos dos planaltos iranianos, para ocupar o seu lugar, ainda que também transitório, na sucessão dos grandes impérios do mundo.
Enquanto Belssazar encontrou o seu fim naquela mesma noite, Dario assume o trono para exercer um papel mais semelhante ao de Nabucodonosor, pois também será agraciado com a oportunidade de conhecer e celebrar a grandeza do Deus Altíssimo.
CONCLUSÃO
A exaltação e a queda do império babilônico nos ensinam preciosas lições sobre como devemos ser humildes e agradecidos a Deus, e não usar dos bens que Ele nos concede para fomentar atitudes contrárias à Sua glória.
Deus é bom e misericordioso para com todos, e de diferentes formas Ele revela a Sua glória aos homens, cobrando no devido tempo e de forma justa toda indiferença, desprezo e afronta.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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