004-A fidelidade de Deus durante a provação - Daniel Lição 04 [Pr Afonso Chaves]21abr2020
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LIÇÃO 4
A FIDELIDADE DE DEUS DURANTE A PROVAÇÃO
A FIDELIDADE DE DEUS DURANTE A PROVAÇÃO
TEXTO ÁUREO:
“Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus” (Dn 2.28).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 3.13-26
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos o único episódio narrado por Daniel envolvendo diretamente apenas seus companheiros no cativeiro e no temor ao único Deus verdadeiro. Veremos como eles também se destacaram na coragem para resistir ao pecado e na confiança de que o Senhor atenta para aqueles que O temem. Aqui também se mostra com mais nitidez a truculência dos reinos deste mundo, na ocasião representados pelo reino babilônico e seu mandante, Nabucodonosor.
I – A REBELIÃO DO REI CONTRA DEUS (VV. 1-13)
Embora o texto comece abruptamente, fazendo menção ao rei de Babilônia e não citando nenhuma data, não é difícil perceber que existe uma sucessão e conexão deste episódio com o capítulo anterior. Se não, vejamos: o rei mandou fabricar e erguer uma estátua de ouro de proporções assustadoras (30 metros de altura e 3 de largura!) – o que nos faz lembrar da estátua com a qual ele havia sonhado e que, apesar de também ser assustadora, tinha somente a cabeça feita de ouro.
Mediante a interpretação dada por Daniel, o rei poderia muito bem não estar de acordo com o fim do seu império e a decadência da sua glória.
Consideremos também que a estátua seria consagrada como objeto de adoração para todos os povos do império, representados pelos seus governantes e príncipes, vindos de toda a parte até a província de Dura, onde o ídolo havia sido levantado – contrariando também o que havia sido revelado em sonho a Nabudoconosor, de que a glória e o poder do seu império vinham de Deus, e não dele mesmo, e, portanto, somente o Deus dos deuses e Senhor dos reis é que merecia o louvor. Concluímos, então, que essa estátua representa a rebelião do rei babilônico contra o domínio absoluto de Deus e Seus decretos.
Em outras palavras, ele não consegue aceitar a verdade revelada no sonho que teve – que um Deus, que ele nunca conheceu, seja mais poderoso que os seus deuses, dispondo dos reinos deste mundo conforme a Sua vontade, entregando o poder e a autoridade a quem Ele quer.
Esta ideia era estranha aos povos do passado, pois, embora acreditassem que os reis recebiam seu direito de governar a partir dos deuses, a glória dos deuses, por sua vez, aumentava na medida em que os reis eram bem sucedidos em suas conquistas.
Por isso, os deuses jamais dariam o direito de governar a um estranho e a derrota ou conquista de um povo por um rei estrangeiro significava a derrota dos seus próprios deuses diante de deuses estranhos. Mas o sonho de Nabucodonosor, interpretado por Daniel, revelou que havia um Deus que permanecia o mesmo e indiferente a essas reviravoltas de poder entre os homens e seus deuses, pois era Ele mesmo quem transferia o poder de um povo (e de um “deus”, por assim dizer) para o outro.
E, o que era ainda mais terrível, que Ele mesmo ergueria o Seu próprio reino em oposição aos reinos dos homens, e que a seu tempo destruiria a todos, restando Ele só como único governante universal e eterno.
Notemos ainda um aspecto característico da insensatez e rebelião dos reinos deste mundo – aqui representado tão vividamente em Nabucodonosor: libertar-se das amarras e ataduras de Deus não é apenas um sonho particular do rei, mas um ideal que deve ser reverenciado por todos os seus subordinados, sob pena de terrível castigo.
O homem natural é corrompido pelo poder em qualquer medida, fazendo-o iludir-se com a possibilidade de obter poder absoluto; aqueles que se opõe a esse projeto são vistos como rebeldes, e devem ser destruídos (Sl 2.1-3, 10-12; compare com Ap 13.4, 12, 15).
II – A CONFIANÇA DOS JOVENS HEBREUS (VV. 14-23)
Hananias, Misael e Azarias são denunciados por não adorarem aos deuses de Nabucodonosor nem à sua estátua de ouro, o que desperta o furor de um rei que, pouco antes, havia confessado, ainda que não por sincera convicção, que o Deus dos hebreus é Deus dos deuses e Senhor dos reis.
Admitindo a possibilidade de que os jovens não haviam desobedecido ao mandado real conscientemente, ele lhes dá uma segunda chance de se curvarem e mostrarem que não se opunham ao seu projeto de poder.
Mas, sabendo tratar-se de indivíduos do mesmo povo de onde procedia Daniel, cujo Deus era aquele contra o qual o rei dirigia a sua afronta, este acrescenta: “mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente.
E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?”. São palavras de homens iludidos pelo domínio que exercem sobre os seus semelhantes, ignorando que o poder de Deus pode se manifestar de forma mais real e eficaz do que jamais poderiam imaginar (cf. Ex 5.1-2; 9.13, 14, 23-24, 27-28; 2 Rs 18.28-30; 19.35-37).
A resposta dos jovens revela, em primeiro lugar, que eles se rebelaram, não contra o poder real, mas contra a arbitrariedade daquela ordem e o desafio que representava à sua obediência e fidelidade para com Deus (cf. At 5.29).
A expressão: “Não necessitamos de te responder sobre este negócio” indica a grande confiança deles de que aquele era um momento de prova, onde o que estava em jogo não era argumentar com o rei, mas testemunhar que, seja qual fosse o desfecho da situação, Deus permaneceria todo-poderoso e soberano, e nada que o rei fizesse mudaria este fato.
Deus tanto poderia livra-los da destruição iminente como poderia não querer intervir na história, mas isso não O diminuiria em nada, nem mudaria quem Ele é.
Eis a razão pela qual os jovens se mostram inegociáveis em sua posição: “E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”.
III – A FIDELIDADE DE DEUS PARA COM OS SEUS (VV. 24-30)
Os companheiros de Daniel foram lançados na fornalha de fogo, certamente; mas o livramento foi mais maravilhoso do que se tivesse vindo antes disso.
Se não tivesse vindo, Deus seria glorificado pela fidelidade dos Seus servos em preferir entregar seus corpos a servir ou adorar algum outro deus (v. 28; cf. Lc 12.4-5); mas a forma como tudo se resolveu é mais relevante para o tema de Daniel, pois é uma demonstração viva e palpável do controle e soberania de Deus sobre a história dos homens.
Para o assombro de Nabucodonosor, os jovens permaneciam intactos dentro da fornalha, vivos e de pé dentro do fogo, sem mostrar nenhum sinal de sofrimento.
E, como sinal divino, o rei pode ver junto deles o quarto homem – certamente um anjo de Deus, enviado para executar o livramento dos Seus servos (como ele mesmo interpreta).
Chamados para fora e examinados, todos os presentes constatam a perfeição do livramento divino – o que arranca da boca do rei nova expressão de reconhecimento ao Deus Altíssimo, e leva-o a baixar um decreto como que prestigiando o “Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego” acima dos outros deuses; mas bem sabemos que, se alguma lição foi aprendida (ao menos, o texto não volta a falar da estátua de ouro), Nabucodonosor ainda teria de lidar com a sua terrível soberba e presunção.
CONCLUSÃO
A lição principal desta aula é uma das mais essenciais da Escritura: Antes temer a Deus do que aos homens, ainda que isto custe a própria vida.
Contudo, na prática, muitos por bem menos abrem mão do que é devido a Deus para agradar aos homens, esperando que somente serão provados neste mandamento quando o temor a Deus custar a sua própria vida.
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AUTORIA
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