013-A Doutrina sobre a santificação do crente [Pr Afonso Chaves]24mar2020



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LIÇÃO 13 
A SANTIFICAÇÃO DO CRENTE 

TEXTO ÁUREO: 
“Agora, contudo, vos reconciliou, no corpo da sua carne, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” (Cl 1.21-22). 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 1.13-25 

INTRODUÇÃO 
Nesta última lição do trimestre, estudaremos o tema da santificação. Não o faremos de forma abrangente e sistemática, mas trataremos do assunto à luz de aspectos ressaltados no estudo da epístola aos Colossenses, principalmente no que diz respeito à santificação imputada graças à obra do Senhor Jesus em favor do crente, e da santificação interior em oposição à aparência religiosa que muitos confundiam – e ainda hoje confundem – com a verdadeira santificação que Deus requer de nós. 

I – SANTIFICAÇÃO: A VONTADE DE DEUS 
 Fica evidente, pela leitura das epístolas apostólicas, nas suas diversas recomendações aos irmãos, tanto judeus como gentios, a importância da santificação dos crentes. 
Este é o princípio que embasa tanto a prática como o propósito último da vida cristã (cf. 1 Ts 4.3; Hb 12.14). Seja Paulo, Pedro, Tiago ou João, todos são unânimes em afirmar a santidade de Deus e a vontade divina de que o Seu povo – seja Israel no passado, ou a igreja no presente – seja igualmente santo, pois para isto Deus os chamou (Lv 20.26; 1 Pe 2.9; cf. Ef 1.4). 
Ser santo significa ser puro e limpo ou separado e isento do que é moralmente impuro e sujo (o pecado). 
Desde o princípio Deus quis ensinar Seu povo a diferenciar entre a condição moralmente corrupta do homem e da criação após a Queda, e a perfeição e excelência moral do Criador, nos termos de distinguir entre o santo e o profano (Lv 10.10; Ez 44.23). 
Mas é no concerto da lei que vamos encontrar um método sistemático de ensino estabelecido por Deus, na instituição de dias solenes e santos – como o sábado, a páscoa e o dia da expiação, que deveriam ser observados de acordo com o propósito divino, em distinção aos demais dias em que o povo podia buscar os seus próprios interesses (Ex 20.9-10; Lv 23); a distinção entre alimentos puros, que podiam ser comidos, e impuros, que deviam ser evitados (Lv 11.46- 47); condições do corpo humano (como a lepra e os fluxos) que lembravam o esvair da vida causado pelo pecado e a queda de nossos pais (Lv 14.54-57; 15.31-33); e até mesmo a delimitação de um local sagrado, um santuário, destinado ao culto divino e que era estritamente separado do território profano em redor (Ex 25.8).
Todos esses elementos da lei mosaica eram rudimentos físicos, terrenos e visíveis, mas adequados àquele estágio de desenvolvimento do povo de Deus (cf. Gl 3.23-25). 
Através das sombras do primeiro concerto, a igreja ainda na sua infância aprendeu que Deus é santo e que Ele quer que o Seu povo seja participante da Sua santidade (Lv 20.26; Dt 14.2) 
Então, na plenitude dos tempos, veio o Filho de Deus, instituindo um novo concerto e, através dele, uma melhor e mais completa revelação acerca da vontade de Deus, elevando a igreja à maturidade espiritual pela compreensão de que Deus busca a conformação do Seu povo à Sua santidade, não na aparência de ritos exteriores, mas em espírito e em verdade (Jo 1.17; 4.21-24). 
Para isto, o Senhor Jesus confirma a promessa do Espírito Santo, que seria dado aos fiéis de tal forma que habitaria neles, e, após cumprida em Pentecostes, o aprendizado e a participação na santidade divina torna-se uma experiência principalmente interior, operada eficazmente no coração do crente, ao mesmo tempo em que alcança e molda toda a sua maneira de viver, para a glória e santificação do nome do Senhor (Ez 36.27; Jo 14.16- 17; Mt 6.9). 

II – SANTIFICADOS EM CRISTO JESUS 
O Senhor Jesus, sendo a cabeça da igreja, aqu’Ele em quem se cumpre o propósito divino para com toda a criação, e em especial a igreja, é o autor e consumador da nossa santificação (Hb 2.11). 
Visto como o pecado não apenas separou o homem da perfeição moral do Deus santo, mas corrompeu o seu entendimento a ponto de que todos os seus pensamentos são continuamente maus e pecaminosos, o homem natural vive em um eterno estado de profanação; ele é intrinsecamente impuro, e todas as suas obras são imundas, profanas e desprezíveis ante a excelência da santidade divina (Mt 15.19; Is 64.6). 
O abismo entre a condição profana do homem e a santidade de Deus é tão grande e humanamente insuperável que, sob a sombra da lei, apesar de todos os métodos de purificação dados através de Moisés, nenhum deles era completo sem a execução de um sacrifício de sangue para santificar o profano pecador (Sl 49.6-9; Hb 9.18, 22). 
Ou seja, a santificação do pecador custava o preço de uma vida inocente. Por isso, através do Seu sacrifício na cruz do Calvário, conforme também aprendemos neste trimestre, o Senhor Jesus removeu de nós tanto a dívida como o jugo mental e espiritual que nos fazia escravos do pecado – as quais coisas eram a fonte da nossa contínua impureza – e assim nos purificou pela graça, pela fé (Cl 1.14, 19-22; Rm 3.25; At 15.9); e, imputando em nossa conta para com Deus o mérito da Sua perfeita justiça – isto é, a Sua perfeição moral, que é o aspecto positivo da santidade – nos restaurou à condição de santos, de modo que agora desfrutamos de verdadeira comunhão com o Pai, que se realizará plenamente no porvir, sem o temor de sermos consumidos pelo fogo da sua santidade (Hb 10.10, 14, 19-23). 

III – SANTIFICADOS NA OBEDIÊNCIA À VERDADE 
Compreendendo a santidade como uma operação do Espírito de Deus no coração do crente, que consiste na remissão dos pecados e na imputação da justiça de Cristo Jesus ao crente, podemos fazer uma aplicação correta desta obra da graça na vida prática. 
A verdadeira santidade começa, então, no interior, e nunca ao contrário, de fora para dentro. Primeiro, o Espírito de Deus conforma o coração e a consciência do fiel a esta realidade, dando-lhe a certeza de que seus pecados foram perdoados e de que ele está puro diante de Deus e apto para servi-l’O (Hb 9.13-14; Rm 6.5-10). 
Depois, “armado” com este poderoso incentivo, ele passa a considerar os feitos do velho homem que devem ser detestados e as virtudes da justiça que devem ser amadas e moldar seu entendimento (1 Pe 4.1-2; Rm 12.1-3; Cl 3.2-3; Ef 4.22-24). 
Naturalmente, a prática da santificação neste nível requer dedicação e sinceridade para com Deus, em oração, vigilância, meditação e reflexão sobre a Sua palavra (Mt 26.41; 1 Pe 5.8; Jo 17.17). Então, é a partir de uma mente santificada que o crente poderá se aplicar a um viver santificado, resistindo ao mal, ao pecado, em todas as suas formas e aparência; pois seu coração estará afeito e anelante pela palavra de Deus, bem disposto a demonstrar seu amor ao Senhor pela obediência à Sua palavra (Jo 14.15, 23-24), e indisposto a aborrecer àqu’Ele que invoca como Pai e perante o qual espera um dia encontrar-se face a face (1 Pe 1.17; 1 Jo 3.1-3); o andar no Espírito fluirá naturalmente, pois ele de fato vive no Espírito, nutrindo-se das coisas do Espírito, e não da carne (Rm 6.11-14; 8.1, 5-9; Gl 5.16- 25). 

CONCLUSÃO 
Que possamos ver a busca da santificação como a essência da vida cristã e nos aplicarmos a ela não como uma prática religiosa, como uma conformação a regras e costumes sobre o que podemos ou não fazer. Entendamos que esta é uma experiência interior, absolutamente necessária e desejada por todo aquele que verdadeiramente ama a Deus, e que somente a partir dela é que vamos compreender como devemos andar neste mundo de uma forma que agrade ao nosso Pai celestial.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
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