011-Um exemplo de amor cristão - A Filemom [Pr Afonso Chaves]10mar2020



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LIÇÃO 11 
UM EXEMPLO DE AMOR CRISTÃO 

TEXTO ÁUREO: 
“Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões ... torna a recebê-lo como ao meu coração” (Fm 10, 12).


LEITURA BÍBLICA: FILEMOM 1-12 

INTRODUÇÃO Na sequência ao estudo da epístola aos Colossenses, na aula de hoje estudaremos a que Paulo escreveu a seu irmão e amigo Filemom. Há uma relação entre estas duas missivas, não apenas em seus aspectos mais exteriores, como o tempo, a localidade e identidade de seus destinatários; mas também no seu conteúdo doutrinário e prático.
Os pensamentos que o apóstolo exprimiu na epístola anterior acerca da obra redentora de Cristo em nosso favor, das virtudes de uma nova vida, e particularmente do exercício do amor fraternal, estão latentes e são claramente perceptíveis na sua intercessão em favor do escravo Onésimo.
Assim, este que é o escrito mais breve de Paulo pode ser considerado uma demonstração real do quanto o apóstolo vivia a doutrina evangélica que ensinava. 

I – APRESENTAÇÃO DA EPÍSTOLA E DESTINATÁRIO (VV. 1-7) 
 A carta que agora estudamos contém um forte tom pessoal do seu autor, pois em parte busca no relacionamento fraternal particular que ele tinha com o seu destinatário, Filemom, os argumentos em favor do seu propósito definido. Mas também apresenta elementos formais, como a própria epístola aos Colossenses: foi escrita em conjunto com Timóteo; envia saudações não apenas a Filemom, mas também à igreja; assim como fala em nome de outros irmãos que o acompanhavam na prisão (vv. 23-24).
Mais de uma vez, ele se refere à sua prisão (vv. 1, 9, 10), embora ainda tivesse esperança de ser livrado (v. 22), de modo que ainda não está próximo ao fim do seu ministério (cf. 2 Tm 4.16-17). Por esta e outras circunstâncias que ainda destacaremos, podemos entender que Filemom foi escrita em conjunto, ou na sequência de Colossenses, sendo ambas remetidas na mesma ocasião.
O principal destinatário da carta é, como bem sabemos, Filemom, cristão que o apóstolo tem em grande estima, assim como outros também citados, a saber: Áfia e Arquipo, o qual abrigava a igreja em sua casa (v. 2). Mas é acerca do caráter e da obra de Filemom que Paulo trata de modo mais expresso, reconhecendo seu amor e fé em Cristo Jesus, exercitados no serviço em favor dos irmãos (v. 5-7).
Era, portanto, um homem que havia alcançado um lugar especial nas orações do apóstolo, quando este intercedia em favor da igreja em Colossos. Na sabedoria que Deus lhe havia concedido, ele lembra seu amado cooperador da graça que já havia operado através do seu trabalho, preparando-o para receber a sua solicitação em favor de Onésimo não como algo estranho ou inesperado, mas como uma oportunidade, talvez ainda não percebida, de exercer essa mesma graça; uma oportunidade de se aperfeiçoar “no conhecimento de todo o bem que em vós há por Cristo Jesus”.

II – A INTERCESSÃO DE PAULO EM FAVOR DE ONÉSIMO (VV. 8-21) 
Mesmo sendo conveniente aos princípios do evangelho aquilo que Paulo estava para propor a Filemom, ele prefere não se apoiar apenas neste argumento, e faz da sua solicitação não apenas uma recomendação apostólica, mas um apelo pessoal, de amigo para amigo, esperando ser atendido a partir da amizade e estima de Filemom pelo apóstolo.
Nesta consideração, ele poderia contar em ser atendido de forma mais ampla do que aquilo que pediria, de forma mais limitada (v. 21).
Não sabemos que circunstâncias levaram Onésimo, que era servo ou escravo de Filemom, a abandonar a casa de seu senhor e seguir até Roma, onde se encontrava o apóstolo.
Podemos entender, pelas palavras de Paulo, que o escravo pode ter cometido alguma falta, trazendo prejuízo material a Filemom: “E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta” (v. 18).
Comentamos ainda neste trimestre qual era a condição de um servo na Antiguidade; havia, portanto, motivos para Onésimo temer o castigo físico e até mesmo a morte, se o seu senhor assim o determinasse. Mas não há delongas sobre essas circunstâncias; o Espírito Santo quer chamar a atenção do leitor para o fato de que, a partir da situação angustiante em que esse escravo se encontrava quando veio até Paulo, abriu-se a porta da palavra, e ele conheceu o amor de Deus através tanto do ministério da palavra como da intercessão de Paulo em seu favor. Agora ele é considerado muito útil não só por cooperar com o apóstolo em seu ministério na prisão, mas também porque, voltando a Filemom, não deixaria de servilo na carne, mas, além disso, também o serviria no Senhor, cooperando no testemunho cristão em Colossos (v. 16).
Notemos ainda outro argumento de Paulo a fim de obter a plena aceitação de Filemom em favor de Onésimo: na ausência do amigo e cooperador, Paulo, sem nenhuma restrição, recebeu o escravo como o próprio senhor, uma vez que aquele era tanto cristão e muito útil no evangelho como era também este. Do mesmo modo, não deveria Filemom receber Onésimo na mesma condição, como compensação pela ausência do apóstolo?
É assim que Paulo quer que o escravo seja recebido: “torna a recebê-lo como às minhas entranhas”, “recebe-o como a mim mesmo”, e visto como uma grande benção que ele poderia ter aceitado em lugar de Filemom, mas ele mesmo não queria privar seu amigo de tão valioso benefício (v. 14-15).

III – CONSIDERAÇÕES FINAIS (VV. 22-25) 
Tendo concluído suas palavras de intercessão em favor de Onésimo, o apóstolo encerra rapidamente a epístola, expressando sua intenção de, caso fosse libertado da prisão, ir visitar os irmãos em Colossos. Não sabemos se isto chegou a acontecer, mas o apóstolo mais de uma vez expressou o seu desejo de conhecer e comunicar pessoalmente o evangelho às igrejas que ainda não conhecia, mas às quais se sentia obrigado, como apóstolo dos gentios, a confirmar a palavra de Deus através do evangelho que havia recebido do Senhor Jesus Cristo.
Por fim, consideramos ainda que a citação dos nomes daqueles que enviavam saudações a Filemom e aos demais destinatários da carta, por aparecerem também em Colossenses, confirma novamente a identidade e proximidade de composição de ambas as epístolas.

CONCLUSÃO
Filemom é uma aplicação prática das virtudes cristãs de amor e perdão de uns para com os outros. Não importa o que tenhamos feito ou sido no passado, o quão inútil tenhamos sido uns aos outros; agora devemos considerar o valor da graça de Deus em nossos corações, que nos torna muito úteis uns para com os outros, recomendando-nos o perdão, a misericórdia, a paciência e o amor que convém àqueles que, em Cristo Jesus, foram feitos irmãos, cooperadores e amigos.

PARA USO DO PROFESSOR.


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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