007-Evidências da nossa ressurreição com Cristo - Aos Colossenses [Pb Denilson Lemes]11fev2020


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LIÇÃO 7
EVIDÊNCIAS DA NOSSA RESSURREIÇÃO COM CRISTO

TEXTO ÁUREO:
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3.1).

LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 3.1-11

INTRODUÇÃO
A partir desta lição, passamos a estudar a segunda parte da epístola, onde o apóstolo faz uma aplicação mais prática dos ensinos desenvolvidos na seção anterior. 
É verdade que, desde a primeira lição, temos chamado a atenção para aspectos da doutrina então apresentada muito pertinentes a um viver mais espiritual e em harmonia com a verdade do evangelho; mas agora a vida cristã parece ser o foco principal, e a doutrina anteriormente estabelecida passa a ser o sólido fundamento sobre o qual o escritor inspirado assenta suas exortações e recomendações aos irmãos de Colossos.

I – RESSUSCITADOS COM CRISTO (VV. 1-4)
Paulo chega a duas conclusões a partir da verdade desenvolvida anteriormente, de que pela fé em Cristo Jesus somos feitos participantes da Sua morte e ressurreição. 
A primeira, estudada na lição anterior, é negativa, pois, mortos para a lei e para o mundo, não podemos ser julgados quanto às observâncias instituídas sob o primeiro pacto, tampouco buscar ou nos deixar subjugar por qualquer outra forma de rudimento religioso. 
A segunda, positiva, é de que, ressuscitados com Cristo, devemos buscar e pensar “nas coisas que são de cima”. 
E aqui temos a definição do que é a verdadeira vida espiritual para a qual todo o cristão foi chamado: não para buscar satisfação emocional nos paliativos oferecidos em práticas e formas religiosas exteriores (que Paulo já disse servirem apenas à satisfação da carne), nem para divagar ou esgotar sua mente em filosofias intricadas. 
Todas estas coisas podem ter o seu valor em algum contexto terreno, mas não como evidências de espiritualidade, de uma genuína união com Cristo. 
Buscar e pensar nas coisas que são de cima é uma exortação que nos faz lembrar de que, se podemos descansar sobre o fato de que tudo quanto nos era necessário para sermos aceitos por Deus já foi cumprido e aplicado a nós pela Sua graça, e nada há que possamos fazer para acrescentar a esta obra perfeita e eterna; ainda é necessário compreendê-la e viver, ou andar (como o apóstolo também já disse) de acordo com a excelência e verdade dessa obra – e isto requer o esforço da reflexão, do exercício e prática que aqui o apóstolo chama de buscar e pensar. 
Consideremos também que isto não significa deixar de pensar ou buscar coisas desta vida em absoluto. 
A melhor explicação das palavras de Paulo são as de nosso Senhor, que disse: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Significam, então, priorizar o reino de Deus, as coisas que foram dadas somente a nós, os que cremos, conhecer e fazer, pois são elas que nos dão o sentido e nos levam ao propósito final de nossa existência e, portanto, tudo o mais deve ser submetido a elas – inclusive as coisas terrenas. 
Certamente, pensar nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra também implica em uma renúncia, pois o homem natural acumula tesouros na terra e se preocupa com o dia de amanhã; “mas vós não sereis assim”, disse Jesus. Aquele que nasceu de novo, do alto, entende a transitoriedade e precariedade das coisas desta vida, e que por isso seus maiores esforços devem se voltar para lá, buscando, não realização e felicidade nesta terra, mas nas riquezas de glória pelas quais ele vive agora e que se manifestarão naquele dia, na vinda de Cristo.

II –MORTIFICADOS PARA O PECADO (VV. 5-7)
Aquele que ressuscitou com Cristo antes de tudo morreu para este mundo. Contudo, resta que sua existência, nos membros que estão sobre esta terra, seja conformada a essa realidade espiritual. 
E a evidência desta conformação é a mortificação da carne, ou das obras da carne (Rm 8.12, 13). 
Como Paulo acabou de refutar a idéia de uma santificação exterior, baseada em restrições quanto ao comer, beber, tocar, manusear, ele não poderia estar prescrevendo aqui nenhum tipo de prática nociva ao corpo humano, como mutilações ou formas carnais de restringir as ações do corpo. O problema não é a carne em si, mas o pecado, que procede do interior e instrumentaliza a carne para a sua realização (Mt 15.18-20; Tg 1.14, 15). 
Portanto, é no coração que ele tem que ser mortificado, resistindo-se e vencendo os seus avanços e tentativas de controlar a vontade, pela fé na morte de Cristo pelo pecado, para que este cessasse seu poder e domínio sobre nós (Rm 6.6-11; 1 Pe 4.1-2). 
Não quer dizer que não possamos mais ser tentados pelo mal, mas devemos confiar no senhorio de Cristo sobre nossas vidas, de modo que o poder do pecado jamais virá a ser maior do que a graça e o socorro de Deus em nosso favor (1 Co 10.13; Hb 4.15, 16). 
Se pecarmos, certamente será por negligência à constante exortação das Escrituras: “Vigiai e orai”, mas, mesmo assim, podemos contar com “um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1), pelo qual alcançamos graça para arrependimento e perdão, e assim não permanecer no pecado. 
Nas considerações seguintes, destacamos uma razão adicional para a mortificação da carne – Cristo nos salvou de um viver em que esses pecados, que operavam pelos membros de nosso corpo, dominavam sobre nós, tornando-nos filhos da desobediência, com as mais terríveis consequências para nossas vidas, pois por essas coisas vem a ira de Deus. 
Assim, aquele que já ressuscitou com Cristo prontamente reconhece a misericórdia de Deus demonstrada para consigo em salvá-lo desse caminho de condenação eterna e zelosamente combate contra o pecado, mortificando-o em seu coração.

III – VIVOS PARA DEUS (VV. 8-11)
Tendo mencionado o pecado nas diversas formas que assume ainda no coração (fornicação, impureza, afeição desordenada, vil concupiscência, avareza), quando já deve ser mortificado, o apóstolo passa aos atos que o exteriorizam: ira, cólera, malícia, maledicência, palavras torpes e mentira. 
Na linguagem que adota nestes versos, as obras pecaminosas são como uma roupa, que convém ao homem natural, pois manifestam o pecado que predomina em seu coração (cf. Mt 6.22; 12.34; Gl 5.19-21). 
Mas não convêm àquele que está em Cristo, pois n’Ele somos despidos da roupagem do velho homem, quando morremos para o mundo, e vestidos da roupagem do novo, quando ressuscitamos para Deus; e a roupa que caracteriza o novo homem consiste primariamente no entendimento renovado pela compreensão das coisas que são de cima (Rm 12.1-2), o que, por sua vez, leva à prática de feitos condizentes com a vontade de Deus, ou por um andar que, como diz o apóstolo em outro lugar, é “segundo o Espírito” (Gl 5.25). Encerramos esta lição considerando o último verso, onde Paulo enfatiza, mais uma vez, que esse despojamento do velho homem e revestimento do novo é uma obra espiritual, para a qual nada contribui a origem natural ou a adesão a este ou aquele rito, esta ou aquela cultura; pois tudo o que importa é Cristo, que agora é “tudo em todos” (cf. Gl 4.27-28).

CONCLUSÃO
A obra da nossa salvação e santificação é devida inteiramente à graça de Deus, mas isto não significa que nada temos a fazer; há evidências muito claras tanto de que morremos para o mundo como de que ressuscitamos com Cristo para uma vida de glória e exaltação espiritual, e pela ausência ou presença dessas evidências deveríamos sempre medir o nosso andar com Deus e questionar se nossa confissão é verdadeira ou não.

PARA USO DO PROFESSOR:


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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