013-Os sinais da Ressurreição - Evangelho do Apóstolo João - Lição 13[Pr Afonso Chaves]24set2019



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LIÇÃO 13 
OS SINAIS DA RESSURREIÇÃO 
TEXTO ÁUREO: 
“Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20.29) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 20.1-18 

INTRODUÇÃO 
Passada a agonia da paixão de nosso Senhor Jesus, que culminou com Sua crucificação e morte no Calvário, chegamos à Sua ressurreição – o momento em que começa a se cumprir a grande alegria de que Ele havia falado aos discípulos, que o mundo jamais poderia lhes tirar. O quarto evangelho dedica seus últimos capítulos a alguns eventos ocorridos durante esse momento final do ministério de Cristo, nunca perdendo de vista o propósito principal de João – apresentar os sinais da glória do Filho de Deus. 

I – JESUS APARECE A MARIA (20.1-18) 
Antes de tudo, considerando que seus leitores já conhecem os eventos principais da narrativa evangélica, João apenas vai destacar certos particulares que, como sinais da ressurreição de Cristo, causaram grande impacto sobre a fé dos discípulos. E ele começa com Maria, Pedro e o próprio João. Embora, pela narrativa dos outros evangelhos, a impressão causada pelo relato das mulheres acerca da ressurreição do Mestre tenha sido recebida com descrédito, aqui ele destaca que ambos os discípulos foram até o sepulcro e, mesmo não entendendo ao que se devia a ausência do corpo, o “outro discípulo” (João), “viu, e creu”. É interessante notar que a primeira testemunha da ressurreição é Maria – a mesma que, junto de Marta e outros judeus, havia testemunhado a ressurreição de Lázaro, um dos maiores sinais operados por Jesus durante o Seu ministério. E as circunstâncias envolvendo o presente relato não são muito diferentes daquelas relacionadas à ressurreição de Lázaro. Maria amava a Jesus, mas, como os demais discípulos, não compreendia a Escritura acerca da ressurreição e só podia lamentar o “sumiço” do corpo do Mestre – mostrando o mesmo cuidado que a havia levado a ungi-lo poucos dias atrás. Mesmo a visão dos anjos e do próprio Jesus não a convence do que estava acontecendo e, somente quando reconhece a voz do Senhor chamando-a pelo nome é que, surpresa, ela se vê diante do amado Mestre: “Raboni!” As palavras de Jesus dirigidas à Sua discípula e amiga não contêm nenhum mistério, como se Ele não pudesse mais ser tocado ou se relacionar com as pessoas deste mundo, por estar em um corpo glorificado (cf. Lc 24.39-43). “Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai” apenas significa que Ele precisava voltar para o Pai, pois a Sua obra neste mundo estava completa. O tempo da Sua glorificação já havia chegado, e, se ela havia começado na cruz, só se completaria quando o Filho estivesse novamente junto do Pai naquela glória que tinha com Ele antes de vir a este mundo – e, com isto, a alegria e glória dos próprios discípulos também se completaria, pois aqu’Ele para quem Jesus voltaria era, como disse: “meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (cf. Jo 14.28). 

II – JESUS APARECE PELA PRIMEIRA VEZ AOS DISCÍPULOS (20.19-29) 
Deixando este maravilhoso encontro entre Cristo e Maria, o evangelista descreve como foi a primeira aparição do Senhor em meio aos Seus discípulos. Ao invés de apontar as dificuldades que eles tiveram para crer no testemunho das mulheres, nos sinais testemunhados por Pedro e João e no relato dos discípulos que estavam a caminho de Emaús, ele apenas relata a grande alegria de que foram tomados quando Jesus simplesmente se apresentou entre eles, identificando-se pelas marcas da Sua morte e saudando-os amigavelmente: “Paz seja convosco” – o que, diante do medo e da tristeza que os abatia, trouxe grande refrigério aos seus corações: “De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor”. Mas, como já havia dito a Maria, o Senhor não podia permanecer mais neste mundo. Sua missão estava cumprida e agora era a vez destes homens que Ele havia escolhido do mundo prosseguirem a Sua obra: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. E isto eles fariam quando a promessa acerca do Espírito Santo se cumprisse, pois seriam investidos de autoridade para pregar o evangelho do reino – o que significava que “aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e aqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”. Anunciar o evangelho é o mesmo que proclamar aos homens o perdão dos seus pecados na expiação e redenção que havia sido completada na obra de Cristo Jesus. Na medida em que fossem limitados em sua missão, ou fossem rejeitados pelos homens, os pecados de muitos estariam sendo retidos (Lc 24.46-48). João ainda relata a manifestação particular de Cristo a Tomé, que estava ausente na Sua primeira aparição. A atitude deste discípulo ilustra a dificuldade do coração humano em aceitar o simples testemunho dos sinais, mesmo sem tê-los visto. Mas o propósito de João é precisamente nos ensinar que, mesmo não tendo sido testemunhas oculares do Evangelho, devemos aceitar ou crer no testemunho daqueles que o foram. E, de fato, a genuína fé independe do que os olhos veem, mas daquilo que crê o coração: “Porque viste Tomé, creste. Bem-aventurados os que não viram e creram”. Ao mesmo tempo, esta palavra é uma confirmação da autoridade e poder que havia sido delegado aos apóstolos, como fiéis testemunhas de Cristo ao mundo, e sobre cuja palavra nós também podemos crer como eles (Jo 17.20; 1 Jo 1.1-4). 

III – JESUS APARECE OUTRA VEZ AOS DISCÍPULOS (21.1-19) 
O último capítulo do quarto evangelho representa um epílogo, e começa apresentando um quadro onde parece que os discípulos sentem a vida voltando à “normalidade”, não tendo mais o Mestre para acompanhar, e ainda sem saber como ou o que fazer quanto a tudo o que Jesus lhes havia dito sobre a promessa a ser aguardada e a obra que deveriam realizar. Diante dessa incerteza, Pedro resolve fazer algo que sabia fazer – pescar, e leva outros discípulos consigo. A cena se desenvolve com uma terceira manifestação de Jesus, depois da ressurreição, onde o milagre da pesca maravilhosa é repetido e, através deste sinal, os discípulos são lembrados de que haviam sido chamados para serem “pescadores de homens” por toda a vida. Não que tivessem se esquecido do Senhor ou de tudo o que Ele havia lhes ensinado, mas precisavam ser despertados para esse fato, e a ausência do Senhor Jesus não os dispensava do seu chamado. Como já havia dito na Sua primeira aparição, o Senhor havia confiado a eles a salvação e o cuidado das almas, o que é expresso nesta última ocasião pelas palavras dirigidas a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”. E, antecipando, Jesus lhe revela que sua perseverança e fidelidade ao chamado do Evangelho seria tal que o apóstolo disporia da própria vida por amor a Deus: “E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus” (cf. 2 Pe 1.12- 15). 

CONCLUSÃO 
Encerrando esta série de estudos no Evangelho segundo João, certamente aprendemos mais sobre o caráter sublime de nosso Senhor Jesus Cristo e a glória e graça abundante de Deus que fluem através das Suas palavras e obras. Que possamos nos deslumbrar, alegrar e ser revigorados em nossa fé através de uma compreensão mais profunda e satisfatória de nosso bendito e amado Salvador!

PARA USO DO PROFESSOR




AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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