012-A oração sacerdotal de Jesus - Evangelho do Apóstolo João - Lição 12[Pr Afonso Chaves]17set2019


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LIÇÃO 12 
A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: 
“E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” (Jo 17.22)

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 17.1-8 

INTRODUÇÃO 
Aproximando-nos dos momentos cruciais relacionados à paixão de nosso Senhor Jesus, o quarto evangelho nos apresenta a oração feita por Cristo em favor dos Seus discípulos. 
As palavras desta oração, registradas somente no quarto evangelho, contêm revelações profundas a respeito do eterno propósito de Deus para a salvação do Seu povo e ensinamentos sobre os Seus interesses e cuidado pela segurança e unidade dos Seus discípulos em todo o tempo. 

I – JESUS ROGA PELA GLÓRIA DO PAI (VV. 1-8) 
Jesus está encerrando Suas orientações finais aos discípulos acerca de como devem se preocupar em obedecer aos Seus mandamentos, amando uns aos outros, para que, mesmo depois da Sua partida, eles pudessem continuar sendo Seus discípulos e permanecer na comunhão e no agrado tanto do Filho como do Pai. 
Agora, tendo completado todas as coisas, nada mais restando senão seguir o caminho que já estava traçado nos Seus sofrimentos e na Sua morte na cruz, o Senhor Jesus se dirige ao próprio Pai, o autor e consumador de todas as coisas, aqu’Ele para quem tudo e todos existiam, rogando para que o Seu eterno e sábio propósito se cumprisse. 
Em primeiro lugar, Jesus se apresenta diante do Pai como aquele que havia realizado toda a Sua vontade: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”. Esta vontade, como todo o teor do quarto evangelho se propôs revelar, era a salvação, ou a concessão da vida eterna a todos aqueles que o Pai havia escolhido desde a fundação do mundo e confiado aos cuidados de Seu Filho: “Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste” (Jo 6.39-40; Hb 10.9-10). 
Para isto, Jesus veio ao mundo e revelou a graça e glória de Deus através da Sua palavra, recebida e crida por todos esses homens e mulheres: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste”. 
Ao mesmo tempo, o Senhor roga ao Pai para que, considerando a perfeita obediência de Seu Filho, atentasse para Sua presente condição, o Seu afastamento do lar e da glória celestial, onde Ele desfrutava da gloriosa e suficiente comunhão com Deus. “Glorifica a teu Filho” é uma referência tanto à crucificação, pela qual Ele seria removido deste mundo, como também à Sua ressurreição e exaltação, pela qual seria arrebatado para o trono do Pai, onde seria glorificado, como Ele mesmo disse: “com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. 

II – JESUS ROGA PELA SEGURANÇA DOS SEUS DISCÍPULOS (VV. 9-17) 
Como havia amado os Seus até o fim, esta oração não poderia conter apenas uma petição pessoal de Cristo, mas seria também uma expressão do Seu cuidado e interesse pelo bem estar dos fieis em todos os tempos, para que pudessem se beneficiar plenamente do que Ele havia conquistado com a Sua obediência perfeita. 
E assim como a vontade de Deus havia sido realizada quando Cristo manifestou o nome de Seu Pai aos homens e mulheres que creram, do mesmo modo a glória do próprio Salvador, que era aquilo pelo que ele havia rogado no início desta oração, se realizaria plenamente se os fieis fossem preservados em segurança e unidade até o fim: “neles sou glorificado” (cf. 2 Ts 1.10-12). 
Enquanto esteve com os discípulos, Jesus era o seu Consolador e aquele que os preservava; de fato, a perseverança deles na palavra de Cristo era o sinal evidente de que haviam sido escolhidos do mundo e confiados aos cuidados do Salvador, que não permitiu que nenhum deles se perdesse, “senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse”. 
Contudo, tendo de voltar para o Pai, o Senhor não poderia mais cuidar deles do mesmo modo, e por isso, como vimos na lição anterior, haveria de rogar diretamente junto a Deus para que enviasse “outro Consolador” para estar com eles para sempre. 
Embora as Escrituras não expliquem como se deu ou quais foram as palavras que Jesus usou quando entrou na presença do Pai e rogou pela promessa do Espírito, podemos dizer que, sem dúvida, a oração que estamos estudando contém os argumentos dessa intercessão, pois o Consolador foi enviado justamente para confirmar a obra de Cristo nos corações dos crentes, tornando eficaz a graça de Deus em suas vidas, para que sejam guardados do mal e perseverem até o fim (Ef 1.13-14). Notemos ainda que a razão de Jesus interceder pela segurança dos Seus discípulos é que: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”, o que aponta para o discurso anterior, onde Cristo os avisa de que seriam perseguidos e odiados como Ele foi, pois haviam recebido a palavra de Deus – que é como luz que manifesta e se opõe às trevas da ignorância e do pecado do mundo (Jo 15.18-22). 
Sabiamente, portanto, o Senhor Jesus roga para que sejam preservados enquanto estão no mundo, pela mesma palavra que os havia santificado a princípio: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. 
Eles não deveriam partir agora como o Mestre, pois as obras de Deus ainda deviam ser realizadas, e muitos havia no mundo que por meio deles seriam também alcançados pela verdade. 

III – JESUS ROGA PELA UNIDADE DOS SEUS DISCÍPULOS (VV. 20-26) 
Não menos importante que a preservação dos discípulos em santidade era a missão que haveriam de realizar enquanto estivessem no mundo. 
Já estudamos também na lição anterior que através deles o Senhor continuaria operando de forma ainda mais gloriosa; aqui é enunciado o objetivo dessa obra: “aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim”. 
Jesus tinha em vista, nesta oração, não apenas aqueles crentes que estavam presentes ali com Ele, mas todos os fiéis que ainda haveriam de se converter e ser alcançados através da palavra. Aqui o Salvador pede ao Pai para que todos os crentes possam se identificar com Ele através da obediência a esta mesma palavra, cuja essência é “amarmos uns aos outros como Ele nos amou”. 
Somente assim seriam vistos como galhos verdadeiramente unidos e vivendo pela videira, que é Cristo (Jo 15.1-5). 
 É importante também considerar que essa unidade pela obediência à palavra, na prática do amor fraternal, serviria de testemunho perante o mundo: “Para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim” e que isto se cumpriu já nos primeiros dias após a ascensão de Jesus, quando “todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum” e “perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo” (At 2.46-47). 

CONCLUSÃO 
Mesmo no momento mais crítico do Seu ministério, quando haveria de enfrentar tanto sofrimento e até a morte sozinho, desamparado pelos que haviam estado com Ele desde o princípio, em uma oportunidade solene de se dirigir ao Pai, o Senhor não se esqueceu de nós, mas empregou junto ao Pai o Seu mérito conquistado pela obediência para interceder por nós e assegurar a nossa verdadeira alegria e o nosso eterno bem estar. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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