010-Crescendo na graça e... - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 10[Pr Afonso Chaves]04jun2019


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LIÇÃO 10: 
CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.20-21). 

LEITURA BÍBLICA: 2 PEDRO 1.1-21 

INTRODUÇÃO 
Hoje, iniciaremos o estudo na 2ª Carta do Apóstolo Pedro que tem o propósito de alertar os cristãos dos ensinos dos falsos mestres que estavam começando a infiltrar-se nas igrejas. 
Nesta lição, Pedro faz um chamado aos cristãos para crescerem e tornarem-se fortes em sua fé, a fim de detectarem e combaterem a crescente apostasia. 
Para isso, o apóstolo recomenda que os cristãos cresçam na graça e no conhecimento de Deus, atentem para a autenticidade da Palavra de Deus e lembrem-se da certeza do retorno do Senhor Jesus Cristo. 

I – BUSCANDO O PLENO CONHECIMENTO DE DEUS (VV. 1-7) 
As heresias surgem de maneira sutil na igreja e, geralmente, têm por base o conhecimento “distorcido” da doutrina de Cristo. 
É por essa razão, que nos versos 1 e 2, Pedro apresenta ideias que serão fundamentais para refutar os ensinamentos errôneos que ameaçavam o crescimento da igreja. 
Para combater os desvios, ele apresenta-se como “apóstolo de Jesus Cristo”, ele fala em nome de Cristo, que lhe conferiu autoridade para isso, e, portanto, espera que os leitores reconheçam que suas palavras são fiéis e verdadeiras, pois são provenientes do próprio Senhor Jesus Cristo. 
Pedro esclarece que seus leitores alcançaram uma “fé preciosa” (dom de Deus), ressalta ainda que a verdadeira salvação é pela “graça” e está fundamentada na “justiça de Deus” por intermédio do “Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 
O desejo do apóstolo é que eles abundem na “graça” e na “paz”, que são alcançadas pelo pleno “conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor” (Jo 5.39; 15.15). 
No verso 3, Pedro declara que Deus pelo seu poder “nos deu tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (At 4.8-12). 
Deus não nos concedeu apenas a salvação, mas também nos deu “grandíssimas e preciosas promessas”. 
Exorta os ouvintes e lembra-os que foram “gerados de novo” e, portanto, são “participantes da natureza divina”, e, ainda, que estão livres da corrupção que há no mundo. 
É por essas razões e certeza, que o cristão deve se manter fiel ao chamado divino e viver cada vez mais intensamente para a “glória de Deus”. 
Assim, tendo a natureza divina, os irmãos devem progredir para se chegar ao pleno conhecimento de Deus (vv. 5-7). 
É necessário acrescentar ao dom da fé a virtude (bondade), e à virtude, a ciência (conhecimento), e à ciência, a temperança (domínio próprio), e à temperança, a paciência (perseverança), e à paciência, a piedade, e à piedade, a fraternidade, e à fraternidade, o amor. Deus nos doou o Espírito Santo e, por sua atuação em nossa vida, somos habilitados a desenvolver todas as virtudes, pois Ele coloca à nossa disposição a sua Palavra, comunhão, sabedoria, seus mandamentos, a igreja e todas as promessas. Assim, cada vez mais, temos que nos identificar com o caráter e a pureza de Cristo. 
É esse o fruto que essas virtudes trarão a nós o conhecimento pleno de Cristo (2 Pe 3.18a). 

II – EXERCITANDO A FÉ EM CRISTO JESUS (VV. 8-11) 
O exercício da fé ocorre quando reunimos todas as ferramentas que Deus nos deu para o crescimento e as utilizamos para a Sua glória. O conhecimento de Cristo só será possível se vivermos totalmente n’Ele. 
À medida que crescemos na prática das virtudes de Cristo, entendemos as palavras de Paulo aos gálatas: “... e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivoa na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). 
Aquele que não se interessa por essas coisas, não cresce na comunhão com Deus e nem pretende mudar de atitude é cego(v. 9). 
Pedro não se refere a ímpios, mas aos crentes que não desenvolvem sua salvação e permanecem sempre fascinados com esse mundo, cultivando desejos e sentimentos íntimos pelos valores do mundo. 
Apenas afirmar crer na salvação não faz de ninguém uma pessoa salva. Não há salvação se a fé esta desassociada de uma vida de piedade e frutífera. 
Quanto mais desenvolvemos a nossa fé na prática da santidade, mais confirmação teremos que realmente somos “filhos de Deus” e estamos caminhando rumo ao “Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 
A entrada no Reino dos céus é uma benção que nos foi doada e não conquistada por nós. No entanto, devemos viver como se morar nos céus dependesse do nosso desempenho nesta vida. Nunca devemos nos dar por satisfeitos com o que já alcançamos (Fp 3.12). 
Firmando-nos na nossa vocação e progredindo nas virtudes por ele propostas, Pedro afirma que jamais tropeçaremos, não ficaremos ociosos e teremos ampla entrada no reino do Senhor Jesus. 

III – FIRMADOS NA PALAVRA DA VERDADE (VV. 12-21) 
Pedro havia recebido a revelação dado por Deus, de que sua morte estava próxima (v. 14). Isso, no entanto, não o desanimava para continuar fazendo a obra de Deus no tempo que lhe restava (1.15). Ao contrário, o encoraja a escrever à igreja e exortá-la para que se mantivesse fiel, mesmo diante dos mais severos desafios. 
Diante das ameaças das heresias, Pedro apresenta duas firmações feitas por Deus para fundamentar a veracidade das Escrituras e o quanto elas são confiáveis e infalíveis (vv. 16 e 21). 
Em momento de ataque a fé a igreja deve ser fortalecida pela exposição da verdade, mas para que isso aconteça é necessário confiar na verdade e não dar ouvidos “às fábulas”. Em 1 Pe 1.16-18, Pedro tem em mente “a vinda do Senhor Jesus” (a sua manifestação e seu ministério) não havia sido ensinada por meio de “fábulas artificialmente compostas”. 
Ele reconhece a engenhosidade dos pensamentos distorcidos e o incremento do perigo que eles podem trazer à igreja. 
Eles parecem convincentes para aqueles que não amadurecem no conhecimento bíblico e na fé no Senhor. A base de sua argumentação é o testemunho do próprio Deus confirmando a obra de Jesus Cristo: “Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido”. 
Ao dizer essas palavras, Deus endossava tudo o que Cristo Jesus era e estava realizando e toda a palavra proferida era digna de inteira aceitação. 
Paralela à voz de Deus, que confirmava a obra de Cristo, no verso 19, a palavra profética igualmente traz a pura doutrina de Deus para fundamentar a fé e a vida. 
Essa palavra deve ser recebida por nós em inteira aceitação, pois é a única fonte que nos informa tudo o que precisamos saber sobre o Salvador. Como “uma luz que alumia em lugar escuro”, a Palavra de Deus lança a luz da verdade, em meio a tanta escuridão. 
Além disso, Pedro compara a palavra profética como a luz, cujo alvo é o nosso coração. Por fim, ressalta que a fonte única de toda revelação é o próprio Deus, pois nenhuma profecia veio de interpretação pessoal dos próprios profetas, mas escreveram eles somente aquilo que o Espírito de Deus os inspirava a escrever. 

CONCLUSÃO 
Nesta aula aprendemos que é preciso a cada dia crescermos na graça e no pleno conhecimento de Deus, para isso, é preciso exercitarmos nossa fé cultivando o fruto do Espírito e estarmos firme na palavra da Verdade.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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