009-A doutrina sobre o Espírito Santo - Doutrina Lição 09[Pr Afonso Chaves]26fev2019



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LIÇÃO 9: 
A DOUTRINA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 16.1-14

INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas mencionam constantemente o Espírito Santo, ressaltando a sua presença e atuação em todas as manifestações e operações divinas, inclusive a nossa salvação.
Tanto que não é possível entender e aprecia-las corretamente, sem dar a devida importância ao que a Palavra de Deus nos ensina sobre a obra do Espírito.

I – O ESPÍRITO SANTO EM TEMPOS PASSADOS
1. Na Criação e Preservação do Mundo. 
Logo no primeiro momento da criação do mundo, somos informados da presença ativa do Espírito de Deus, que “se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2) daquela massa inerte e informe que era a terra, para dar-lhe abundância de vida e riqueza de ornamentos, ao longo da obra da criação (Jó 26.13; Sl 33.6).
Notemos que, no caso dos seres viventes, inclusive do homem, o princípio que os anima e lhes dá uma infinitude de reações, disposições e sentimentos é chamado propriamente de “espírito” (Gn 2.7; 7.22).
Assim, esse espírito é um dom de Deus a toda a criatura, e da sua manutenção depende a preservação da vida no mundo (Sl 104.27-30; Jó 12.0-10; Ec 12.1, 7).

2. Na Chamada de Israel. 
Embora seja o “Deus dos espíritos de toda a carne” (Nm 27.16), todos os homens sendo beneficiários do espírito como princípio de vida, foi especialmente a Israel que Deus deu o Seu bom Espírito (Ne 9.20).
Isto Ele fez, primeiramente, levantando sacerdotes, juízes e reis para que liderassem o Seu povo com poder, autoridade, sabedoria e juízo, de acordo com a Sua vontade (Dt 34.9; Jz 3.9-11; 1 Sm 16.13); em alguns casos, essa capacitação era acompanhada de grandes demonstrações de força e poder sobrenaturais, ou de revelação de coisas ocultas (Gn 41.15-16, 38; Ex 8.16-19; Dn 4.8-9).
Mas é através da profecia que o Espírito operou mais abundantemente em Israel, inspirando visões, sonhos, parábolas e palavras de sabedoria, conselho e louvor a Deus (2 Pe 1.20-21; 2 Sm 23.2).
Por isso todo pecado que Israel cometia, rejeitando a bondade de Deus comunicada através de tantos dons, era uma ofensa contra o próprio Espírito (Is 63.10; At 7.51).

II – A PROMESSA DO ESPÍRITO
1. Anunciada na Profecia.
Mesmo com um testemunho tão evidente da obra do Espírito no meio de Israel, o propósito de Deus ainda não havia sido alcançado naquela dispensação e, conforme anunciado nas profecias, era que todo o Seu povo participasse de uma experiência espiritual mais profunda (Nm 11.24-29).
Essa experiência é prometida sob os termos de um abundante derramar do Seu Espírito sobre toda a carne, manifestando-se não apenas em sinais e prodígios exteriores, mas na conversão a Deus e eterna salvação dos pecadores (Jl 2.28-32; Is 44.3; Ez 36.25-27).
E, conforme explica o apóstolo Paulo, o fato de que esta promessa já havia sido feita a Abraão tanto a relaciona com a vinda de Cristo – a descendência de Abraão – como também a estende a judeus e gentios (Gl 3.8-9, 13-14).

2. Confirmada por Cristo. 
A fim de que a promessa do Espírito fosse cumprida em e por meio de Cristo, Deus fez de Seu Filho a mais perfeita habitação e instrumento da plenitude do Seu Espírito, desde a Sua concepção, no ventre da virgem, até a Sua ressurreição e exaltação nos céus (Jo 3.34; Is 11.1; 61.1; Lc 4.16-21).
Por isso, Ele era anunciado por João Batista especialmente como aqu’Ele que podia, somente Ele, batizar com o Espírito (Mt 3.11) – isto é, que tinha poder para salvar perfeita e eternamente o Seu povo.
Seu ministério é o testemunho mais insofismável disto, pois aí Ele demonstrou abundantemente a virtude do Espírito Santo, tanto em obras poderosas como em palavras de graça e sabedoria (At 10.36-38).
E assim, Jesus animou Seus discípulos a buscarem e esperarem pelo cumprimento da promessa – do que Ele mesmo se encarregaria, tão logo voltasse para o Pai (Jo 7.37-39; At 1.4-8).

3. Cumprida em Pentecostes.
A relação da festa de Pentecostes com o cumprimento da promessa do Espírito não é fortuita; assim como não é a da Páscoa com o sacrifício de Cristo na cruz.
Celebrada após a contagem de cinquenta dias desde a apresentação a Deus das primícias da colheita, no último dia era realizada nova oferta, desta vez representando o restante (cf. Lv 23.10-16).
Do mesmo modo, depois de morto e sepultado, Cristo ressuscitou como as primícias dos que dormem e tornou-se o penhor da nossa salvação; e esta salvação foi confirmada nos discípulos pelo derramamento do Espírito no dia de Pentecostes (At 2.1-4, 14-21, 32-38).

III – O ESPÍRITO SOB O NOVO CONCERTO
1. O Espírito de Cristo. 
O Senhor Jesus muito ensinou sobre a obra do Espírito, particularmente em suas últimas orientações aos discípulos (Jo 14 a 16).
Ele se referiu ao Espírito como outro Consolador porque o próprio Jesus os consolava, enquanto esteve com eles em carne; mas, depois que voltasse para o Pai, o Espírito viria para ficar com eles para sempre.
Também o chama de Espírito de verdade porque, assim como os discípulos haviam aprendido com Cristo, quando viesse, o Espírito também lhes ensinaria todas as coisas (vv. 16-17, 25-26).
De fato, seu ministério de ensino seria ampliado, convencendo o mundo do pecado, da justiça e do juízo, e revelando aos discípulos a glória de Cristo após a Sua exaltação (16.8-13).
Mas, na realidade, o Consolador é o espírito do próprio Cristo – é Ele mesmo voltando para os Seus discípulos, não em carne, mas em virtude; não para habitar com eles, mas para estar neles (14.18, 23; 16.14-16).

2. O Dom de Deus. 
Sob o Novo Concerto, o Espírito é concedido de forma liberal e gratuita a todo aquele que é chamado e crê no Evangelho (At 2.38-39; 8.14-17; 10.44-47; 19.1-7; Gl 3.5).
É obra do Espírito Santo tanto a regeneração, justificação e santificação – ou seja, o princípio da nossa salvação (1 Co 6.11; Tt 3.5; 1 Pe 1.2), como também a graça necessária para servirmos a Deus em mortificação e obediência – o viver e andar no Espírito (Rm 8.1, 9-10, 13-14; Gl 4.16-18, 22).
Assim, o Espírito é considerado o selo, ou penhor da nossa herança nos céus (Ef 1.13-14; 2 Co 5.5), e por isso também o Novo Concerto é chamado de ministério do espírito, em contraste com o antigo, onde a glória era exterior e não transformava os participantes; ao passo que, no novo, o Espírito comunica vida ao que crê, transformando-o na imagem do Senhor (2 Co 3.7, 8, 18).
Ainda teremos oportunidade de estudar, em uma próxima lição, a capacitação que o Espírito dá a cada cristão, na forma de dons espirituais, para testemunho e edificação mútua na igreja.
Mas consideremos ainda que, não diferente do primeiro, se rejeitarmos o apelo da graça sob este concerto do Espírito, faremos agravo direto a ele, e nos tornaremos dignos de muito maior castigo do que aquele que sofreram os que entristeceram o Espírito no passado (Hb 3.7-10; 10.29; Ef 4.30).

CONCLUSÃO
A obra do Espírito Santo é um mistério que a mente carnal não pode compreender, mas que aprouve a Deus revelar-nos; e para isto Ele nos deu desse mesmo Espírito para que não apenas entendamos as coisas de Deus, mas as experimentemos como uma realidade muito certa e firme em nossas próprias vidas.

PARA O PROFESSOR: 
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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