006-A doutrina sobre Cristo - Doutrina Lição 06[Pr Afonso Chaves]05fev2019

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LIÇÃO 6: 
A DOUTRINA SOBRE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1.3). 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-14 

INTRODUÇÃO 
Chegamos agora ao tema central e mais importante de toda a doutrina bíblica, ao grande ápice de toda a verdade revelada nas Escrituras Sagradas: Jesus Cristo, o Unigênito Filho de Deus. 
É de absoluta necessidade para a salvação não apenas confessar, mas conhecer a Sua bendita pessoa, a Sua obra perfeita e a glória incomparável dos Seus ofícios. 
Ele é a fonte abundante e inesgotável de onde precisamos beber para conhecermos mais acerca de Deus, de nós mesmos e da Sua grande salvação. 

I – A PESSOA DE CRISTO 
1. JESUS é o Cristo. A primeira e maior parte das Escrituras Sagradas (isto é, o Antigo Testamento) trata de como Deus preparou a humanidade e, em particular, os filhos de Israel, para a vinda de um ungido (no hebraico, Messias; no grego, Cristo), que operaria a Sua salvação. 
Através da profecia, Deus revelou cada vez mais detalhes sobre o caráter e obra deste Salvador, que livraria tanto judeus como gentios da opressão e os colocaria novamente em paz com Deus. Já a segunda parte das Escrituras (o Novo Testamento) proclama que este Salvador já veio, e que ele é JESUS, O NAZARENO. 
Pois tudo o que estava escrito acerca do Cristo cumpriu-se plena e unicamente neste homem, conforme o poderoso e inequívoco testemunho que Ele deixou através de Sua vida (Jo 20.30-31; Lc 24.44). 
Em Seu favor testificaram homens e mulheres de Deus, multidões que O seguiram; até mesmo Seus inimigos; os anjos; e, mais importante do que todos estes, o próprio Deus (Mt 3.17; 17.1-5). 
2. Ele é o FILHO DE DEUS. À luz da revelação divina, devemos confessar Jesus não apenas como o Cristo prometido, mas também como o Filho de Deus (Mt 16.15-17; Jo 20.31). Enquanto o primeiro título revela a comissão de nosso Salvador, o segundo expressa a Sua divindade. 
Significa que Cristo é igual e um com o Pai (Jo 1.1; 5.18; 10.30-33). É verdade que todo aquele em quem habita o Espírito de Deus é Seu filho, mas Cristo é o Filho unigênito, porque somente n’Ele habita a plenitude da divindade, e somente Ele reflete a imagem exata e gloriosa do Pai (Jo 1.14, 18; 14.7-11; Cl 1.15-19; Hb 1.3, 5, 9; Rm 8.14-15, 29). Há uma comunhão de identidade perfeita entre Ambos, de tal modo que o Filho se sujeita em total obediência à vontade do Pai, não fazendo nada de Si mesmo; enquanto o Pai entrega todas as coisas ao Filho, operando por meio d’Ele a Sua vontade, e assim glorificando-O com a Sua própria glória junto de Si mesmo (Jo 3.35; 4.34; 5.19-23; 12.27-28; 17.5). 
3. Ele é o FILHO DO HOMEM. Na mesma medida em que o título Filho de Deus aponta para a relação íntima de Cristo Jesus com Deus, Filho do Homem é o que o aproxima de nós – do Seu povo, em particular. Cristo se manifestou ao mundo vindo em carne, tendo nascido de mulher, sob a lei, do povo de Israel, da linhagem de Davi (Gl 4.4; Rm 1.2-3). 
Ora, todas as promessas de salvação haviam sido depositadas sobre um que seria a semente da mulher, descendência de Abraão, Filho de Davi e o Filho do Homem (Gn 3.15; Gl 3.16; Lc 1.68-69; Dn 7.13-14; Mt 26.63-64). E, como já consideramos mais de uma vez em lições anteriores, o Cristo deveria ser o novo homem, no qual tudo o que a humanidade perdeu pela queda de Adão – e, na verdade, muito mais do que foi perdido – devia ser restaurado através da Sua obediência e justiça para aqueles que se unissem a Ele pela fé. 

II – A OBRA DE CRISTO 
1. Sua Encarnação. Concebido de modo sobrenatural no ventre de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.18-23; Lc 1.30-35), o Filho de Deus se fez participante da nossa carne e sangue para que pudesse vencer a tentação e morrer em nosso lugar (Hb 2.9, 14, 16-18). 
Contudo, em momento algum Ele deixou de ser o Filho do Altíssimo, cujo Ser glorioso, santo e cheio de graça e de verdade não poderia ser contaminado pelo mal (Hb 4.15; 1 Pe 2.22). Jesus podia sentir fome, sede, cansaço, dor e angústia; mas também podia perdoar pecados, sondar os pensamentos e intenções do coração, exercer autoridade sobre as forças da natureza, sobre os demônios, sobre as doenças e até a morte; era assistido e servido pelos anjos; e recebia adoração dos Seus discípulos. 
2. Seu Ministério. Durante os três anos finais de Sua vida terrena, Jesus se manifestou ao mundo como o Cristo, o Salvador, através do Seu ministério de pregação, ensino e cura (Mt 4.23). A muitos Ele salvou, ora curando de suas enfermidades e da opressão do diabo; ora libertando e trazendo de volta ao aprisco do reino dos céus os que estavam perdidos no pecado e nas trevas da ignorância (Mt 8.16-17; Lc 4.17-19; 19.10). 
Todas as Suas obras e palavras tinham o propósito de gerar nos corações fé em Deus e no seu Cristo, na certeza de que n’Ele Deus havia feito provisão para a vida eterna dos que cressem (Jo 4.13-14; 6.26-27; 17.3, 6-8). 
3. Sua Morte e Ressurreição. Cada passo da vida de Cristo apontava para o momento derradeiro dos Seus sofrimentos e da Sua morte, pois esta era a vontade de Deus, que Ele desse a Sua vida em resgate de muitos (Is 53.6-8; Mt 20.28). Por isso, a Seu tempo, em obediência à vontade do Pai, Jesus entregou voluntariamente a Sua vida, até o último fôlego, na cruz do Calvário, assim consumando a obra da nossa salvação (Mt 26.39; Jo 10.17-18; 12.27; 19.30). 
Uma vez sepultado, ali permaneceu apenas três dias, pois Deus O ressuscitou em poder e glória, declarando a Sua justiça, santidade e a aceitação do Seu sacrifício em nosso lugar (Rm 1.4; At 2.22-24; 13.32-39). 
Deste modo, ao mesmo tempo em que a cruz representa o extremo da humilhação de nosso Salvador, ela também é o princípio da Sua exaltação, pois assim convinha que Ele entrasse em Sua glória (Mt 16.21; Fp 2.5-11). 

III – A GLÓRIA DE CRISTO 
1. Seu Reinado e Senhorio. Através da Sua ressurreição e ascensão aos céus, Cristo foi entronizado à destra de Deus como Senhor e Rei de toda a criação, tanto visível como invisível (Mt 28.18-20; At 2.32-36; Ap 5.5-8). 
Isto significa que todas as coisas, que já são Suas por direito de criação, agora devem se submeter à reconciliação com Deus através da Sua morte, sendo novamente congregadas sob o domínio soberano de Seu Filho (Cl 1.15-20; Ef 1.20-23); ou serão por destruídas por Deus, por se oporem àqu’Ele que foi ungido Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Co 15.24-26; Sl 2; Ap 19.11, 16). 
Inerente ao Seu reinado e senhorio é o Seu poder de julgar, salvando ou condenando – o que Ele fará propriamente no último dia – pelo que é também chamado de Juiz dos vivos e dos mortos (Jo 5.22-24; At 17.31; 2 Co 5.10). 
2. Seu Sacerdócio e Mediação. Outro aspecto da glória que Cristo recebeu do Pai pela Sua obediência na cruz é o ofício sacerdotal que Ele agora exerce em nosso favor nos céus (Hb 3.1). Tendo oferecido uma oblação (“oferta”) perfeita na Sua morte, através da ressurreição Deus tanto aceitou o Seu sacrifício como também O constituiu como o próprio sacerdote que entraria em Sua santíssima presença para interceder pela nossa salvação (Hb 4.14-16; 7.22-25). 
Ele é verdadeiramente o único Mediador entre Deus e os homens, o único que pode nos representar junto a Deus e alcançar graça para nós, pois reúne em Si mesmo tanto a nossa humanidade (como convinha a um sacerdote), quanto a plenitude da divindade (1 Tm 2.5-6). 

CONCLUSÃO 
Nunca seremos capazes de compreender a profundidade do amor, poder, sabedoria e muitas outras excelências de Deus manifestadas em Cristo Jesus. Mas, confessando que Ele é tudo para nós, busquemos n’Ele toda a nossa felicidade, satisfação e deleite, no conhecimento da Sua pessoa, seguindo as Suas pisadas, na firme esperança de que um dia O veremos face a face, e seremos como Ele é.

PARA USO DO PROFESSOR
  
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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