011-A mensagem de João Batista às famílias - Malaquias Lição 11 [Pr Afonso Chaves]11dez2018



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LIÇÃO 11: 
A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA ÀS FAMÍLIAS 

TEXTO ÁUREO: 
Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4.5-6) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-4 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição, examinaremos a última predição do profeta Malaquias acerca da obra de Deus no meio do Seu povo. O entendimento do teor desta profecia nos auxiliará a compreender a estima do Senhor por um dos Seus projetos mais maravilhosos: a família. Portanto, estejamos atentos para absorver ao máximo os princípios abordados neste estudo, a fim de obtermos uma edificação consistente. 

I – JOÃO BATISTA, O ELIAS QUE HAVIA DE VIR (ML 4.5) Novamente, Malaquias prediz a vinda de um mensageiro incumbido de preparar o caminho do Senhor. Agora, o profeta dá mais detalhes acerca do ministério deste importante mensageiro. Primeiramente, ele é descrito como o “profeta Elias”, cuja a vinda precederia o grande e terrível dia do Senhor. Podemos afirmar categoricamente que este profeta é João Batista, porque o próprio Jesus Cristo fez esta identificação, a fim de esclarecer Seus discípulos sobre a identidade e propósito de João (Mt 11.14). A razão pela qual Malaquias utilizou a figura de Elias para descrever a pessoa de João provavelmente está ligada à similaridade dos ministérios de ambos. As semelhanças entre Elias e João não se limitaram ao estilo em que se vestiam, porquanto ambos enfrentaram a dureza do coração dos israelitas e, para isso, foram poderosamente revestidos com o poder de Deus para conduzirem os israelitas ao arrependimento e à conversão a Deus. Elias e João Batista foram profetas intensamente consagrados à defesa da causa de Deus na terra e cumpriram seus ministérios embasados no poder sobrenatural do Espírito Santo (Zc 4.6). Embora João não tenha clamado para cair fogo dos céus sobre um altar de holocausto, sua pregação lançava fogo sobre os corações dos seus ouvintes para convencê-los de pecado. Pessoas de diferentes camadas da sociedade arrependiam-se e batizavam-se nas águas do Jordão, em testemunho da sinceridade da transformação ocorrida em seus corações pelo poder da mensagem de João Batista (Lc 3.1-18). Outra similaridade do ministério de ambos os profetas é o fato de não terem constituído família. A missão deles exigia um compromisso total com a causa de Deus, portanto, a abstenção do casamento certamente era necessária para lhes conceder maior liberdade na atuação ministerial (1 Co 7.32-38). Não podemos nos esquecer da maneira como Elias e João ouviam a voz de Deus e O obedeciam em tudo, independentemente dos custos envolvidos (1 Rs 18.1-2; Jo 1.29-34). Por certo, a unção e a obediência foram fatores preponderantes para assegurar o êxito desses profetas de Deus (At 5.29-32). Sem dúvida alguma, Elias e João Batista são modelos de sucesso ministerial que nos inspiram a sermos cheios do Espírito Santo para obedecermos em tudo ao Senhor. 

II – O ARREPENDIMENTO E A CURA DOS CORAÇÕES FERIDOS (ML 4.6) 
No versículo em análise neste tópico, temos a descrição profética de um objetivo específico do ministério de João Batista: converter os corações dos pais aos filhos e os corações dos filhos aos pais. Alguém pode achar um tanto estranha esta declaração porque, afinal de contas, o trabalho de um profeta não deveria ser basicamente o de converter pecadores a Deus? Agora Malaquias diz que o trabalho de João Batista como profeta envolvia a restauração do relacionamento entre pais e filhos, com o objetivo de preparar o caminho do Messias e livrar a terra de ser ferida com grande maldição. Outra questão pertinente é a seguinte: como uma mensagem severa de arrependimento poderia trazer cura para corações feridos e amargurados? Embora as Sagradas Escrituras não ofereçam um registro específico das mensagens de João Batista proferidas com o propósito de tratar as relações entre pais e filhos, podemos deduzir pela lógica como a sua mensagem alcançou esse objetivo. Provavelmente o orgulho religioso vigente na cultura judaica nos dias de João Batista tornava a relação de pais e filhos um tanto ríspida e opressiva. O excesso de rigor por parte de pais orgulhosos e hipócritas oprimia e feria os filhos, os quais, por sua vez, não se sujeitavam de bom grado aos seus pais. Ainda por parte dos pais, não havendo o compromisso de servirem a Deus, naturalmente davam mau exemplo, não ensinando seus filhos no caminho de Deus (Gn 18.17-19). A restauração da relação entre pais e filhos torna-se uma realidade somente quando ambos reconhecem e arrependem-se de seus pecados. Seja o pai, por ser opressor, ou os filhos, por serem rebeldes e obstinados, o arrependimento é o caminho para cura e restauração. Corações arrependidos pedem perdão e perdoam, para garantir a paz e a comunhão (Lc 3.7-14). Podemos ter por certo que muitos pais se voltaram para seus filhos, bem como muitos filhos se voltaram para seus pais, como efeito da pregação de João Batista. Mas no que esta obra de restauração afetou os judeus, no tocante à recepção do Messias? A reposta é simples: visto que Jesus veio trazer a revelação do Senhor como Pai, os jovens daquela geração não poderiam ter em mente o conceito de um pai hipócrita e carrasco, mas sim de um pai compassivo e misericordioso. O conceito de um mau pai aqui na terra poderia atrapalhar o vislumbre do Pai celestial como alguém bom e amoroso de fato. Portanto, o trabalho de João Batista de converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais foi fundamental para preparar o caminho do Senhor.

III – A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA PARA AS FAMÍLIAS CONTEMPORÂNEAS (EF 6.1-4) Atualmente temos uma grande necessidade de mensagens focadas em produzir arrependimento, a fim de trazer cura e restauração nos relacionamentos familiares. Embora vivamos em tempos diferentes daquele do profeta João Batista, os problemas causados pelo orgulho humano são praticamente os mesmos, especialmente em se tratando de conflitos familiares. Muitos filhos de cristãos desenvolveram uma verdadeira aversão ao cristianismo, em função do orgulho e legalismo religioso praticado por seus pais. Nada é mais prejudicial para a construção da fé em crianças e jovens do que a ausência de verdadeira piedade por parte de pais que professam a fé em Jesus Cristo (Cl 3.18-22). A saúde nos relacionamentos familiares é restaurada principalmente pela pregação comprometida com a fiel exposição das doutrinas bíblicas que glorificam a Deus e forjam um caráter santo. Existem muitos pais cristãos que precisam humildemente reconhecer os erros cometidos ao longo do processo educacional de seus filhos, bem como muitos filhos de cristãos que precisam humildemente reconhecer a rebelião e obstinação de seus corações, para que haja uma verdadeira restauração dos laços afetivos e da espiritualidade autêntica. O amor é a essência do Evangelho de Jesus Cristo e, por esta razão, é poderoso para nos reconciliar eternamente com nosso Pai Celestial e curar nossos relacionamentos feridos, porquanto aquele que é nascido de Deus não aborrece o seu semelhante (1 Jo 3.14-16; 4.7-12). 

CONCLUSÃO 
A árdua tarefa do profeta João Batista de converter os israelitas ao Senhor envolvia também o desafio de converter os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Sua severa mensagem de arrependimento proporcionou cura e restauração a muitos relacionamentos familiares que se encontravam destruídos. Da mesma forma, nossa geração precisa ser confrontada, no tocante às suas falhas no trato familiar, para que o Evangelho resplandeça com máxima intensidade nos corações de pais e filhos.

PARA USO DO PROFESSOR



AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova



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