010-O prenúncio do juízo vindouro = Malaquias Lição 10 [Pr Afonso Chaves] 04dez2018
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LIÇÃO 10:
O PRENÚNCIO DO JUÍZO VINDOURO
TEXTO ÁUREO:
“Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” (Ml 4.1)
LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 4.1-4
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos sobre o contentamento do Senhor com aqueles que temem o Seu santo Nome. Hoje, vamos avançar em nossa meditação sobre as profecias de Malaquias a fim de compreendermos sua predição acerca do juízo vindouro. A compreensão desta profecia é útil para alertar os rebeldes e obstinados acerca da prestação de contas inevitável do tribunal de Cristo, bem como para alimentar nos crentes a esperança pela redenção eterna.
I – PROFECIAS SOBRE O JUÍZO FINAL (V. 1)
Profecias sobre o Juízo de Deus não são exclusividade do ministério de João Batista, porquanto outros profetas que o antecederam também alertaram os israelitas acerca deste mesmo fato (Is 51.5-8; Jr 25.29-31; Ez 33.12-19). Com isso, temos maior certeza do cumprimento de tal juízo, visto que diferentes profetas atestaram sua realidade. Considerar a doutrina do Juízo Final à luz das Sagradas Escrituras é essencial para o bom entendimento do plano divino para a salvação da humanidade e para escaparmos de muitas distorções feitas por teólogos acerca desta doutrina tão importante. A fidelidade de Deus com relação ao cumprimento do Juízo Final foi prenunciada pelos profetas e confirmada por Jesus e pelos apóstolos (Mt 25.31-34; 2 Co 5.10; 2 Pe 3.7-11). O prenuncio do Juízo Final segundo a profecia de Malaquias foi uma ótima resposta às murmurações dos israelitas que questionavam a efetividade do Juízo de Deus sobre os ímpios. E não somente isso, mas também um confronto tremendo para os israelitas cuja piedade era leviana e desqualificada. Qualquer israelita sensato, diante de tal profecia, deveria entender as implicações práticas deste terrível Juízo Final, e temer e tremer pela sua consumação. Sabendo que a mera alegação de pertencer à linhagem de Abraão é insuficiente para justificar quem quer que seja, a audiência de Malaquias deveria contristar-se diante do trono do Todo-Poderoso, abandonar seus maus caminhos e invoca-Lo por misericórdia. Todavia, por certo, muitos naquela época não fizeram caso da autenticidade desta profecia e endureceram seus corações pelo engano do pecado, assim como muitos fazem em nossos dias. Não podemos confiar na fidelidade de Deus somente no que tange ao cumprimento de Suas promessas positivas (bênçãos, redenção, livramento, provisão, cura, etc.), mas também precisamos ter por certa Sua fidelidade em cumprir Suas promessas de castigo e condenação. Malaquias, inspirado pelo Espírito Santo, assegura o justo juízo de Deus sobre os ímpios que aparentemente ficaram impunes aqui na terra. Portanto, nunca podemos perder de vista tanto a bondade como a severidade de Deus (Rm 2.5-11; 11.22).
II – A RECOMPENSA DAQUELES QUE TEMEM AO SENHOR (VV. 2-4)
Enquanto Malaquias assegura a destruição dos ímpios no Juízo Final, ele também assegura a recompensa daqueles cujos corações temem ao Senhor. Para estes, a justiça e a salvação nascerão como o sol em vívido resplendor, iluminando-os eternamente. Os justos frequentemente são tentados pelo maligno para desistirem da prática da justiça, no entanto, se os justos conservarem em seus corações a convicção da justa recompensa que receberão do Senhor, por certo, serão conservados na fé e na prática da justiça até o fim (Mt 24.13). Se os justos prestarem mais atenção em suas tribulações presentes do que na graça futura reservada por Deus, os resultados serão simplesmente catastróficos. Não são poucos os crentes que atualmente se encontram num estado de alma depressivo, em função de terem perdido de vista a graça que se revelará no futuro somente aos fiéis. O dinamismo do nosso ministério e sua produção de frutos é diretamente proporcional ao nível de entusiasmo e esperança contidos em nossos corações (1 Co 15.51-58). Um discípulo de Cristo que é entusiasmado e esperançoso jamais permitirá as pressões das adversidades sufocarem seus esforços em prol do Reino de Deus, logo, seu ministério jamais será inoperante nem estéril. O cumprimento de um ministério cristão exige muita fé e perseverança em função de toda oposição feita por Satanás e pelo mundo. Não podemos perder de vista a realidade de nossa batalha, a qual não é contra carne nem sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6.10-13). Nossos inimigos utilizarão todos os recursos possíveis a fim de destruir a nossa fé, portanto precisamos permanecer convictos sobre a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e ficar firmes em nossa esperança.
III – A PREGAÇÃO CONTEMPORÂNEA E O PRENÚNCIO DO JUÍZO FINAL (2 TM 4.1-5)
O prenuncio do Juízo Final é um elemento indispensável para a pregação comprometida em anunciar todo o conselho de Deus ao mundo. Infelizmente, muitos pregadores contemporâneos abandonaram esta doutrina, por recearem ofender ou assustar seus ouvintes. No entanto, não existe a menor possibilidade de se pregar fielmente o Evangelho de Jesus Cristo e ser omisso com relação ao Juízo Final. Afinal de contas, Jesus Cristo veio ao mundo com o propósito de salvar Seu povo dos seus pecados e da condenação eterna. Sendo assim, podemos subentender que os pregadores que negligenciam a doutrina do Juízo Final são descomprometidos com a salvação de pecadores. Tais pregadores ocupam-se tão somente em proclamar um falso evangelho cuja finalidade é apenas proporcionar uma melhor qualidade de vida terrena, não levando em consideração a maior necessidade de todo ser humano: perdão e reconciliação com Deus (Gl 1.6-9). O ministro do Evangelho verdadeiramente fiel não priva seus ouvintes das doutrinas bíblicas necessárias para a salvação dos homens. A razão desta sua fidelidade é o seu temor do Senhor e seu amor pelos homens. Privar da verdade alguém que é cativo do engano não deixa de ser uma forma de contribuir para a manutenção deste cativeiro. Os ministros do Evangelho fiéis têm em mente receber a recompensa dada por Deus pela sua fidelidade no cumprimento de seus ministérios, enquanto os ministros infiéis buscam apenas a popularidade e o enriquecimento, os quais são proporcionados por todos aqueles que foram enganados pelo falso ensino. Estes ministros amantes da glória dos homens jamais contemplarão a glória de Deus (Jo 5.43, 44; 12.42, 43). Lamentavelmente, estão ficando cada vez mais notórias as consequências trágicas para a saúde da igreja causadas pela omissão de doutrinas fundamentais por parte dos pregadores. O zelo pela glória de Deus e pela pregação do evangelho são ausentes numa congregação onde o Evangelho não é pregado por completo. Somente o Evangelho verdadeiro pode produzir verdadeiros regenerados. O reavivamento de que a igreja contemporânea tanto necessita terá seu início somente quando o Evangelho for pregado com integridade e com poder sobrenatural do Espírito Santo (1 Co 2.1-5).
CONCLUSÃO
Malaquias trouxe para os israelitas uma dura resposta aos seus questionamentos: o Juízo Final. No Juízo Final, toda obra de justiça será generosamente recompensada e toda impiedade será severamente castigada. O Juízo Final é o terror dos ímpios e a esperança dos justos. Portanto, a fidelidade em profetizar o Juízo Final é absolutamente necessária para a salvação dos pecadores e a edificação dos santos.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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