009-A parábola do talento - As Parábolas de Jesus - Lição 09[Pr Afonso Chaves]23mai2017



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LIÇÃO 9: 
A PARÁBOLA DOS TALENTOS

TEXTO ÁUREO: “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt 25.21)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 25.14-30

INTRODUÇÃO
Ao falar da Sua vinda, o Senhor Jesus nos alerta, na parábola das dez virgens, a sermos vigilantes, pois não sabemos o dia e a hora da Sua volta. Na sequência, o Senhor narra a parábola dos talentos com o propósito de destacar a necessidade de os Seus servos serem diligentes e bem empregarem todos os dons concedidos pelo Senhor.
Jesus narra a história de um homem que, ausentando-se do seu país, chama alguns de seus servos e lhes dá talentos para que administrem enquanto ele estiver fora. Cada um desses homens recebeu uma quantidade. Aquele senhor, depois de muito tempo, volta e resolve acertar contas com os três homens que estavam incumbidos de administrar suas riquezas. Dois deles administraram muito bem, porém, aquele que recebeu menos foi duramente criticado e punido, pois não fez aquele talento que recebeu render durante todo aquele tempo. 
Assim como na parábola anterior, Jesus revela que a Sua segunda vinda não seria de imediato, como muitos pensavam. “E muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles”. Haveria um tempo determinado em que importava “negociar” os talentos recebidos.

I – O SENHOR CONCEDE DONS AOS SEUS
A parábola dos talentos, narrada em Mateus 25, tem como paralelo a parábola das minas, narrada em Lucas 19, pois tratam do mesmo tema. Em ambas as narrativas são concedidos aos servos certos bens, os talentos ou as minas, com a orientação de negociarem até que o seu senhor voltasse. Além de representar riqueza, o talento ou a mina, interpretado de forma mais ampla, engloba todos os dons que Deus nos concede. Essa definição abarca todos os dons espirituais e materiais. Inclui, também, nossas habilidades e recursos naturais, saúde, inteligência e educação, bem como nossas posses, fazenda, tempo, oportunidades e a própria vida (Ef 4.7, 8; 1 Co 12.4-7; Tg 1.17). 
Sobre os talentos distribuídos aos servos, é-nos dito que o Senhor “entregou-lhes os seus bens”.
Está aqui retratado o conceito de mordomia: tudo o que somos e possuímos na verdade não é nosso – é do Senhor. Ele nos concede todos esses recursos e como mordomos devemos estar conscientes de que havemos de prestar contas ao nosso Senhor (2 Co 3.5; Fp 2.13). Embora em quantidades diferentes, o Senhor concede dons a todos – a condição para diferenciar a quantidade de talento a ser recebida era “a capacidade de cada um”. Implica dizer que quem recebeu mais foi julgado com maior capacidade de multiplicar o talento; o que recebeu menos tinha uma capacidade menor. Então não somos iguais em capacidade; não temos todos os mesmos direitos? A quantidade aqui não designou grau de importância. Receber menos não significou ser preterido ou discriminado, pelo contrário, o tempo e a oportunidade foi igual para todos: “voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos” (Ec 9.11).
Embora tempo e oportunidade ocorram a todos, cada pessoa tem capacidade diferente – graças a Deus por isso! Esse é o motivo de termos variedade de profissões no mundo. No reino de Deus não é diferente: “De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, sejam eles exercidos segundo a medida da fé” (Rm 12.6-8). Deus conhece a capacidade e a fé de cada homem, e de forma justa distribui dons. Cabe a cada um exercer com presteza e responsabilidade o talento. Receber um talento e fazer bom uso dele pode significar multiplicá-lo a ponto de ultrapassar em números o que recebeu dois ou mais talentos. Contudo, o objetivo da parábola não é competição numérica, mas a diligência no trabalho (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; 1 Co 9.16, 27).
Na parábola, mesmo o que recebeu somente um talento recebeu algo de muito valor – o talento era uma medida de peso em ouro ou prata de aproximadamente 30 quilos. Considerando o valor atual do ouro, seria por volta de 4 milhões de reais. O uso da moeda na parábola é metafórico, simbolizando algo de muito valor.

II – O EXERCÍCIO DOS DONS
Os talentos concedidos pelo Senhor são os mais variados e têm dois propósitos principais: o aperfeiçoamento dos santos e a pregação aos perdidos (Ef 4.11-12; At 1.8). No projeto de Deus, essestalentos são ferramentas que devem ser continuamente exercitadas. Palavras como “sobre o muito de
colocarei” e “qualquer que tiver, mais será dado e terá em abundância” revelam que o exercício do dom causa o aperfeiçoamento do próprio dom, ou seja, ele se “multiplica”.
Os homens que multiplicaram os talentos demonstraram conhecer seu Senhor; eles receberam bem a mensagem: reconheceram o valor do talento e do senhorio, e de forma grata cuidam do que lhes foi dado, vigilantes sobre o dia da prestação de contas. A consequência é que foram recompensados – o destino deles foi o reino celeste, junto Àquele que reconhecidamente era Senhor deles: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (1 Co 15.58; Ml 3.16-18).

III – O RESULTADO DE SE ENTERRAR O TALENTO
O servo que enterrou o talento tinha uma ideia errônea sobre o caráter do seu Senhor. Para ele o seu Senhor era muito rigoroso, por isso, além de negligente, ele é chamado de mau. Por que escolhe enterrar o talento? Que sentimento o motiva a isso? Podemos afirmar que esse servo era incapaz, não porque Deus assim o fizesse, mas porque não buscou conhecer seu Senhor e receber Dele os ensinamentos necessários para seu sucesso. A capacidade para administrar os dons espirituais tem alicerce espiritual.
Paulo bem afirma: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1 Co 2.11-12; Ap 2.25, 26).
Percebam que o homem que enterra o talento não reconhece sua incapacidade, mas culpa seu senhor pelo fracasso. Uma atitude semelhante à de Adão no Éden ao ser interrogado por Deus sobre sua desobediência. Adão culpa a Eva, culpa a Deus, mas não reconhece que ele é o principal responsável por sua queda.
A reprovação do servo infiel e a sua rejeição final revelam que o Senhor não tolerará a negligência e o descaso com os dons concedidos aos seus. O destino do que enterrou o talento foi a morte eterna, este por escolha, não se importou em conhecer seu Senhor (Jesus) nem se preparou para Sua volta quando deveria prestar contas de suas ações: “E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

CONCLUSÃO
Na parábola dos talentos, Jesus nos adverte que faz parte da preparação para a Sua vinda o exercício dos dons por Ele concedidos. A ênfase da parábola está centrada na ideia de que os servos do Senhor precisam trabalhar de forma diligente com os talentos a eles confiados, pois serão considerados responsáveis pelo Senhor quando Ele retornar. Tudo que vier a nossas mãos para fazer, devemos fazer conforme a nossa capacidade (Ec 9.10).

QUESTIONÁRIO
1. Que significado podemos dar aos talentos?
2. Em suas palavras, explique o tema central da parábola?
3. O que Jesus quis dizer com: “entregou-lhes os seus bens”?
4. Por que os servos receberam quantidades diferentes de talentos?
5. Por que o terceiro servo enterrou o talento? Ele tinha razão para isso?



PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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