007-A parábola das bodas - As Parábolas de Jesus - Lição 07 [Pr Afonso Chaves]09mai2017
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LIÇÃO 7:
A PARÁBOLA DAS BODAS
A PARÁBOLA DAS BODAS
TEXTO ÁUREO: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mt 22.14)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 22.1-14
INTRODUÇÃO
O contexto da parábola das Bodas do Filho do Rei é a discussão entre Jesus e as autoridades religiosas judaicas. Esse embate começou no capítulo anterior (21), após dois eventos importantíssimos: a entrada triunfal e a purificação do templo. Então, sendo questionado pelos religiosos judeus, Jesus usou três parábolas, sendo elas: a Parábola dos Dois Filhos, a Parábola dos Lavradores Maus e a Parábola das Bodas.
Basicamente, o ensino principal de Jesus nessa discussão é que o reino foi rejeitado pelos herdeiros e, portanto, o reino foi oferecido a outros. Essa rejeição pode ser facilmente percebida logo no começo da parábola (versículos 1-6). Note que o rei insistiu por duas vezes, sendo que, na última, alguns dos convidados, além de rejeitarem o convite, ainda mataram os servos do rei que estavam encarregados do convite.
I – ISRAEL REJEITOU O SENHOR
Da descendência de Abraão, Isaque e Jacó, Deus suscitou uma nação como Seu povo peculiar, que adotou como filho e com o qual fez o concerto, concedeu a lei, o culto, as promessas e do qual procede Cristo (Rm 9.1-5). Em todo o tempo Deus cercou Israel de cuidados, enviando os Seus profetas, sempre conclamando o povo a se voltar para o Senhor e a se separar de todos os povos da terra (Jr 7.25). Israel foi sempre reticente ao chamamento de Deus – a expressão do Senhor é: “Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente”.
A rejeição de Israel ao seu Deus culminou com a rejeição ao Messias enviado por Ele para cumprimento das promessas dadas ao Seu Povo. Cristo manifestou-se primeiramente a Israel, quando envia incialmente os Seus discípulos para pregar, envia-os às ovelhas perdidas da casa de Israel. No entanto, João afirma que Ele “veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam” – não aceitaram o convite para as bodas do filho do rei. Não só recusaram o convite, mas também perseguiram e mataram os profetas antes enviados por Deus (Lc 13.34; At 7.51-53).
O verso de número sete da parábola fala do juízo de Deus que certamente alcança aqueles que O desprezam. Podemos citar o caso de Esaú, o povo no deserto, Saul, Judas, Ananias e Safira e até os anjos rebeldes – todos eles, apesar de, em um tempo, serem chamados povo do Senhor, pereceram porque
rejeitaram a Deus.
II – DEUS NÃO REJEITOU O SEU POVO
Alguns entendem erroneamente que, uma vez que Israel rejeitou o Messias, Deus se voltou para os gentios e formou um “novo povo”, a Igreja. Isso não tem fundamento bíblico e conduz a erros graves de entendimento das Escrituras. Há necessidade de se compreender o conceito de povo de Deus ou
família de Deus – que são os que fazem a vontade do Senhor (Lc 8.21).
No verso quatorze o Senhor Jesus diz que muitos são chamados, mas poucos escolhidos; isso está de acordo com a palavra que diz: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27). E outra: “nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm
9.6 e 2.28-29). E ainda: “Assim pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça” (Rm 11.5). Isto é: existe um verdadeiro Israel de Deus, escolhido entre os da descendência de Abraão e entre todos os povos da terra (Gn 12.3).
Aqueles que atentam para o convite de Deus não formam um novo povo, antes são enxertados na mesma oliveira e são participantes da mesma seiva que alimenta todos e formam não somente um povo, mas também um só corpo (Rm 11.17; Ef 2.14; 4.4-6). Se entendermos isso, podemos entender a expressão “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26).
III – VESTES ADEQUADAS
Uma vez que os primeiros convidados não eram dignos, por ordem do rei o convite é estendido a todos e a festa se enche de bons e maus. O rei então observa um convidado que não está com vestes adequadas que é lançado nas trevas exteriores. A lição aqui é que todos podem vir como estão, mas não devem permanecer como antes; entrar no reino de Deus implica em transformação.Nas Escrituras as vestes são símbolo de justiça, servem para cobrir a vergonha da nossa nudez. O estar vestido adequadamente é estar coberto com uma justiça eficaz. Qualquer um que comparecer diante de Deus com justiça própria, será lançado fora. Toda obra humana não é mais que folha de figueira ou trapo de imundícia, ineficiente para a justificação (Gn 3.7 e 21; Is 4.1-3; 64.6). Estão vestidos adequadamente aqueles cobertos pela justiça perfeita de Cristo Jesus, estão vestidos de linho fino, branco e resplandecente, não confiam em si mesmos, mas depositam a sua fé naquele que os justifica – o Senhor justiça nossa (Ap 19.8; Jr 23.6. 1 Co 1.30).
CONCLUSÃO
Na parábola das bodas vimos que há aqueles que são convidados e recusaram ir. Há os que, além de recusarem o convite, perseguiram e maltrataram quem os convidou. Há o que aceita o convite, porém estava de forma inadequada. E há outros que aceitam o convite e se vestem adequadamente. Muitos são chamados, poucos são escolhidos. Em que grupo eu e você estamos enquadrados?
QUESTIONÁRIO
1. Que significado podemos dar às bodas do filho do rei?
2. Na parábola estudada, quem são os convidados considerados indignos?
3. Com suas palavras, descreva o sentido de: “não estava trajado com vestes nupciais.”
4. O que podemos entender pelo fato de o homem questionado por causas de suas vestes emudecer?
5. O que você entende pela expressão: “muitos são chamados, poucos são escolhidos”?
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