008-As águas do dilúvio secam - Noé saí da arca - Gênesis Liçao 08[Pr Denilson Lemes]18nov2025
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LIÇÃO 8
AS ÁGUAS DO DILÚVIO SECAM – NOÉ SAI DA ARCA
TEXTO ÁUREO: “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão.” (Gn 8.21-22)
LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 8.1-14
INTRODUÇÃO Na lição anterior vimos como o mundo antigo foi destruído pelas águas do dilúvio e como Noé e sua família, assim como os animais que com ele entraram na arca, foram salvos da ira de Deus e preservados para um novo mundo que se descortinava aos olhos daquele remanescente. A geração ímpia e pecadora que havia corrompido o seu caminho na terra havia sido varrida pelas águas, de modo que aquelas oito pessoas e os animais que com elas saíam de dentro da arca encontraram um mundo como que purificado, pronto para que eles, sob a promessa e garantia do próprio Deus, pudessem repovoá-lo até o fim dos tempos.
I – AS ÁGUAS DO DILÚVIO COMEÇAM A BAIXAR (8.1-5)
No capítulo anterior vimos que, além da inundação das águas vindas de baixo da terra e da chuva vinda de cima durante os primeiros quarenta dias do dilúvio, as águas prevaleceram sobre a terra durante cento e cinquenta dias. Enquanto isso, certamente a arca, estando a boiar sobre as águas, vagou à deriva, e aqueles que se encontravam encerrados no seu interior permaneceram sem saber o que se passava do lado de fora. Notemos que, não fosse Deus ter se lembrado de Noé e dos que estavam com ele na arca, as águas poderiam ter continuado a alimentar o dilúvio, mas, de acordo com o texto que ora estudamos, “as águas tornaram de sobre a terra continuamente e, ao cabo de cento e cinquenta dias, as águas minguaram”. Não que o Criador tivesse se esquecido do Seu servo, mas, neste contexto, significa que, ainda que teve de destruir toda uma geração pela sua iniquidade, através de um juízo universal, o Senhor sabe livrar da destruição os justos, ainda que sejam poucos (2 Pe 2.5-9; Gn 18.23-32; cf. Sl 34.22). Os versos seguintes descrevem como, após prevalecer por cento e cinquenta dias, começou o processo de estiagem, ou escoamento das águas, quando então a arca, depois de vagar livremente desde o início do dilúvio por regiões desconhecidas, no sétimo mês (isto é, cinco meses após o início do dilúvio), ancorou nos montes de Ararate, uma cadeia montanhosa atualmente localizada no norte da Mesopotâmia (no leste da Turquia), e de onde as primeiras gerações dos filhos de Noé desceram para habitar o restante do mundo, conforme veremos em lição posterior. No décimo mês, diz o texto que apareceram os cumes dos montes – o que se deve entender de um ponto de vista humano, pois, mesmo que o Ararate não seja a maior cadeia de montanhas do mundo, ela se destaca em relação às demais montanhas daquela região do Oriente Próximo.
II – NOÉ ENTENDE QUE AS ÁGUAS DO DILÚVIO SECARAM (8.6-14)
Não tendo recebido nenhuma revelação quanto ao tempo em que duraria o dilúvio, Noé deveria aguardar com paciência e esperança na promessa de livramento feita por Deus, quando então ouviria o Criador chamá-lo para fora da arca, assim como lhe havia antes ordenado que entrasse. Por isso, ao utilizar-se daquela única e pequena janela construída no topo da arca, podemos perceber o cuidado do patriarca em não abandonar a segurança da arca por qualquer motivo que fosse – o que seria necessário, caso desejasse ele mesmo visualizar o estado em que o mundo se encontrava. Não devemos também confundir os quarenta dias após os quais abriu a janela da arca com os primeiros quarenta dias do dilúvio – trata-se de momento imediatamente posterior àqueles cento e cinquenta dias em que as águas haviam prevalecido sobre a terra. Noé se serve de duas aves para fazer a averiguação das condições do lado de fora da arca: primeiro solta um corvo, e depois uma pomba – duas aves que, desde tempos imemoriais, são conhecidas por manterem uma convivência próxima ao homem. Diz o texto que o corvo ia e voltava continuamente para a arca, durante todo o período em que as águas minguaram até a terra ficar seca. Por certo o corvo, como uma ave carniceira, encontrava os corpos dos homens e animais mortos durante o dilúvio, e que ainda estavam boiando nas águas, oferecendo à ave um banquete do qual ela poderia se servir livremente, mas, não tendo lugar firme para descansar, voltava a Noé. Mas o comportamento desta ave não oferecia informação suficiente sobre o recesso das águas, e por isso o patriarca resolve enviar também uma pomba para fora da arca. Primeiro, ela volta por não ter encontrado repouso para os seus pés, como diz o próprio texto. Depois, volta novamente, desta vez trazendo um ramo de oliveira no bico – o que dá a entender que as águas estavam baixas o suficiente para permitir que aparecesse a vegetação baixa; e, na terceira vez, a pomba não volta mais – indicando que já era possível encontrar terra firme. Compreendendo que o tempo do juízo de Deus já havia passado e que a terra ficaria cada vez mais seca das águas do dilúvio, Noé se permite vislumbrar o horizonte daquele novo mundo removendo a cobertura da arca. Mesmo assim, notamos mais uma vez a paciência, como também o temor que a devastação do dilúvio pode ter produzido em seu coração, de modo que, mesmo com todos os sinais de o juízo havia passado, o patriarca ainda aguardou até que Deus expressamente o mandasse sair da arca (cf. Sl 119.119-120).
III – DEUS MANDA NOÉ SAIR DA ARCA (8.15-22)
Passados doze meses e dezessete dias desde que havia entrado na arca, Noé finalmente é ordenado por Deus a sair para aquele mundo completamente vazio e desolado, trazendo consigo apenas sua família e os animais que haviam sido preservados dentro da arca. Os animais não deviam ser mantidos dentro da arca, para uso ou controle de Noé; mas deviam sair e povoar abundantemente a terra, e frutificar-se e se multiplicar sobre a terra. Notemos também o detalhe de que saíram conforme as suas famílias – o que pode indicar que já não se tratava de apenas um casal, mas de alguns, ou mesmo vários de cada espécie (lembremos que a maioria dos animais possui um ciclo de reprodução muito mais rápido que os humanos). A primeira preocupação de Noé ao sair da arca é a de expressar sua piedade e dedicação a Deus oferecendo holocaustos de toda a espécie de animais limpos, os quais haviam sido preservados em maior número na arca. Não há dúvida de que, assim como no caso de Abel, esse culto nasceu de uma decisão voluntária e divinamente inspirada, e por isso agradou a Deus e recebeu Seu testemunho, de tal modo que Ele prometeu não mais amaldiçoar e destruir toda a criação (a terra e os animais), como havia feito. De fato, o Senhor admite que “a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice”, e com isto nos diz que a humanidade se corromperia novamente, como antes do dilúvio. Compreendendo, porém, que somente com a manifestação da semente da mulher é que o homem seria recuperado do seu estado pecaminoso, o Criador exercerá Sua bondade e misericórdia sobre as nações – não deixando de manifestar o Seu juízo sobre povos e indivíduos, quando necessário – mas permitindo que a humanidade desfrute das bênçãos da criação até o fim (cf. At 14.16-17; Sl 104.14-15).
CONCLUSÃO O dilúvio traz preciosas lições sobre a justiça e a ira de Deus contra o pecado, mas também sobre a Sua misericórdia para com os fiéis. Enquanto andarmos com Deus neste mundo, assim como Noé, podemos descansar na certeza de que, quando o juízo se manifestar, seremos guardados do mal e conservados para finalmente presenciar a Sua misericórdia.
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