003-Dia de grandes acontecimentos -Lição 03 Parte 2 [Pr Afonso Chaves]16abr2025

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LIÇÃO 3 

DIAS DE GRANDES ACONTECIMENTOS (PARTE II) 

TEXTO ÁUREO: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória, do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.14) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 2.1-20 

INTRODUÇÃO Na lição anterior consideramos os anúncios do nascimento de João e de Jesus conforme relatado principalmente por Lucas. Como o nosso enfoque é sobre a vida de Jesus, passaremos a considerar os fatos relacionados ao nascimento do Salvador, e dos sinais que acompanharam este grande acontecimento. Veremos ainda como, embora os Evangelhos apresentem poucos episódios relacionados aos primeiros dias ou anos de vida de Jesus, os testemunhos que chegaram a nós através das páginas sagradas são suficientes para vislumbrarmos neles uma clara indicação do caráter do Seu ministério e obra. 

I – O NASCIMENTO DE JESUS (LC 2.1-20) Acompanhando o relato de Lucas, lemos que Maria, tendo ido visitar sua prima Isabel após receber a notícia do anjo, permaneceu ali praticamente até o nascimento de João (1.56). Depois, voltou para Nazaré, onde vivia com José – pois este a havia recebido como mulher, embora não a tivesse conhecido antes do nascimento de Jesus, seu filho primogênito (Mt 1.24- 25). Ocorre, então, que de repente o casal se viu obrigado a deixar Nazaré em razão de um alistamento (ou recenseamento) decretado pelo imperador romano César Augusto, segundo o qual todos deveriam se declarar ante os encarregados do censo em suas respectivas cidades de origem. Sendo da casa e família de Davi, José precisou então viajar até Belém de Judá, levando consigo sua esposa, e nisso chegou o tempo de Maria dar à luz; assim Deus articulou as circunstâncias necessárias para que a profecia se cumprisse (Mq 5.2). Consideremos como os pais daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, não encontrando lugar na estalagem, tiveram de se abrigar com os animais (talvez as montarias dos viajantes hospedados na estalagem), onde também Jesus veio a nascer, servindo-lhe de berço a manjedoura (ou cocho onde os animais comiam). Notemos ainda que os primeiros a serem informados do nascimento do Salvador não foram os sacerdotes nem governantes da época, mas um simples grupo de pastores, que cuidavam desavisadamente de seu rebanho no campo, quando foram surpreendidos pela visão do anjo do Senhor, que lhes anunciou o acontecimento, e lhes mostrou com que grande alegria, júbilo e louvor a Deus as hostes celestiais celebravam o nascimento daquele que haveria de salvar o Seu povo (cf. Is 9.6-7). Enquanto se maravilharam os pastores e aqueles que ouviram as novas proclamadas por eles, Maria guardava consigo estas coisas, e podemos dizer que é principalmente (e talvez unicamente) graças a esse cuidado da mãe de Jesus que mais tarde os evangelistas poderão relatar os episódios da infância do Salvador. 

II – PRIMEIROS DIAS DO MENINO JESUS (LC 2.21-38) Tendo nascido debaixo da Lei, tanto para cumpri-la como para remir os que estavam debaixo dela, Jesus foi submetido ao rito da circuncisão, ao oitavo dia do Seu nascimento, e, cumpridos mais trinta e três dias para a purificação após o parto, conforme determinado na Lei, o casal subiu a Jerusalém para que ela pudesse apresentar a oferta de expiação do pecado, e levaram Jesus para que fosse apresentado ao Senhor, por ser o primogênito (cf. Lv 12.1-8; Ex 13.1-2). Nesta ocasião, relata-nos Lucas o testemunho de Simeão e Ana, dois israelitas que, como muitos outros dos seus contemporâneos, serviam ao Senhor com sinceridade e aguardavam a manifestação do Redentor de Israel e que, assim como, pouco tempo antes, Zacarias, descobririam que o tempo da salvação havia chegado através da revelação do próprio Espírito Santo (cf. Lc 1.67-75). Notemos como Simeão, em contraste com o tom alvissareiro das revelações anteriores a respeito de Cristo e da Sua obra de salvação, prenuncia também o aspecto de juízo do Seu ministério, isto é, como o Messias traria a justiça de Deus, pela qual os humildes seriam elevados e os soberbos, abatidos; e como seria, por isso, rejeitado por muitos do Seu próprio povo, Israel. 

III – A VISITA DOS MAGOS DO ORIENTE E A FUGA DO MENINO JESUS PARA O EGITO (MT 2.1-18) A estes primeiros “dias” também pertence o relato de Mateus acerca dos magos (sábios) do Oriente que, segundo suas próprias palavras, haviam visto em sua terra natal a estrela indicando o nascimento do Rei dos judeus e, mediante este sinal, viajaram por meses desde a Pérsia (como se supõe) até a Judéia, onde esperavam encontrá-lo e adorá-lo (cf. Is 9.6-7; Ap 12.1-2, 5). Consideremos com que cuidado Deus conduziu estes homens, indicando-lhes precisamente o local onde estava o menino Jesus, e orientando-os a não voltarem para Herodes, que, embora fosse rei por nomeação dos romanos, não o era por direito divino (pois não pertencia à casa de Davi e, segundo consta, sequer era judeu) e, por isso, temeu ante a notícia de que a esperança de Israel havia se manifestado. Urdindo um plano para assegurar sua coroa, Herodes revelou sua malícia quando, frustrado em sua primeira manobra, apelou para um expediente ainda mais sórdido e nada sutil, na tentativa de destruir o Messias (cf. Ap 12.3- 4). Cumpriu-se então, na matança das crianças de Belém e seus arredores, a profecia sobre os filhos de Raquel, mas não sem que antes José, avisado por Deus em sonhos, conseguisse fugir para o Egito, levando consigo o Menino e sua mãe, e lá permanecendo até a morte do monarca assassino (cf. Jr 31.15-17). Voltando do Egito, José e Maria resolvem retornar a Nazaré, na Galiléia, onde Jesus, não obstante sempre manifestando graça excepcional em tudo o que fazia (como o relato de Lucas acerca do Menino no meio dos doutores ilustra muito bem), crescerá praticamente no anonimato de uma região desprezada pelos judeus – desprezo esse de que Nazaré parece ter se tornado um símbolo, a ponto de não apenas o Mestre, mas os próprios discípulos depois serem chamados de nazarenos em tono depreciativo (Lc 2.52; cf. Jo 1.46). 

CONCLUSÃO A grandiosidade desses dias, que envolvem principalmente o anúncio e o nascimento do Salvador, passou despercebida pela maioria das nações, e mesmo pelos grandes, sábios e poderosos da nação de Israel; mas sem dúvida os céus estavam atentos ao desenrolar dos acontecimentos, e em breve todo o mundo seria abalado com o testemunho de que esse Jesus Nazareno foi constituído por Deus Senhor e Cristo.

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