012-Os mil anos e a destruição do dragão - Apocalipse Lição 12[Pr Afonso Chaves]18mar2025
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LIÇÃO 12
OS MIL ANOS E A DESTRUIÇÃO DO DRAGÃO
TEXTO ÁUREO: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Ap 20.10)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 20.1-10
INTRODUÇÃO Na lição anterior, consideramos o desfecho da batalha do Armagedom, na qual a besta, o falso profeta e os reis da terra foram todos vencidos por Cristo Jesus e a humanidade com todos os seus poderes político e religioso foram completamente aniquilados. Observamos, contudo, que o dragão – isto é, Satanás, o diabo – embora tenha sido uma força maligna atuante na condução das hostes em batalha contra Deus, não é mencionado no capítulo 19. Resta, portanto, considerar o que o Senhor revelou quanto à destruição de Satanás, reservada para um momento posterior à batalha do Armagem, de acordo com um desígnio divino que só poderemos entender à luz do capítulo 20.
I – OS MIL ANOS (20.1-6) A fim de revelar a condição em que Satanás se encontra, e da qual ainda será solto para ser julgado e destruído, uma nova visão se apresenta, na qual transcorrem diversos acontecimentos, num período expresso em mil anos (vv. 1-3). Já estamos familiarizados com a natureza simbólica dos números em Apocalipse, e aqui não é diferente – trata-se de um período que não podemos calcular em contagem humana, e cuja extensão faz-nos lembrar da longanimidade de Deus (cf. 2 Pe 3.8), mas cujo tempo histórico só pode ser definido à luz dos acontecimentos que nele transcorrem. Claramente, esse período começa com o aprisionamento de Satanás (o anjo “prendeu o dragão”, “amarrou-o por mil anos”, “lançou-o no abismo, e ali o encerrou”) – prisão essa que não deve ser entendida em sentido físico, mas espiritual, pois a Escritura revela que o diabo está aprisionado nas trevas – isto é, falta-lhe o entendimento dos propósitos de Deus, além do que ele só pode agir dentro de uma limitação imposta por Deus, não podendo fazer o que quiser. Essa prisão decorre da sua queda, em tempos remotos, e se estende até o dia do juízo final (Gn 3.14; Is 14.13-15; 2 Pe 2.4). Durante esse mesmo período de mil anos, os santos participam da glória do reino de Deus (cf. Ap 1.6), e ainda que sofram grande tribulação na terra, a ponto de serem mortos pela besta, na verdade estão reinando e vivendo com Cristo (“foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos”, vv. 4-6; cf. Ap 6.9-11; 13.7). À luz do que já foi revelado, podemos dizer que esta situação remonta a um passado remoto, pois, desde o princípio, Deus vem formando o Seu próprio reino, ao mesmo tempo em que os reinos dos homens se sucedem na terra (Dn 2.44; Cl 1.13). Assim, no decurso desses mil anos, os que crêem são vivificados em Cristo, participando do que é aqui chamado de primeira ressurreição, e não podem mais morrer, pois estão livres da condenação ou morte eterna (v. 6, cf. Ef 2.1-5; Ap 2.10, 11; Jo 11.25, 26). Mas o texto fala ainda de outros mortos que “não reviveram” durante os mil anos. Podemos explicar isto à luz de que o Evangelho é pregado a homens que estão mortos em seus pecados, e que, por não crerem, não participam da primeira ressurreição e permanecerão na morte até a sua destruição final no dia do juízo. Portanto, esses mil anos referem-se a todo o tempo da revelação de Deus, desde o princípio até o aniquilamento dos reinos na vinda de Jesus (1 Co 15.22-25). Observemos, por fim, que os vencedores, além de viverem e reinarem com Cristo por mil anos, também viverão e reinarão com Ele por toda a eternidade (“serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”, v. 6b) – aqui, os mil anos colocados no futuro descortinam o período eterno na glória de Deus, que se manifestará na sua plenitude (2 Co 5.6-8).
II – O FIM DO DRAGÃO (20.7-10) A fim de que o propósito de Deus para a destruição de todo o mal cumpra-se plenamente, Satanás deverá ser solto da sua prisão ao término dos mil anos (“um pouco de tempo”, “acabando-se os mil anos”, vv. 7-10). E assim, livre para operar, uma vez mais ele sairá a “enganar as nações” – nações essas que a Escritura relaciona a povos que anteriormente habitaram as bandas do norte (“Gogue e Magogue”) e que representam, não mais as nações da terra, aniquiladas por ocasião da batalha do Armagedom, mas agora as multidões das hostes demoníacas que já uma vez haviam sido arrastadas na rebelião do diabo (cf. Ap 12.4a; Ez 38.3, 6; 39.6). Seu propósito será destruir a Igreja de Deus que, arrebatada por Cristo, já estará no céu (“subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada”, uma referência à Igreja glorificada, a Jerusalém celestial), mas é então que ele encontrará o seu fim – não somente ele, mas todas as suas tropas (“de Deus desceu fogo do céu, e os devorou”). Essa batalha final com as hostes sob o comando de Satanás na verdade já havia sido revelada muito tempo antes, e em maiores detalhes, na profecia de Ezequiel (cf. Ez 38 e 39).
III – O JUÍZO FINAL – OUTRA REPRESENTAÇÃO DO FIM DO MUNDO (20.11-15) A visão conclui com uma última imagem simbólica do fim do mundo (“fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles”), representado pelo estabelecimento do tribunal de Deus para o juízo final (“vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele”, “vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono”, “deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia”). Notemos que, nesta representação, todos os mortos (ou seja, aqueles que não viveram durante os mil anos) serão julgados pelas suas próprias obras, uma vez que não se acham os seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro. E, por ambos os motivos, serão condenados à morte eterna (“aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”, vv. 11-15).
CONCLUSÃO Toda a oposição ao reino de Deus – seja terrena (a besta, ou o falso profeta) ou celestial (o dragão) – será destruída na vinda de Cristo. Se o último inimigo é a morte, e da vitória sobre a morte Cristo nos deu a certeza ao ressuscitar dos mortos, tanto mais certo é que aqueles que se lhe opõem, tendo já sido subjugados debaixo de Seus pés, em breve serão despedaçados.
PARA USO DO PROFESSOR
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