002-Isaías - A Salvação do Remanescente - Isaías Lição 02[Pr Afonso Chaves]04out2022

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LIÇÃO 2

A SALVAÇÃO DO REMANESCENTE

TEXTO ÁUREO: “Mas, se ainda a décima parte dela ficar, tornará a ser pastada; como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.” (Is 6.13)

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 2.1-8

INTRODUÇÃO As circunstâncias em que o profeta se encontrava eram desoladoras, em razão da persistência do povo no pecado, e nos capítulos que ora estudaremos vamos considerar como esse quadro é retratado. Contudo, veremos também que o propósito glorioso de Deus permanecerá firme – haverá abundante salvação e redenção para os povos, mas não sem que antes o Seu próprio povo fosse feito participante dessa salvação, sendo primeiramente quebrantado, e purificado, e então trazido de volta para Deus, ainda que na representação de um pequeno remanescente.

I – VISÃO DA GLÓRIA E SALVAÇÃO VINDOURA (CC. 2-4) Esta segunda visão registrada por Isaías começa com uma revelação do estado futuro de Jerusalém e Judá – isto é, do povo de Deus – quando a glória do reino dos céus seria tão manifesta e abundante que atrairia todas as nações até a casa do Senhor, até Sião. A visão, porém, é para os “últimos dias” – uma referência à plenitude dos tempos, quando Cristo veio a este mundo para restaurar e edificar a Sua igreja e estabelecer o Seu reino com poder, primeiro entre os judeus e, depois, entre as nações às quais o evangelho desde então tem sido levado (cf. Lc 24.47). Assim, o Senhor estaria julgando e repreendendo a muitos povos e, reconciliando os povos com Deus e uns com os outros, ensinando-os a paz (cf. 2 Co 5.18). Porém, a visão é para tempos distantes. Embora seu propósito fosse dar aos fiéis uma esperança quanto os tempos vindouros, a situação em que se encontravam, naquele momento, era de desamparo da parte de Deus, porquanto o povo estava entregue à idolatria (cf. vv. 6, 8). De fato, um dia do Senhor estava por vir, um dia em que o Senhor seria exaltado e Sua glória se manifestaria – mas no aspecto do juízo, e da repreensão e, finalmente, do quebrantamento do povo (cf. vv. 10-12, 20). Prossegue então a palavra, no capítulo seguinte, descrevendo esse terrível dia de castigo, quando o Senhor privaria Jerusalém do sustento, ao mesmo tempo em que mostraria a inaptidão dos seus líderes, os quais procuraram apenas os seus próprios interesses (cf. 3.1-5, 14-15). O quadro é completamente oposto ao que se nos apresenta no início da visão, mas tudo isto resultava da desobediência do povo (cf. 3.8, 11). As palavras seguintes são dirigidas às filhas de Sião, as quais, não obstante o pecado do povo, ainda encontravam lugar e oportunidade para alegria e deleite na exuberância de ornamentos exteriores; mas não seriam poupadas da miséria que acompanharia o cerco e a queda da cidade (cf. vv. 16-17). O capítulo 4 começa fazendo nova referência a mulheres, mas num aspecto figurativo e escatológico que caracteriza os tempos do fim, inaugurados com a vinda de Jesus a este mundo, quando muitos povos (sete mulheres), em meio à desolação e a iminência do juízo de Deus, desejariam e reivindicariam para si o abrigo seguro e a provisão espiritual, e a honra que há no Senhor Jesus, mas, de fato, não se comprometeriam sincera e fielmente com Ele (cf. 4.1). Mas, por outro lado, a visão nos leva novamente a um tempo mais remoto do que os dias do cerco e destruição de Jerusalém; aqui, o Senhor volta a apresentar Sião como o lugar onde, após ter sido purificada e limpa dos seus pecados, seria manifestada a salvação de Deus – em uma nova referência ao estabelecimento da igreja de Cristo como a verdadeira Sião, a verdadeira Jerusalém, onde há livramento para aqueles que nela permanecem juntos ao Renovo do Senhor (cf. At 2.14-21). 

II – PARÁBOLA DA VINHA (C. 5) Ao contrário da visão anterior, neste capítulo nos deparamos com uma lamentação sobre as condições espirituais em que Israel se encontrava no tempo do profeta. Usando de uma parábola, Isaías compara de forma vívida os cuidados de Deus para com Israel como de alguém que planta e cuida atenciosamente de uma vinha; e a ingratidão do povo para com o seu Criador ao desobedecer aos Seus mandamentos com a vinha dando uvas bravas, em lugar de uvas boas (cf. v. 7). Apelando ao bom senso dos próprios judeus, o Senhor teria toda a razão em remover os benefícios concedidos ao Seu povo e abandoná-lo para colher o fruto do seu próprio pecado. Segue-se então uma descrição mais extensa da desobediência e iniquidade praticada por Jerusalém e Judá, onde poderíamos pontuar, entre outros aspectos, a perversa atitude de chamar o bem de mal, e o mal de bem, acobertando os pecados alheios em troca de favores e declarando o ímpio, justo (cf. vv. 20, 21). Mas o Senhor volta a afirmar que o castigo está determinado, e que não haverá arrependimento nem adiamento quanto ao mal determinado, mas certamente serão assolados e levados em cativeiro (cf. vv. 13-16, 26); e que também de modo algum eles escapariam (cf. vv. 29). 

III – APENAS UM REMANESCENTE SERÁ SALVO (C. 6) Na visão deste capítulo, que muitos consideram ter sido a visão inicial, na qual Isaías foi chamado ao ministério profético, o Senhor se lhe apresenta em Sua glória e santidade, enchendo o profeta de temor e consciência quanto à tremenda ofensa representada pelo pecado do seu povo; para em seguida demonstrar Sua graça redentora e purificadora, capacitando então o Seu servo a cumprir a missão divina. Consideremos, em primeiro lugar, a grandeza da visão que o profeta teve do próprio Deus, assentado sobre um alto e sublime trono, e do Seu séquito – ou, de acordo com outras traduções, Suas orlas – enchendo o templo (cf. Dn 7.9); além dos serafins que, mesmo estando constantemente assistindo na presença de Senhor, tanto em seu modo de portar-se como nas palavras que proclamavam incansavelmente, exaltavam a santidade incomparável e inalcançável do Deus Altíssimo (cf. Ap 4.8). Isaías exclama aterrorizado porque, mesmo sendo um homem sincero e piedoso, agora presenciava com Seus próprios olhos a santidade de Deus e, como muitos outros antes dele, sabia que sua estrutura fisicamente fraca e limitada não poderia sobreviver a uma visão tão gloriosa (cf. Ex 33.20; Jz 13.22). Contudo, como nos outros casos, o Senhor não havia se revelado a ele para destruí-lo e, purificando-o pela Sua graça e justiça – representadas aqui pela brasa tirada do altar – Ele capacita o profeta tanto a permanecer na Sua presença como a responder ao chamado divino: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” O profeta então é comissionado a levar a mensagem de juízo, e destruição, contra o seu próprio povo de Jerusalém e Judá; a um povo que, como o próprio Deus adianta, não daria ouvidos à sua palavra, não se converteria, mas antes permaneceria no erro até que o castigo se derramasse completamente e “se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo. E o Senhor afaste dela os homens, e, no meio da terra, seja grande o desamparo.” (vv. 11-12). Mas, por maior que fosse a destruição causada, ainda haveria salvação; muitos poderiam, de fato, perecer, a ponto de restar um número ínfimo de sobreviventes – mas estes seriam salvos, quando finalmente se convertessem (v. 13; cf. Is 10.22). 

CONCLUSÃO Como no passado, hoje vivemos um tempo que, à luz das Escrituras, prenuncia o juízo para a iniquidade e impenitência que predomina não só no mundo, mas mesmo entre o povo de Deus. Estejamos entre os vivos de Jerusalém, perseverando no caminho da obediência e justiça, pois é o próprio Deus quem nos assegurou que bem irá ao justo. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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