006-Anuncia-se o Juízo do Mundo de então- Gênesis Lição 06[Pr Afonso Chaves]01fev2022

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LIÇÃO 6 

ANUNCIA-SE O JUÍZO DO MUNDO DE ENTÃO 

TEXTO ÁUREO: “Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.” (Gn 6.13) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 6.1-8 

INTRODUÇÃO O capítulo que ora estudaremos nos apresenta uma triste lição sobre o predomínio do pecado entre os homens, mesmo entre gerações marcadas por grandes testemunhos da graça e do poder de Deus. E, a partir do momento em que a corrupção se introduz entre os fiéis, através do compromisso e da transigência com os incrédulos, e o testemunho de Deus é “sufocado” pela multiplicação da iniquidade de todos os lados, o tempo de permanência dos homens nesta terra rapidamente se abrevia e o juízo de Deus não tarda em se manifestar, de forma dura e terrível. 

I – A INIQUIDADE SE MULTIPLICA SOBRE A FACE DA TERRA (6.1-6) Devemos ler os primeiros versos deste capítulo levando em consideração o fato de que duas linhagens se estabeleceram no mundo, multiplicando-se e povoando a terra ao longo de muitas gerações. Ambas descendiam do homem Adão, mas, enquanto a linhagem de Caim se distinguiria por feitos de violência e pecado, a de Sete, por testemunhos de piedade e sinais da aprovação divina, conforme estudamos nas lições anteriores. Portanto, “filhos de Deus”, neste trecho, são aqueles indivíduos que conservavam esse testemunho e procuravam seguir os passos dos patriarcas citados no capítulo 5 (cf. Rm 8.14). Com o passar das gerações, aumentou grandemente a população humana sobre a terra, aproximando uma linhagem da outra. Por um lado, isto foi bom, porque os filhos de Caim poderiam receber o testemunho dos filhos de Deus; mas, por outro, o contato com homens que se regalavam no pecado, ao mesmo tempo em que pareciam permanecer impunes, acirrou o conflito entre a carne e o Espírito nos corações dos filhos de Deus, fazendo-os titubear e ceder à pressão da carne, dos filhos da ira, do mundo (Mt 26.41; Ef 5.11; Hc 1.3-4; Sl 73.12-14). Notemos que a prática do pecado vai se generalizar de tal modo que “viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra”, mas tudo tem início na perversão da instituição sagrada do casamento: “E tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. Os filhos de Deus, seguindo o mau exemplo de Lameque (Gn 4.19), adotaram a bigamia e a poligamia – isto é, tomaram mais de uma mulher como esposa; e, por consequência natural, fizeram da aparência física e do prazer carnal a prioridade ao escolher suas mulheres, não importando se eram fiéis ou ímpias, eventualmente sendo influenciados por estas últimas (cf. 2 Co 6.14-16; 1 Rs 11.1-3). A ruptura e a confusão introduzida do núcleo familiar levaram ao esfriamento do amor para com o próximo, para com Deus (as primeiras lições em ambos os casos sendo aprendidas no lar), e assim a porta estava aberta para a banalização de todo tipo de transgressão e pecado, que aproximariam o juízo de Deus e deixariam um tipo, uma figura, para os últimos tempos (cf. Mt 24.12-13). O verso 3 antecipa o juízo determinado, mas consideremos primeiramente a “consternação”, por assim dizer, do próprio Deus: “viu o Senhor”, “então, arrependeu-se o Senhor... e pesou-lhe em seu coração”. É, na verdade, mais um testemunho para nós da paciência, da longanimidade de Deus não correspondida pelos homens, do que um sinal de mudança daqu’Ele que, na verdade, não muda, nem se arrepende (cf. Nm 23.19). O Senhor bem poderia ter poupado o mundo antigo da destruição, se houvesse nele justos. Mas, assim como muito tempo depois se repetiria no caso de Ló, não havia entre aquela geração um grupo de justos – havia apenas um, e aprouve a Deus preservá-lo para um novo mundo (cf. 2 Pe 3.9; Gn 18.23-26). 

II – NOÉ ACHA GRAÇA AOS OLHOS DO SENHOR (6.7-12) Noé não era o único homem piedoso em sua geração; a comparação das datas oferecidas na genealogia constante do capítulo anterior permite deduzir que Noé conviveu com a maior parte dos patriarcas que o antecederam. E alguns desses homens viveram até bem próximo à ocasião do dilúvio, como Lameque, que morreu cinco anos antes; ou Metusalém, que morreu no exato ano em que o mundo de então foi destruído. Lembremos também da profecia de Enoque a respeito daquela geração ímpia e da proximidade da vinda do Senhor para julgá-la. Contudo, todos estes foram poupados da destruição e estão guardados ante a promessa de algo melhor (Hb 11.13). Noé achou graça aos olhos do Senhor não por ser um homem que andava segundo a justiça, mas em razão da graça de Deus, pela qual ele havia sido escolhido para cumprir um propósito, já definido quando recebeu seu nome, mas que agora seria descortinado na revelação do juízo iminente. Consideremos ainda que a atitude de Noé ante a palavra de Deus foi a de agir com fé, recebendo com certeza e temor o anúncio do juízo e também abraçando a misericórdia divina oferecida na possibilidade de escapar à destruição e, ao mesmo tempo, salvar a outros. Assim, ele se tornará, pelo tempo que resta até ao fim daquele mundo, o “pregoeiro da justiça” (2 Pe 2.5). 

III – A ARCA É CONSTRUÍDA (6.13-22) Em vista da corrupção da raça humana, cuja violência já havia envilecido a terra, o Senhor Deus anuncia a Noé que o fim daquele mundo estava próximo, e que a destruição se daria na forma de um dilúvio, isto é, uma grande inundação de águas que desfaria tudo o que havia no seco, sem, contudo, prejudicar a terra propriamente, mas antes purificando-a. Juntamente com a ordem para construir uma arca, uma embarcação de grandes proporções, para abrigar nela Noé, sua família e as espécies de animais que seriam trazidas até ele, estava estabelecido o testemunho para aquela geração. Não há informação detalhada nas Escrituras sobre as condições meteorológicas do mundo antigo, mas sabemos que o Senhor ainda não tinha feito chover sobre a terra, sendo esta regada apenas por um vapor (Gn 2.5-6), e bem pode ser que o anúncio de uma grande inundação soasse absurdo aos ouvidos dos ímpios e incrédulos, para os quais a terra, depois de muitas gerações, permanecia a mesma, e os limites das águas, intransponíveis. Mas o fato é que, durante a construção da arca, aquela geração recebeu testemunho da verdade (cf. 1 Pe 3.20), mas permaneceu indiferente à mensagem divina, de tal modo que, quando o dilúvio veio, levou a todos em seus afazeres cotidianos (cf. Mt 24.37-39). 

CONCLUSÃO O mundo antigo havia se corrompido tal como o mundo de hoje e o fato de a humanidade estar nos seus princípios não impediu que Deus a considerasse digna de um juízo de destruição. Que possamos estar guardados na mesma fé de Noé, para que quando chegar a vez dos céus e da terra que agora existem se queimarem, possamos ser igualmente preservados na arca de salvação em Cristo Jesus.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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