001-A importância da Doutrina Bíblica - Doutrina Lição 01[Pr Afonso Chaves]01jan2019
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LIÇÃO 1:
A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA
TEXTO ÁUREO:
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas, porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).
LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 4.1-5
INTRODUÇÃO
O conhecimento da doutrina bíblica é de suma importância para a igreja de Cristo. A Bíblia, a Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática, é essencialmente doutrinária. Sem a doutrina, não é possível conhecer a Deus e entender a Sua vontade. Embora a Bíblia seja uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria divina, tudo aquilo que é absolutamente necessário para nossa salvação e santificação pode ser compreendido no estudo das chamadas “grandes doutrinas da Bíblia”.
I – O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA
1. Definição e Objetivo. Doutrina significa “ensino”, “instrução”. Pode ser considerada tanto sob o aspecto do ato de transmitir conhecimento a outrem, como do conteúdo desse conhecimento. Doutrina bíblica, no caso, é o ensino ou instrução consignada por Deus nas Escrituras Sagradas. Em outras palavras, é a revelação bíblica de verdades concernentes a Deus ou às coisas divinas, as quais nenhuma ciência ou sabedoria natural pode ensinar ao homem (1 Co 2.6-10). O objetivo da doutrina bíblica é instruir o homem para a salvação e capacitá-lo para a obediência e o cumprimento de toda a vontade de Deus (2 Tm 3.15-17). 2. A Doutrina na Bíblia. Antes de tudo, não há como negar que a Bíblia é um livro de doutrina: todas as coisas nela registradas têm o propósito de nos ensinar algo a respeito de Deus e do Seu relacionamento conosco (Rm 15.4). Se não fosse assim, ela seria apenas um livro de histórias e especulações, sem nenhuma pertinência para nossas vidas. Por outro lado, podemos dizer que a doutrina está presente em toda a narrativa bíblica: desde os primeiros pais (Gn 18.19; cf. Dt 11.18, 19), passando pelos sacerdotes e profetas de Israel (Ml 2.6, 7; Is 8.16-22), até chegarmos em Cristo Jesus, o Mestre por excelência (Jo 13.13; Mt 4.23); nos Seus apóstolos, enviados a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18-20); e na presente dispensação, em que o mesmo Senhor tem concedido uma variedade de dons relacionados à ministração da palavra de Deus, com o fim de preservar a doutrina na Igreja (2 Tm 2.2).
II – POR QUE A DOUTRINA BÍBLICA É NECESSÁRIA
1. Doutrina e Prática. Muitos nutrem um preconceito contra a doutrina como se fosse mera teoria, sem aplicação prática. Se esse é o caso das ciências seculares, não é de modo algum o da doutrina bíblica. O conhecimento de Deus e das coisas divinas está intimamente ligado à prática cristã, como foi visto na explicação do objetivo da doutrina. Quando recebida com sinceridade e aplicada ao coração pelo Espírito Santo, a sã doutrina necessariamente levará o fiel ao cumprimento da vontade de Deus (Rm 12.1, 2; Ef 4.20-24). É verdade que alguns apenas se interessam pelo conhecimento, e negam a doutrina pela sua prática; o problema, contudo, está em seu coração corrompido e enganado pelo pecado (2 Tm 3.1-7; Tt 1.16). E se, por um lado, o conhecimento só é proveitoso quando leva à prática (Jo 13.17; 1 Jo 2.5), por outro, sem esse conhecimento, não pode haver nenhuma prática da piedade, mas apenas uma religiosidade carnal baseada em preceitos humanos – o que não tem valor algum para Deus (Mt 15.7-9; Cl 2.20-23).
2. Doutrina e Pregação. À luz do Novo Testamento, o ministério da palavra apoiava-se basicamente na doutrina, ou ensino, e na pregação. Embora muitos façam confusão sobre esses termos, dando ao ensino importância inferior à da pregação, notamos que ambas faziam parte do ministério de nosso Senhor Jesus (Mt 4.23) e dos Seus apóstolos (At 4.2; 28.30, 31). Enquanto a pregação consistia na proclamação das boas novas do reino, o ensino abrangia todas as formas de exposição e argumentação sobre as verdades implícitas nessa proclamação (compare Mt 4.17 com 5.1-2, ss.), abrindo aos que davam crédito à pregação os tesouros ocultos do reino dos céus (Mt 13.11-12, 52). Ora, se é assim, podemos dizer que a doutrina é indispensável para todos os crentes, pois é aí que encontram o sólido mantimento que os fará amadurecer espiritualmente (1 Co 14.20). Já a falta de ministração da doutrina na igreja, ou ainda a necessidade de sempre se repetir os mesmos elementos básicos da fé, são indícios de que não está havendo progresso na graça, e os crentes permanecem numa infantilidade que pode ser perigosa (1 Co 3.1, 2; Hb 5.11-14).
3. Doutrina e Heresia. Não são poucos os alertas que as Escrituras fazem contra as heresias, isto é, os falsos ensinos que se introduzem no meio do povo de Deus, com o fim de deturpar a fé e levar os incautos à perdição (1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2.1-3). Assim como a sã doutrina salva e santifica (cf. Texto Áureo), a heresia corrompe e condena (Tt 3.10, 11). O único preventivo contra esse mal é a boa doutrina, que dará ao cristão o “conhecimento da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1.1), capacitando-o para uma vida cristã plena, e que assim redundará em maior edificação, comunhão com a igreja e firmeza na fé (Ef 4.11-16).
3. Doutrina e Heresia. Não são poucos os alertas que as Escrituras fazem contra as heresias, isto é, os falsos ensinos que se introduzem no meio do povo de Deus, com o fim de deturpar a fé e levar os incautos à perdição (1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2.1-3). Assim como a sã doutrina salva e santifica (cf. Texto Áureo), a heresia corrompe e condena (Tt 3.10, 11). O único preventivo contra esse mal é a boa doutrina, que dará ao cristão o “conhecimento da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1.1), capacitando-o para uma vida cristã plena, e que assim redundará em maior edificação, comunhão com a igreja e firmeza na fé (Ef 4.11-16).
III – COMO ESTUDAR A DOUTRINA BÍBLICA
1. A Natureza da Doutrina Bíblica. É interessante notar que a doutrina apresenta uma unidade, mesmo quando a palavra se refere a um conjunto de verdades divinas (Mt 7.28). Isto porque a fonte da doutrina, que são as Escrituras, procede de um só e o mesmo Deus (2 Pe 1.20, 21). Podemos então esperar que haja uma harmonia e dependência entre todos os aspectos ou assuntos particulares da doutrina bíblica, convergindo tudo para um só propósito ou “tema” principal. Certamente, o grande interesse de Deus na doutrina bíblica é Seu próprio Filho Jesus Cristo, e nossa fé e comunhão com Ele. Assim devemos buscar, em cada doutrina, sua conexão com nosso Senhor e Salvador Jesus, a fim de melhor compreende-la. É n’Ele que as verdades divinas, já presentes em germe nos primeiros livros da Bíblia (Jo 5.39), vão encontrar seu pleno desenvolvimento e significado profundo (Ef 3.4-6). Por isso, negligenciar a luz incomparável do Novo Testamento, onde Cristo é plenamente revelado, para a compreensão da doutrina é permanecer sob o véu das sombras e figuras (2 Co 3.14-16). 2. Método Sistemático. Muitos se opõem a um estudo sistemático da doutrina, por um receio justificado de que o sentido de uma passagem seja distorcido para se encaixar em uma “categoria teológica”. Porém, é preciso entender que as verdades divinas estão espalhadas pelas Escrituras, e para compreendê-las é preciso comparar as passagens, aproximá-las de acordo com a sua analogia (1 Co 2.13). Um método que reúna de forma ordenada e racional essas verdades não apenas tem utilidade prática para o nosso estudo, mas também é bíblico. Notemos que, por exemplo, os Dez Mandamentos (Ex 20), ou a Oração que o Senhor ensinou (Mt 6), são tópicas, ou seja, expressam de modo conciso princípios que são explicados em muitas outras passagens (cf. ainda 1 Tm 3.16; Hb 6.1-2). Paulo também fala sobre certa forma, ou modelo de doutrina – o que implica em uma sistematização dos princípios da fé (Rm 6.17; 2 Tm 1.13). Desde que não violemos a proibição divina de acrescentar ou diminuir da palavra (Pv 30.5, 6; Ap 22.18, 19), podemos também agrupar as grandes doutrinas bíblicas de acordo com o seu assunto, e de um modo ordenado, para nossa melhor compreensão.
CONCLUSÃO
Vivemos num tempo de grande negligência em relação à doutrina bíblica. A maioria daqueles que confessam o nome de Cristo não entendem os elementos mais fundamentais da sua fé e são incapazes de dar a razão da esperança que há neles; acham que, para viver um cristianismo prático, não precisam de explicações teológicas. Em muitos púlpitos, prevalecem as opiniões pessoais dos pregadores, suas sensibilidades emocionais e a autoridade da sua experiência pessoal, ao invés da imutável, infalível e sã palavra de Deus. Se quisermos realmente nos desvencilhar das dificuldades espirituais que afligem nossa geração, precisamos reconhecer que a doutrina bíblica é absolutamente indispensável para conhecermos a Deus e desfrutarmos de uma vida abundante e em harmonia com a Sua vontade, para a nossa própria salvação.
PARA USO DO PROFESSOR
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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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